Do UOL, em São Paulo
Os árbitros paraibanos citados na Operação Cartola foram suspensos das escalas de arbitragens da CBF. A informação foi dada pelo Globoesporte.com e confirmada pelo UOL Esporte. A operação investiga um suposto esquema para manipulação de resultados nas edições da primeira divisão do Campeonato Paraibano de 2011 a 2018.
A lista completa da operação comandada pelo Ministério Público e pela Polícia Civil conta 11 nomes citados, entre árbitros e assistentes. Desses, quatro árbitros foram suspensos pela CBF: Éder Caxias Menezes, João Bosco Sátiro da Nóbrega, Renan Roberto de Souza e Diego Roberto Souza de Melo. Dois árbitros e cinco assistentes citados na operação foram liberados.
Além dos quatro árbitros, foram suspensos José Renato Soares Albuquerque (Presidente da Comissão de Arbitragem da PB) e Severino José de Lemos (Assessor da Comissão de Arbitragem da PB).
Deflagrada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público da Paraíba na madrugada da última segunda-feira (9), a Operação Cartola é resultado de mais de seis meses de investigações e tem por objetivo apurar os crimes cometidos por uma organização composta por membros da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Comissão Estadual de Arbitragem da Paraíba (Ceaf), Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba (TJD/PB) e dirigentes de clubes de futebol profissional do Estado da Paraíba (os cartolas).
Segundo o delegado, as investigações avançaram bastante depois que o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) foi acionado.
A Operação Cartola já reúne 80 investigados. Segundo apurou o UOL Esporte, estiveram entre os alvos dos mandados de busca e apreensão na última segunda-feira (9) Amadeu Rodrigues, presidente da FPF, Rosilene de Araújo Gomes, ex-presidente da FPF, José Renato, presidente da Comissão de Arbitragem, Lionaldo Santos, presidente do Tribunal de Justiça Desportiva, Zezinho, presidente do Botafogo-PB, e Juarez Lourenço, presidente do Treze-PB, além dez árbitros.
Com apoio de 230 policiais civis do estado, foram cumpridos 39 mandados de busca e apreensão nas cidades de João Pessoa, Bayeux, Cabedelo, Campina Grande e Cajazeiras. Por questão de sigilo, maiores detalhes só poderão ser divulgados ao fim da operação.
Os envolvidos podem responder processo ao menos por organização criminosa, falsidade ideológica e manipulação de resultados, crime contra o Estatuto do Torcedor. As autoridades locais estão abertas a denúncias sobre o tema.