Hernán Crespo, técnico do São Paulo. Foto: Rubens Chiri/SPFC

Hernán Crespo, técnico do São Paulo. Foto: Rubens Chiri/SPFC

O mundo da bola gira realmente numa velocidade alucinante. Afinal, se eu pudesse voltar no tempo até o final de maio e dissesse para algum são-paulino que, no começo de julho, Crespo estaria ameaçadíssimo em seu cargo, ele certamente me mandaria para aquele lugar e me chamaria de louco. Mas o pior é que é mais pura verdade: conhecendo bem o futebol brasileiro, é possível afirmar que o treinador argentino está, sim, por um fio no Morumbi. 

É difícil explicar exatamente o que deu errado no São Paulo desde a segunda partida da final do Campeonato Paulista. Ressaca pós-título? Acomodação por causa da conquista? Desgaste físico? Falta de fôlego por causa do insano calendário do futebol brasileiro? Talvez um pouco de cada um desses elementos. 

Mas, mesmo assim, não há justificativa para jogar nove rodadas do Brasileirão, incluindo nesta sequência confrontos com times fraquíssimo, sem conquistar uma vitória sequer. E, como no futebol a condição psicológica conta tanto quanto a física e a técnica, é evidente que o Tricolor terá que fazer uma força enorme para sair deste “atoleiro”. 

E, quando isso acontece, o que os dirigentes costumam fazer? Buscam um “fato novo” para mudar o ambiente e tentar retomar o caminho das vitórias. E, como é difícil você trocar cinco ou mais jogadores do seu elenco, ainda mais neste momento de profunda crise financeira dos nossos clubes, é muito comum que sobre para o técnico. 

Por isso, infelizmente, pois gostaria muito de ver as ideias dele desenvolvidas em uma temporada inteira, sinto que Hernán Crespo está com os dias contados no Morumbi. Principalmente se nada der certo nas oitavas de final da Libertadores, contra o Racing. 

Mas, como eu disse no começo do texto, o mundo da bola dá voltas. Quem sabe… Pode ser que o elenco tricolor reaja e salve a pele do bom treinador argentino. 

 

 

 

Últimas do seu time