A noite de pré-estreia de "10 Segundos para Vencer", filme que narra a trajetória do bicampeão mundial de boxe Eder Jofre, aconteceu na última segunda-feira (10) em duas apresentações para convidados e imprensa no Cinépolis do Shopping JK, na zona sul da capital paulista. A estreia nacional de "10 Segundos para Vencer" está marcada para o dia 27 de setembro.
Presente ao evento, Eder Jofre, de 82 anos, se emocionou muito ao término da sessão, que também contou com os principais atores do filme dirigido por José Alvarenga Júnior a partir do roteiro e pesquisa de Thomas Stavros.
A relação entre Kid Jofre e Eder Jofre, pai e filho, norteiam a trama muito bem roteirizada por Stavros e dirigida por Alvarenga Júnior. Kid, experiente treinador, é exigente com seu filho. Ele sabia o talento que tinha dentro de casa e foi elemento fundamental para que Eder chegasse ao estrelato.
Daniel de Oliveira, que interpreta Eder Jofre, e Osmar Prado, que faz Kid Jofre, o pai de Eder, falaram com exclusividade ao Portal Terceiro Tempo.
"Graças a Deus eu faço o Eder Jofre! Eu estou muito emocionado, porque o Eder está aí, o elenco, o Alvarenga (diretor). A gente se une para fazer uma história do Brasil que dá certo, um grande filme. Infelizmente vivemos em um país em que não se valoriza o esporte, a educação e a cultura de uma forma geral. Imagina, com tanto potencial humano que temos, se houvesse investimento teríamos grandes campeões em todos os esportes, mas com raça surgem campeões como o Eder que veio para revolucionar em uma época em que não se falava tanto de boxe no Brasil e ele fica tão famoso quanto o Pelé e ele foi um revolucionário através dos punhos, podemos dizer assim, campeão em duas categorias (Galo e Pena), tendo o pai como treinador, uma coisa dramática, que amplificou o talento dele, para onde ele olhava tinha boxe, na família, e hoje ele está aí, assistindo o filme, é emoção demais!", resumiu Daniel de Oliveira.
"Eu acho que o Brasil é um país riquíssimo em potencialidades. Grandes talentos como o Pelé, que despontou em 1958, mas nós tínhamos o Rivellino, o Nilton Santos, o Mané Garrincha, que contrariou todas as leis da física com as pernas tortas, não botaram ele para jogar quando o levaram para o Botafogo e ele ganhou uma Copa, a Copa de 62. O Brasil tem essa potencialidade, mas o que eu sinto é que nos 8,5 milhões de quilômetros quadrados que nós temos de potencialidade, existe uma `orquestração´para não dar certo, e esses heróis que escapam são excepcionais e acabam quebrando um pouco esse paradigma. Tivemos esse incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro, a falta de atenção, deleixo, a irresponsabilidade, quer dizer, são esses talentos que quebram isso, vem não sei de onde, de que planeta, para chamar a nossa atenção, de que o nosso país é maravilhoso e precisa ser tratado com respeito, dar chance a esse pessoal em todas as áreas. Para mim é uma honra representar o pai desse grande herói brasileiro Eder Jofre, mas são expoentes especiais, e espero que o filme também seja, uma justa homenagem, acabei de abraça-lo. Mas o Brasil, não querem, porque se o Brasil puder se tornar o que deve se tornar ele arrasta toda a América Latina, todos seguem, mas está `orquestrado´, estamos diante de mais um golpe para impedir esse avanço. A luta do povo brasileiro é por esporte, saúde, educação, nós estamos no tempo da senzala e da casa grande, nós temos que cuidar da gente, nós somos ricos e não querem que a gente use essa riqueza aqui dentro, temos que ter um tipo de política voltada para isso e não para o mercado, o mercado que se dane. É isso que estão tentando fazer com esse país, com esse golpe desleal de 2016, quer gostemos ou não o presidente Lula está preso injustamente, não tem prova contra ele, não foi julgado pelo mérito. A Lava-Jato veio para acabar com o PT e o Luis Inácio Lula da Silva, isso não sou eu quem fala, a ONU está falando isso e só o povo pode fazer justiça, unido, mais ninguém, ele é o protagonista, se depender dessa elite vamos ficar nessa merda", ponderou Osmar Prado, que recebeu o prêmio de melhor ator no Festival de Cinema de Gramado por esta sua atuação em "10 Segundos para Vencer".
Os dois filhos de Eder Jofre, Marcel Jofre e Andrea Jofre, também se emocionaram ao lado do pai e de parte do elenco que compareceu à pré-estreia. Além de Daniel de Oliveira e Osmar Prado, também estiveram no Cinépolis do Shopping JK a atriz Sandra Corveloni (que vive Angelina, mãe de Eder Jofre) e Ricardo Gelli (que interpreta Sylvano Zumbano, primo de Eder). Gelli, aliás, arrebatou o prêmio de melhor ator coadjuvante no Festival de Gramado pelo filme que retrata a vida de Eder Jofre.
ABAIXO, TRAILER DE "10 SEGUNDOS PARA VENCER" E AMPLA GALERIA DE FOTOS
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