Não foi frescura de Dunga a obrigação de obediência total ao capitão do time.
Desde 2010 soube no "Band Mania" que na Europa o capitão lidera o elenco não apenas no campo.
Ele é o "General do Exército", abaixo só do treinador.
Vampeta, Denilson e Emerson Puma, que jogaram por anos em times da Itália, Espanha, Alemanha e Holanda, disseram para minha surpresa, em jantares que fazíamos, que ninguém inicia refeição ou deixa a mesa por lá sem que o capitão, sempre o mais velho do time, tenha sido o primeiro a fazê-lo.
Dunga, ex-jogador de vários países, apenas implantou o modelo que aprendeu e se submeteu na Itália, Alemanha e no Japão.
Mas inovou com Neymar, longe de ser o mais velho do elenco.
E aqui e agora mais uma de Vampeta, essa emocionante e talvez o único caso sério do irreverente baiano.
Enquanto jogou na Holanda, de 93 a 98, manteve relação de "casado" com Beertje, linda moça loira, 20 anos, olhos azuis e rosto rosado "como manga coquinho".
Na tão liberal Holanda, algo comum, Vampeta morou com a "esposa" quase quatro anos na casa dos pais e ao lado dos irmãos dela.
Ele era parte integrante da família e morava com Beertje na suíte principal.
Mas, um dia, sempre avoado e até inconsequente, Vampeta, em 24 horas, deixou a Holanda do PSV e voltou ao Brasil do Corinthians.
Simplesmente apanhou uma maleta e o passaporte no clube e se mandou.
Nem se despediu da "esposa", da família dela e muito menos apanhou os "trens" que tinha na casa do "sogro" holandês.
Por quase dois anos nunca mais falou com a amada abandonada.
Mas, em 1999, quando a seleção disputou um amistoso com a Holanda em Amsterdã, Vampeta foi até Eindhoven na casa que tanto o abrigou, de todo jeito, "para ver como ficaram as coisas por lá".
Tocou a campainha da "townhouse" e quem abriu a porta?
Sua "ex-esposa"!
E segurando seus gêmeos loiríssimos já de seu casamento-casamento mesmo com um holandês.
O encontro, à porta, durou uns três minutos.
Nenhuma palavra trocada, mas foi o tempo para a moça, seus pais e irmãos olharem Vampeta de cima a baixo.
E olharam com surpresa, curiosidade, saudade, estupefação, decepção, susto e até distante carinho pela presença ali daquele "desertor desalmado" que eles tanto admiravam e abrigaram.
"Foi como que eu fosse um morto-vivo desaparecido de guerra voltando para casa", contou.
Sem nenhuma cobrança, sequer no olhar, o holandeses deram as costas ao brasileiro após os três minutos, entraram e Vampeta ficou travado à porta por instantes.
Mas logo se recompôs, voltou ao hotel da seleção e, no caminho, sentiu ou ficou "desconfiado" que fizera coisa muito errada abandonando sem satisfação sua "família holandesa".
E chorou!
Chorou de vergonha com efeito retroativo falando para si mesmo: "Foi a maior bronca que recebi na vida sem ouvir uma só palavra"!
Não dá um filme isso?
FOTO: UOL
Clique no logo abaixo e conheça o site da ESFIHA JUVENTUS, a mais tradicional Casa Árabe de São Paulo
Machucado ou suspenso, tudo bem. Mas não poupado!
12/04/2019Tiffany, Paulo Guedes e o Paulistão
05/04/2019Torcida Limpa marca gol de placa no Ipatingão
11/03/2019Fair play alviverde, Furacão, Boca Juniors e Carille!
07/12/2018Árbitro de Holanda x Alemanha soube de morte da mãe minutos antes do jogo
22/11/2018