Confesso que ajudei a engrossar o coro pela contratação de Rogério Ceni pelo Flamengo quando da demissão de Domènec Torrent, em novembro do ano passado.

E, apesar das quedas do Rubro-Negro na Libertadores e na Copa do Brasil, não podemos dizer que a equipe da Gávea tenha jogado a temporada passada no lixo. Afinal, conquistou – com muita dificuldade e rateando em muitos momentos, é verdade – o Campeonato Brasileiro, que parecia perdido nas últimas rodadas.

Mas, pelo início do Fla na temporada 2021, já deu para sacar que dificilmente Rogério Ceni terá vida longa na Gávea. E não pelos resultados em si. E mais pelo rendimento do grupo rubro-negro. Mal-acostumados com o time de 2019, comandado por Jorge Jesus, os intransigentes flamenguistas parecem agora não aceitar muito menos do que foi visto naquelas campanhas extraordinárias do Brasileiro e da Libertadores.

Difícil mensurar isso, mas é evidente que os comandados de Ceni entregam muito menos – muito menos mesmo! - do que o time de Jorge Jesus. Talvez uns 55% daquele futebol vistoso de 2019. Mas é importante frisar que isso também pela falta de boas peças para armar uma zaga confiável, o que interfere diretamente no rendimento do Rubro-Negro atual.

Mas os flamenguistas parecem não ligar para este detalhe e disparam duras críticas a Rogério nos botequins cariocas e nas redes sociais praticamente todos os dias. Por isso, se tivesse dinheiro, apostaria que Ceni não durará até o final da temporada na Gávea. Um pouco por culpa dele, um pouco pela exagerada expectativa dos flamenguistas, que aparentemente só estarão 100% felizes quando Jorge Jesus voltar. O que, pelo que vemos no noticiário português, também não é muito difícil...