Ainda paira uma certa dúvida quanto ao tipo de piso que o Brasil vai utilizar no confronto contra a Espanha, pela Copa Davis. Os jogos acontecerão aqui no Brasil, de 11 a 13 de Setembro, ainda sem local escolhido. O Brasil se dá melhor no saibro, mas é justamente este tipo de quadra onde os espanhóis apresentam seu melhor desempenho. Seria uma luta quase inglória enfrentar Nadal, Ferrer e cia limitada no saibro.
Quadras rápidas nunca foram nosso forte, mesmo Guga tinha melhor desempenho fora delas, mas se há alguma chance de vitória, não será no saibro que isso vai acontecer.
Vejo São José do Rio Preto como forte candidata, embora já tenha ouvido algumas opiniões favoráveis a locais com altitude mais elevada, como se isso fosse um grande diferencial. Não é.
Assuntos como este, relacionados ao tipo de quadra, fortalecem cada vez mais a ideia de que alguns fatores que fazem parte do jogo, podem sim interferir no desempenho.
Lembro do tamanho da cabeça da raquete de Sampras e da pressão que ele colocava nela. Algo improvável até hoje, mas não para Sampras. E os surtos “táticos” de John McEnroe? Geralmente assustavam o adversário.
Em 2013 as bolinhas utilizadas no Aberto de São Paulo geraram polêmica, há alguns anos, em 2011, as bolinhas foram o assunto mais discutido em Roland Garros. Maiores, menores, com pouca ou muita pressão, as bolinhas fazem diferença, principalmente quando a marca do patrocinador não é a preferida dos jogadores. E isso sempre acontece...
O Brasil conta com mais um ingrediente que promete apimentar a disputa: a torcida.
Quase que semelhante ao público do futebol, muitas vezes torcendo de forma inadequada, a torcida brasileira do tênis exagera, e isso não tem sido legal, mas há exceções. Quem sabe com esta sequência de jogos importantes, isso tende a mudar.
Esporte é vida! Voltamos com mais tênis semana que vem.
Gustavo Alves dos Santos - nosesportes@gmail.com
No Twitter: @gustavofarmacia
Foto: UOL
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