Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

A soberba talvez seja a característica mais marcante naqueles que não aceitam serem confrontados. É uma pedra no sapato dos que convivem com quem se acha acima do bem e do mal. A arrogância é irmã gêmea da soberba, e quando cismam de andarem juntas, se conhece o insuportável.

Soberba e arrogância tem sido algo muito presente nos últimos tempos no Flamengo. Além dos gestos e posições que incomodam adversários, há também o sentimento de supremacia que parece mostrar a todos os outros que a Gávea é o centro do universo.

E convenhamos, esse comportamento – dos dirigentes, que fique claro, mas que contamina uma parte da torcida - é completamente desnecessário. O rubro-negro tem experimentado um sopro de renovação e eficiência administrativa espetaculares. Com gestões comprometidas, sérias, e com reflexo dentro de campo com um time muito superior aos rivais, não há necessidade de adotar uma postura presunçosa.

O clube está em um patamar tão superior aos concorrentes do Rio – e da maioria do Brasil – que não há necessidade desse tipo de conduta.

Os episódios mais recentes, o da MP 984 e o da retomada forçada do Campeonato Carioca, sem ter o cuidado de dar atenção e ouvir os demais, mostram que é preciso reavaliar o comportamento em um momento em que a humanidade precisa muito mais do coletivo do que do individual, mesmo sabendo que futebol é paixão e que observar o sofrimento do adversário tem sabor especial.

A humildade certamente traria um respeito maior por parte de todos e faria do Flamengo ainda maior do que já é. Simpatia, empatia, cortesia, afinidade, respeito são palavras que deverão estar presentes no cotidiano de todos daqui por diante e no pós-pandemia, inclusive no mundo do futebol. Porque quando a bola rolar para valer, é dentro de campo que o time vai ter que resolver e mostrar sua soberania sobre os demais.

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