Tricolor de Renato Portaluppi vira diante do Juventude e chega ao 7º título gaúcho consecutivo

Tricolor de Renato Portaluppi vira diante do Juventude e chega ao 7º título gaúcho consecutivo

O Campeonato Gaúcho chegou ao seu final, na tarde deste sábado, confirmando o Grêmio campeão gaúcho de 2024, como já era esperado, depois que o Internacional foi eliminado nos pênaltis, na Semifinal, pelo Juventude.
 
A pergunta que fica é se o time de Renato Portaluppi provou com essa conquista que é melhor do que o esquadrão comandado por Eduardo Coudet. 
 
Eu diria que não, até porque o Internacional possui um plantel mais completo do que o atual elenco gremista, já que até aqui gastou mais do que o clube tricolor, contratando jogadores teoricamente mais qualificados do que os contratados pelo rival.
 
Longe de querer dizer com isso que se o Inter tivesse disputado a Final com o Grêmio, no lugar do Juventude, teria se tornado campeão gaúcho de 2024.
 
Às vezes aquilo que parece contraditório tem um detalhe que passa despercebido que coloca por terra a ideia de contradição.
 
No caso em tela esse detalhe se resume numa expressão tantas vezes repetidas mas quase nunca explicada. Refiro-me ao pleonástico termo "Grêmio é Grêmio".
 
Ele está implícito na chamada "mística tricolor", que tem muito a ver com aquela imortalidade que o Lupicínio Rodrigues colocou na letra do Hino do Grêmio, sem se dar conta de que estava dizendo ali algo que seu clube demonstraria na prática, revertendo situações difíceis em momentos de glória.
 
Isso ficou comprovado até mesmo no Gre-Nal da fase classificatória deste gauchão, quando o Grêmio foi dominado pelo Inter e mesmo assim só saiu de campo derrotado porque o árbitro do clássico, Anderson Daronco, errou demais contra o time gremista, praticamente invertendo o placar de 3 a 2 que deu a vitória ao Colorado.
 
Resumo da ópera: a camisa do Grêmio pesa mais do que a do Internacional e isso tem contribuído para que o tricolor tenha alcançado mais triunfos inesperados, surpreendendo mais do que o rival colorado.
 
Corroboram a tese acontecimentos épicos como "A Batalha dos Aflitos", façanha ímpar na história do futebol mundial, contrastando com  eliminações coloradas inexplicáveis para equipes infinitamente inferiores, como aquela para o opaco Globo, na Copa do Brasil do ano passado.
 
Mas eu seria um cretino, praticamente um bruxo, se atribuísse a conquista do heptacampeonato gaúcho pelo Grêmio a fatores meramente místicos, deixando de apontar o crescimento técnico gremista a partir de contrações de atletas que surpreenderam
positivamente, como é o caso de Soteldo, Pavón e Diego Costa, este último praticamente preenchendo a lacuna aberta com a saída de Luis Suárez.
 
Também precisam ser citados como fator de crescimento do futebol gremista, na reta final do Gauchão, a grata revelação do jovem Gustavo Nunes, bem como a subida de rendimento do jogador Cristaldo, que tem sido decisivo no ataque gremista.
 
É neste somatório de garra, tradição e melhoria de rendimento nos últimos jogos que repousa a grande conquista tricolor deste sábado, que, se não significa que o Grêmio já reencontrou a grande performance técnica de 2016 e 2017, indica pelo menos que está no caminho certo.
 
Isso autoriza a enorme legião de torcedores do Mosqueteiro do Pampa a sonhar, neste ano, com títulos de grande realce como o tri do campeonato brasileiro, o hexa da Copa do Brasil, o tetra da Libertadores e - por que não dizer ? - o bicampeonato do Mundial de Clubes. 
 
Fale com nosso comentarista esportivo,  colunista, repórter e entrevistador Lino Tavares: jornalino@gmail.com, Celular/whatsApp (55)991763232
 
Foto: UOL

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