Bahia vence o Grêmio na Fonte Nova e Renato retira os reservas inconformado com cartão vermelho

Bahia vence o Grêmio na Fonte Nova e Renato retira os reservas inconformado com cartão vermelho

Em comentário anterior, falei que a rodada do Brasileirão não trouxe nenhum resultado que pudesse caracterizar uma surpresa relativa ou absoluta.

 
Nesta quarta rodada, que termina logo mais com o jogo entre São Paulo e Palmeiras, não posso dizer a mesma coisa, porque tivemos um surpresa absoluta e duas relativas, que precisam ser consideradas.
 
A surpresa absoluta configura-se na goleada de 4 a 0 que o Criciúma aplicou no Vasco, principalmente pelo fato de o placar atípico ter acontecido em pleno São Januário, casa da equipe carioca.
 
Afinal, não existe uma superioridade técnica do time catarinense sobre o Vasco da Gama, capaz de justificar tamanha elasticidade no placar conseguido pelo Criciúma.  
 
Na ausência desse pressuposto, tudo quanto se está autorizado a dizer é que para o Criciúma a goleada foi uma dádiva caída do céu ao passo que para o Vasco ela não passou de um acidente de percurso.
 
As surpresas relativas ficam por conta da vitória por 2 a 0 do Botafogo sobre o Flamengo
e de 3 a 0 do Corinthians sobre o Fluminense.
 
O triunfo botafoguense foi de certo modo surpreendente pelo fato de ter sido alcançado diante do mandante do jogo e, em parte, pela folga no placar, uma vez que o Flamengo 
possui mais time do que aquela equipe que o derrotou.
 
Já o 3 a 0 que o Corinthians aplicou no Fluminense constituiu-se numa certa surpresa por se tatar de um placar elevado, praticamente uma goleada, imposto por uma equipe da zona de rebaixamento a outra que ostenta o título de atual campeã da América.
 
Embora eu tenha me reportado a surpresas ocorridas no campo de jogo, preciso admitir que a maior delas aconteceu à margem do gramado onde não há bola circulando de pé em pé.  
 
Estou me referindo à inusitada retirada do banco de reservas, ocorrida na Arena Fonte Nova, determinada pelo técnico Renato Portaluppi a seus comandados, que ocupavam aquele local no jogo Bahia x Grêmio. 
 
Por mais injustiça que a expulsão de Diego Costa do banco tenha representado, não há como utilizá-la como argumento para justificar a atitude do treinador, que foi intempestiva e calcada muito mais no destempero emocional do que num suposto nível de razoabilidade.
 
Se a denúncia de xingamento a um dos juízes foi feita por alguém ligado à Federação Baiana de Futebol, portanto suspeito, caberia ao Grêmio reclamar esse fato ao Tribunal Esportivo da CBF e não a Renato revidar a atitude do denunciante com uma ação antidesportiva sob todos os aspectos.
 
Cabe observar contudo que não é justo afirmar que o treinador gremista tentou usar o fato para justificar o mau desempenho do time, que perdeu para o Bahia de maneira lisa por 1 a 0 e poderia até ter perdido por um placar maior.
 
O próprio Renato declarou na mídia, momentos após o incidente, que o Bahia venceu merecidamente, sem que os erros de arbitragem - que não foram poucos, vale observar - tenham interferido no placar.
 
É preciso ter em mente, diante de situações como esta, que, como diz o redundante refrão, "uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa". "Não se deve confundir alhos com bugalhos".
 
Fale com nosso comentarista esportivo,  colunista, repórter e entrevistador Lino Tavares: jornalino@gmail.com, celular/whatsApp (55)991763232

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