Num momento em que se cobra muito a presença de Vanderlei, do Santos, entre os três goleiros que disputarão a Copa da Rússia, em 2018, esquecem-se de fazer coro também a Fábio, que é experiente e está no mesmo nível do camisa 1 santista

Num momento em que se cobra muito a presença de Vanderlei, do Santos, entre os três goleiros que disputarão a Copa da Rússia, em 2018, esquecem-se de fazer coro também a Fábio, que é experiente e está no mesmo nível do camisa 1 santista

No futebol, os títulos conquistados sempre apresentam heróis e vilões. A conquista da Copa do Brasil pelo Cruzeiro não foi diferente. Fabio, goleiro titular há 14 anos da meta azul, pegou pênalti na disputa derradeira e entrou para a história com mais uma ótima atuação e mais uma taça no currículo.

A boa fase de Fábio levanta uma revolta antiga da torcida azul e de boa parte da imprensa diante da não convocação do goleiro para a seleção brasileira. O camisa 1 engrossa a lista de ótimos profissionais “esquecidos” pela seleção canarinho.

Numa época em que se cobra muito a presença de Vanderlei, do Santos, entre os três goleiros que disputarão a Copa da Rússia, em 2018, esquecem-se de fazer coro também a Fábio, que é experiente e está no mesmo nível que Vanderlei. Ambos mereciam, porém Tite só pode levar três e já tem seus eleitos.

Ainda sobre a decisão, Thiago Neves é mais um cruzeirense que fecha a conquista como herói. Fez gols de pênalti na semifinal, diante do Grêmio, e fechou a cobrança de pênaltis na final, marcando o gol derradeiro, mesmo escorregando. Campeão contestado por ser craque e não brilhar como esperado, Thiago Neves foi decisivo, demonstrando personalidade e estrela. É campeão com justiça.

Os vilões também têm lugar numa decisão, sobretudo no futebol brasileiro, cujo torcedor sabe ganhar, mas não aceita perder. Diego, o grande craque do time rubro-negro, foi eleito o melhor jogador da Copa do Brasil, durante eleição antes da decisão, mas falhou nos pênaltis. Parou nas mãos do excelente Fábio.

Já o goleiro Muralha, contestado e achincalhado pela torcida flamenguista, teve a grande chance de sair do Mineirão como grande herói da decisão. Não conseguiu. Falhou nas penalidades, optando por cair em todas as cobranças para o lado direito. Estratégia errada e frustrante.

Muralha segue sendo apontado como vilão pela torcida, o que é uma injustiça, pois no momento dos pênaltis, a obrigatoriedade de defesa do goleiro é zero. Mas como o futebol brasileiro precisa fabricar vilões a cada derrota, Muralha é apenas mais um a ser execrado pela torcida.

Parabéns, Cruzeiro! A Copa do Brasil é azul.

 

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Foto: UOL

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