Fluminense bate o Boca e conquista sua primeira Liberadores. Botafogo vê liderança ameaçada

Fluminense bate o Boca e conquista sua primeira Liberadores. Botafogo vê liderança ameaçada

Dedico as alusões iniciais deste comentário ao  Fluminense, que se sagrou campeão da Libertadores pela primeira vez, ao bater o temível Boca Juniors na prorrogação, por 2 a 1, com gols de sua fabulosa dupla de atacantes, integrada pelos atletas Cano e John Kennedy.
 
Parabenizo àgrande torcida do tricolor carioca pela merecida conquista, de modo especial, minha amiga atriz Alcione Mazzeo, torcedora do bom e velho "Pó de arroz", conforme declarou na entrevista que me concedeu. 
 
Depois dessa breve alusão, reporto-me agora a outro clube carioca, que deixou a zona de conforto que ocupava, na disputa do Brasileirão, liderando o  certame com folga,  e começa a dar sinais de cansaço, declinando perigosamente na ponta da tabela de classificação. 
 
Quando viajei para Miami no início de outubro, o Botafogo ostentava o status de franco favorito à conquista do Brasileirão, sustentando uma larga vantagem em pontos sobre o vice-líder da competição.
 
Retornando agora dessa viagem aos Estados Unidos, vejo um Botafogo ainda na ponta da tabela, mas "de saia justa", com o mesmo número de pontos do Palmeiras, seu mais próximo seguidor, ocupando a primeira colocação na tabela apenas pelo critério do número de vitórias.
 
É verdade que o alvinegro carioca tem dois jogos a menos do que o vice-líder Palmeiras e poderá voltar a liderar o Brasileirão por pontos, caso não perca amanhã para Vasco, o que não parece tão fácil, considerando que o cruzmaltino joga em casa e luta desesperadamente para deixar a Zona de Rebaixamento, na qual ocupa a primeira colocação.  
 
Mesmo derrotando o Vasco, no jogo de amanhã, o time do Botafogo continuará longe de recuperar o terreno perdido que há poucas rodadas atrás lhe conferia o franco favoritismo à conquista do título de 2023.
 
Se vencer esse jogo, o time da estrela solitária terá como handicap sobre o Palmeiras apenas os três pontos conquistados e mais a suposição de conseguir outros três pontos no jogo a menos do que o vice-líder, que terá a disputar.
 
Temos de convir, contudo, que isso é muito pouco para a retomada de um favoritismo absoluto que a equipe botafoguense perdeu no decorrer dessa queda vertiginosa de produção, que o levou a derrotas inesperadas.
 
Há que se considerar ainda que, após este confronto diante do Vasco, o Botafogo topará com o Grêmio, equipe que ainda sonha com o título e, mesmo enfrentando o líder fora de sua Arena, será "osso duro de roer".
 
Isso posto, vale dizer que, faltando pouco mais de meia dúzia de rodadas para o término do campeonato, já não mais existem favoritos a erguer a taça de campeão brasielrio de 2023, pois a queda do Botafogo embolou a disputa, dando a Palmeira, Grêmio e Bragantino, além do Galo e Flamengo correndo por fora, o sagrado direito de ainda ambicionar a conquista do galardão maior do nosso futebol, nesta reta final do Brasileirão de 2023. 
 
A situação atual do Botafogo oportuniza uma analogia, permitindo dizer que ela representa aquele cara que ganhou uma BMW num sorteio e terá que se desfazer dela por falta de recursos para mantê-la em seu poder. 
 
Estou falando do mesmo Botafogo que classifiquei como "cavalo paraguaio" quando liderava o campeonato nos primeiros jogos, penitenciando-me depois e atribuindo-lhe franco favoritismo, no início do segundo turno, quando disparava na ponta da tabela, e voltando a me penitenciar agora, depois de ele ter jogado no lixo a substancial vantagem que havia adquirido em meados do Brasileirão. 
 
Fale com nosso comentarista esportivo,  colunista, repórter e entrevistador Lino Tavares: jornalino@gmail.com, celular/whatsApp (55)991763232.
 
Foto: UOL

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