Savóia, Renata Fan, Milton Neves, Morsa, Capriotti e Dr. Osmar de Oliveira no Debate Bola

Savóia, Renata Fan, Milton Neves, Morsa, Capriotti e Dr. Osmar de Oliveira no Debate Bola

Abaixo, confira o texto de Mateus Ribeiro, publicado na plataforma Medium, sobre o saudoso programa "Debate Bola", da TV Record:

Se nos dias de hoje os programas esportivos são um teste para nossa paciência, isso já foi muito diferente tempos atrás.

Exatamente no dia 03 de dezembro de 2001, teve início a transmissão daquele que foi o maior debate esportivo da televisão brasileira, quiçá mundial: o DEBATE BOLA !

Comandado por Milton Neves, o programa deixa saudades até hoje nos corações de milhares de pessoas que saiam correndo da escola para almoçar assistindo aquele verdadeiro espetáculo. Pensando em todos esses corações dilacerados por tamanha saudade, relembrarei aqui um pouco desse nobre, saudoso e incrível programa.

Milton Neves resolveu reunir um verdadeiro Dream Team para seu então mais novo projeto. Vamos reunir aqui os principais representantes do elenco de ouro:

PAULO ROBERTO MARTINS: Também conhecido como Morsa. Protagonista de brigas homéricas, sempre com opiniões provocativas, contundentes e bem humoradas. Além de seu belo bigode, chamava a atenção por sempre pegar no pé do clubismo do Doutor Osmar de Oliveira.

CACÁ ROSSET: Um ator de teatro. Sabe se lá como Milton Neves teve a ideia de convidar Cacá Rosset para integrar o time do programa. Pouco importa, o que importa é que a sua presença agregou muito para o programa. Suas opiniões dificilmente eram levadas a sério, e sempre eram motivo de chacota. Bom, mas isso não era tão engraçado quanto seus palpites, que lhe renderam o apelido de Pitonisa, mesmo que metade das suas profecias não se concretizassem.

DOUTOR OSMAR DE OLIVEIRA: Um dos maiores torcedores do Corinthians que se tem notícia. Só isso já era motivo suficiente para Milton Neves pegar no pé do saudoso médico. Bastava uma derrota alvinegra para o âncora da cabeça grande encher o programa de piadas e acabar com a paciência do Doutor Osmar.

Poderia passar horas aqui falando também de Juarez Soares, Savoia, Ricardo Capriotti, Oscar Roberto de Godoy , dentre tantos outros.

Mas vamos partir para a receita maravilhosa desse bolo que alegrava nossas tardes.

A princípio, o fato do Debate Bola deixar o Programa do Ratinho no chinelo já era mais do que suficiente para prender nossa atenção: quebra paus de dar inveja aos programas do João Kléber, comentaristas perdendo a compostura, um cenário simples, improvisos, ataques de risos, tudo isso era maravilhoso.

Mas nada, ABSOLUTAMENTE NADA se compara com os enterros. Sei que como um torcedor do Corinthians, era um misto de sensações ver quase sempre o meu time de coração ser velado ao vivo e em rede nacional.

Ao mesmo tempo que tinha vontade de me teletransportar até o estúdio para agredir quem deu essa ideia, tinha o desejo de abraçar essa mesma pessoa, pois esse híbrido de comédia, drama e terror me garantia boas gargalhadas. Muito pelo tom fúnebre, pelos comentários ensandecidos da ala Corintiana do programa, e sobretudo, pelo tom sarcástico com que Milton Neves comandava tudo.

Infelizmente, tudo o que é bom dura pouco. E assim foi com o Debate Bola.

Hoje, vemos debates sem graça, sem personalidade, que não conseguem prender nossa atenção. Muito menos nos fazer voltar correndo do trabalho para assistir.

Era tudo armado? E quem se importava? Filmes, novelas, luta livre, a política, tudo nesse mundo é armado, e ninguém liga. Ou liga demais. Em alguns casos, até ama e defende.

Por isso eu digo sempre: amo o Debate Bola, e irei o defender até o final !

VOLTA DEBATE BOLA !

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