Cicinho foi eleito o melhor lateral-direito do futebol turco da última temporada. Em entrevista ao site Globo Esporte, o atleta confessa que sofreu com o alcoolismo, mas que está recuperado.
"Quando encontrei Ronaldo, Roberto, Zidane, e depois fui convocado para a Copa do Mundo, pensei: "Cheguei no ápice. O que mais eu sonho?". Comecei a enxergar a vida de outra maneira e pensei que estava na hora de curtir. Achava que tinha conquistado tudo", revelou.
"Eu não imaginava, mas estava depressivo e entregue à bebida. Eu não queria mais responsabilidades. Eu ia dormir às 4h, 5h da manhã e acordava às 8h30 para treinar. Quando voltava, a geladeira estava cheia. Eu começava a beber", conta o jogador.
"Eu não ia pra balada. Na Europa, o clube proporciona boa moradia. Embaixo da minha casa tinha uma discoteca com tudo. Freezer, luz, som. Eu colocava meu sertanejo e ficava lá – emenda Cicinho, que seguia a cartilha do alcoólatra, de beber um pouco no dia seguinte para curar a ressaca", confessou.
"Como não suporto dor, eu bebia antes de sair para fazer as tatuagens. E não eram dois copos de cerveja. Eu tomava duas caixas e três doses de tequila para não sentir a dor. No dia seguinte, eu acordava com as costas inchada e me perguntava: "O que é isso?" Eu corria para o espelho e via uma tatuagem nova. Era quase que inconsciente", lembrou.
Volta ao Brasil. "Já falei para a minha esposa. Se um dia o São Paulo falar "a" para voltar, sem sombra de dúvida eu voltaria. Em 2010, quando voltei, não consegui jogar aquilo que eu jogava porque ainda estava com esse problema de alcoolismo" disse.
"Você vê o Rogério Ceni, o Zé Roberto. São jogadores que têm 40 anos e não pararam. Eu estou bem, jogando em alto nível. Não tenho esse pensamento", encerrou.
Foto: UOL
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