O folclórico volante Amaral foi o grande destaque da vitória do Capivariano por 3 a 0 contra a Ponte Preta, nesta quarta-feira, em Capivari. Aos 42 anos, o atleta não escondeu sua emoção ao término da partida que manteve a equipe na elite do futebol paulista.
"Se caísse, iriam dizer que o Amaral acaba de enterrar o Capivariano. Já tinha a piada pronta. Eu me emocionei muito. Foi como comemorar um título", disse ele, que já trabalhou em uma funerária. De forma equivocada, popularizou-se a história de que o jogador teria sido coveiro, algo que ele nega.
"Eu cheguei no Capivariano e muitos não acreditavam em mim. Mas o presidente e os meus amigos confiaram . Foi uma coisa emocionante, que vai ficar marcada para o resto da minha vida. Eu me machuquei logo na minha estreia. Fiquei um mês parado. Voltei no banco. Não queria jogar pelo nome, mas por merecimento", diz.
Muitos duvidavam da capacidade física do jogador, já que além da idade avançada, Amaral havia disputado apenas uma partida na competição, partida em que sofreu um estiramento muscular que o deixou afastado até a partida desta quarta-feira.
"O pessoal a todo momento perguntava se dava para eu continuar. E eu dizia que sim. Mostrei que mesmo com 42 anos tenho condição de jogar em qualquer clube no Brasil", afirma.
Apesar de ter recebido contatos de amigos da Austrália e da Indonésia, Amaral demonstra ter a intenção de continuar seu trabalho no Capivariano.
"Quando se tem uma certa idade, o que sobra para a gente é esse tipo de mercado. Mas vou ficar no Capivariano até o fim do meu contrato, agora em abril, e depois definir o que será daí para a frente". O Capivariano está na disputa da Copa do Brasil e depois joga a Copa Paulista. "Quem sabe a gente surpreende e pode chegar longe", finalizou o jogador, que já deixou seu nome na história do Capivariano.
Foto: UOL
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