Corinthians tenta se adaptar a Tiago Nunes, mas tem lampejos de Carille. Fotos: Daniel Augusto Jr/Ag Corinthians

Corinthians tenta se adaptar a Tiago Nunes, mas tem lampejos de Carille. Fotos: Daniel Augusto Jr/Ag Corinthians

Depois da vitória com sabor de derrota, já que custou a eliminação do time na Libertadores, muitas avaliações sobre o novo modelo de jogo do Corinthians têm sido feitas.

Com correção, afinal de contas o time vive um período de mudança e adaptação a um estilo bem distinto com relação aos anos anteriores.

O Corinthians de Tiago Nunes privilegia a transição rápida, o toque de bola, a movimentação e a posse de bola. Tudo que o torcedor quer ver nos dias de hoje, bem acostumados que foram pelo Flamengo de 2019.

A única coisa é que para jogar como o Flamengo seria necessário ter os jogadores que o Flamengo tem.

Claro que não serão sete jogos oficiais e um mês de trabalho que darão ao Corinthians 100% das características de seu treinador.

Nos dois compromissos contra o Guaraní, o Corinthians não conseguiu manter a intensidade nos 90 minutos. Foi fatal.

Com a eliminação recebi diversos memes sobre a queda alvinegra. As gozações são implacáveis, mas uma delas me fez refletir sobre esse novo estilo de jogo corintiano.

Na imagem recebida (veja abaixo) aparece um sorridente Fábio Carille e a seguinte frase: “Eu avisei que esse negócio de atacar não dá certo”.

Pura provocação, óbvio. Mas entendo que o que ocorreu e motivou a eliminação corintiana foi justamente um “carilada” no jogo da noite desta quarta-feira, 12, em Itaquera.

O Corinthians teve um excelente primeiro tempo, fez um a zero, Pedrinho foi expulso, time seguiu atacando, fez dois a zero e desceu para o intervalo em situação confortável. Classificado.

Entretanto, o Corinthians de Tiago Nunes foi para o vestiário, e o Corinthians que voltou para o segundo tempo foi o Corinthians... do Fábio Carille.

A saber: com o resultado que lhe dava a vaga, o Alvinegro abriu mão de suas características atuais e, ao invés de buscar o jogo de bola nos pés, movimentação e articulação, preferiu se fechar na defesa, abusar de chutões que só faziam devolver a posse ao adversário.

Por duas vezes em cinco minutos, o Guaraní cruzou bolas perigosas na área corintiana. Na terceira oportunidade não teve perdão.

Falta inexistente, é verdade, porém muito bem cobrada, decretando o gol do Guaraní. Foram pouco mais de sete minutos do velho Corinthians.

Tempo que custou muito mais que uma simples eliminação.

Perde o Corinthians os dividendos futuros com arrecadação, pois faria, ao menos mais quatro jogos na Arena se chegasse à fase de grupos.

Fora as cotas da Conmebol por fase. Cada partida em casa, na fase de grupos, por exemplo, garante um milhão de dólares ao mandante.

Perde o torcedor, que lastima a derrocada do seu time e, principalmente perde o futebol paulista, brasileiro e sul-americano, já deixamos de viver a expectativa por dois grandes dérbis que estavam a caminho. 

Imagem veiculada na internet após a eliminação na Libertadores.

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