Flamengo faz 3 a 1 no jogo de ida diante do Atlético MG e vai para a decisão da Copa do Brasil com a mão na taça. Foto: Pedro Souza/Atlético

Flamengo faz 3 a 1 no jogo de ida diante do Atlético MG e vai para a decisão da Copa do Brasil com a mão na taça. Foto: Pedro Souza/Atlético

Lino Tavares

Em decisão de mata-mata, o time que perde o jogo de ida vai para o confronto de volta (decisivo) numa das seguintes situações: ferido, se perde com diferença de 1 gol; com um pé na cova, se a derrota for com diferença de 2 gols; praticamente morto, caso tenha perdido com diferença de 3 ou mais gols.

O Atlético Mineiro, vai para a decisão da Copa do Brasil, no próximo domingo, na segunda dessas três hipóteses (com um pé na cova), mas conseguiu evitar ir para o confronto decisivo praticamente morto, graças ao gol de honra, marcado por Allan Kardec, que diminuiu um pouco a desvantagem do 3 a 0 que levava do Flamengo, no Maracanã.

Foi um domingo de recaída para melhor de Gabigol, que marcou dois belos gols e contribuiu para o que Arrascaeta assinalou, na abertura do placar.

Se com essa bela atuação o polêmico atacante flamenguista não fez ainda as pazes com a torcida, pelo menos mexeu com a opinião daqueles que queriam vê-lo longe do elenco do Flamengo.

Com essa vitória de certo modo folgada, o time de Felipe Luiz entrará na Arena do Galo, em Belo Horizonte, na condição de favorito à conquista do título da Copa do Brasil, por duas razões.

Primeiro, porque dificilmente cederá ao dono da casa a chance de devolver a diferença de dois gols conquistada no primeiro jogo, correndo o risco de perder o título na loteria das penalidades.

Segundo, porque o adversário alvinegro não deverá se expor com entrega total nesse jogo que, embora decisivo, reveste-se de menor importância do que o jogo único que terá dia 30, em Buenos Aires, diante do Botafogo, que apontará o campeão da Copa Libertadores da América deste ano.

Além de estar de olho na conquista de maior relevância, o time do Atlético Mineiro tem a questão da rivalidade regional para priorizar a Libertadores nessas disputas.

Se vencer o Botafogo na grande decisão, volta para Belo Horizonte bicampeão do maior torneio continental da América, igualando-se ao Cruzeiro que o conquistou em duas oportunidades.

Ficando somente com a conquista da Copa do Brasil, o Galo apenas garantiria um bom prêmio em dinheiro e uma vaga para disputar a Libertadores do ano que vem.

Contudo, no plano da rivalidade local, continuaria muito distanciado da Raposa, já que o Cruzeiro é recordista brasileiro na conquista de títulos da Copa do Brasil, da qual é hexacampeão.

Logicamente, os clubes que sonham com a conquista de uma vaga para a Libertadores de 2025 querem ver o galo depenado nas duas copas de que é finalista.

Afinal, seus adversários Botafogo e Flamengo ocupam vaga no G-4 do Brasileirão e caso se mantenham no Grupo e vençam a Libertadores e a Copa do Brasil, respectivamente, suscitarão uma vaga a mais para a fase de grupos e outra para a etapa preliminar do torneio continental.

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