Em Busca De Um Sonho trata-se de um projeto organizado pelo Professor Ézio (ex-jogador de futebol), que tem a finalidade de revelar novos talentos para o mundo esportivo, tanto no Brasil, quanto no exterior.
O objetivo é passar o seu conhecimento desde os fundamentos básicos até os conceitos profissionais do futebol, não formando apenas o atleta, mas também seres humanos de valor.
Os professores Nivaldo e Assis também participam, com ambos tendo grande experiência, prestando serviços como empresários na Europa.
MAURÍCIO SABARÁ: Lígia Silva, você é nascida em Manaus, capital do Estado de Amazonas. Com 13 anos pretendia ser nadadora, mas devido à falta do professor resolveu mudar para o tênis de mesa. Conte sobre esse início.
LÍGIA SILVA: Bom, meu início no tênis de mesa foi totalmente por acaso. Quando era mais nova era muito danada! E lá em Manaus tem a Vila Olímpica do Amazonas!
Vivia nas ruas correndo, brincando (taco), apostando corridas! Enfim, infância maravilhosa! Certo dia minha mãe falou assim: “Você tem q fazer algum esporte. Amanhã você vai lá na vila e só volta pra casa com alguma matricula, senão vai apanhar”! No outro dia acordei cedinho e fui atrás dá matrícula! Mas queria muito era fazer natação! Nesse dia o professor faltou e a única vaga que tinham era tênis de mesa! Então pensei que para não apanhar tenho que ir pra casa matriculada no tênis de mesa!
Fui treinando e competindo em torneios no Estado e ganhando. Depois disputei competições nacionais e ganhando também. Recebi um convite em 1997 e falei pra minha mãe. Ela não deixou vir pra Santos. Em 1998 falei para minha mãe queria ir em busca dos meus sonhos. Ela deixou. Mas primeiramente ela falou que eu deveria estudar. Vim e comecei a ganhar em Santos também. E fui treinando cada vez mais!
Quando cheguei, disputava Campeonato Paulista no sábado, apanhava e não via a hora de chegar na segunda pra treinar! Treinando, treinando. Em 1999 fui para os Jogos Pan-Americanos! Foi aí que pensei: “Posso ir longe”.
MS: Sentiu dificuldades inicialmente no esporte? Deu preferência à um estilo de jogo e raquete ou preferiu seguir as orientações do seu professor da época?
LS: Muitas dificuldades, aliás, todas! Não tinha tênis! Muitas vezes treinava descalça!
Não tinha bolinhas, amassava, levava para casa para colocar na água quente para desamassar! Treinava com aquele tênis da escola. Para treinar, não tinha dinheiro para a passagem de ônibus! Passava por debaixo da catraca! O local era aberto e tinha vento.
Muitas vezes ia a pé para treinar, 50 minutos para ir e 50 para voltar. Pegava carona com colegas de treino. Enfim, apesar de tudo, nunca passou pela minha cabeça desistir, porque dentro da minha casa tinha uma mulher guerreira (mãe). Ela foi e é meu exemplo. E minha maior herança foi a Educação que ela me deu!
MS: Houve algum (a) mesatenista que te espelhou?
LS: Hugo Hoyama.
MS: Com apenas 17 anos sai de Manaus para morar em Santos, visando se aperfeiçoar no esporte. Foi uma decisão fácil, sabendo que ficaria longe da sua família?
LS: Não, nada fácil. Mas tinha um sonho dentro de mim, que era participar de uma Olimpíada. E graças a Deus consegui, participando de 3!
MS: Qual foi o benefício que essa mudança de cidade e de estado te trouxe?
LS: Tinha que estar no polo principal do tênis de mesa junto com os melhores para me aprimorar e disputar competições grandes. Mas nunca esqueci minhas origens. Pobre daqueles que as esquecem! Estando em SP, poderia todos os finais de semana estar disputando com as melhores jogadoras! De SP você pode ir para qualquer lugar do Brasil, estando mais centralizada. E as passagens aéreas eram muito caras! Em SP pude participar de todas as competições da modalidade! E mostrando o meu trabalho! Mas quando mudei pra SP, coloquei na minha cabeça que não queria ser mais uma, mas sim ser alguém na vida! Foi aí que em 1998 recebi o convite para vir para Santos! Em 1997 foi de Santos também, mas minha mãe não deixou. Então no ano seguinte pensei que tenho que ir. E estou em Santos até hoje. A cidade me apoiou em tudo e até hoje me apoia. Me formei no ano de 2004 em Educação Física, trabalho no Centro Esportivo Dale Coutinho e no Colégio do Carmo, treinando também. Defendo a cidade de Santos nos jogos regionais e abertos.
MS: Foi a partir daí que foi convocada pela Seleção Brasileira Juvenil. Relate esse momento tão importante da sua carreira.
LS: Fiquei muito feliz. Na minha cabeça, poxa, estava dando certo. Minha escolha e meu trabalho! Posso seguir treinando para realizar meu grande sonho!
MS: Sua primeira participação internacional de destaque aconteceu nos Jogos Pan-Americanos de 1999 em Winnipeg. Gostou da sua participação?
LS: Sim, muito! Mas fiquei só tirando fotos com os outros atletas, daqueles que ganhavam medalhas para o Brasil. Pensei: “Tenho que ganhar uma também, para as pessoas tirarem fotos comigo também. Coisa de menina nova. Acordei na última disputa por medalhas (equipes). Poxa, hoje tenho que trazer uma medalha mesmo, que seja de bronze e ganhei! Cheguei correndo na Vila Olímpica (Vila dos Atletas). Parecia que tinha ganho uma de ouro. Mas, enfim, todos queriam tirar fotos comigo (risos).
MS: Em 2000 participa pela primeira vez dos Jogos Olímpicos, a competição mais importante de esportes. Eles ocorrem em Sidney (Austrália), com você se tornando a primeira brasileira a disputar um torneio individual olímpico. Um motivo de muito orgulho.
LS: Nossa, a realização do meu grande sonho! Estava lá sonhando, um grande evento que acontece de 4 em 4 anos. Treinei muito pra ir bem. Mas mantive meus pés no chão.
MS: Por três vezes ganhou o Campeonato Latino-Americano Individual (2006, 2009 e 2014), a competição mais vitoriosa da sua carreira. Qual foi o mais inesquecível para você e por quê?
LS: Uma das minhas metas era me manter por 10 anos como primeira do Brasil, o que não foi fácil, pois nunca falei que sou a melhor. Graças a Deus jamais pensei só em mim, por ser um esporte individual. Minha mãe sempre falou para mim: “Seja uma pessoa boa pra mais tarde as pessoas lembrarem de você pelas coisas boas que fez”. Sempre tive isso em mente, ser uma pessoa humilde, correta, sincera, sem vaidades! Isso substitui qualquer troféu que você possa ganhar na vida. E cada passo que fui dando aqui, lembrava da minha mãe. Em 2014, no mundial por equipes, conseguimos subir pra primeira divisão, algo que não acontecia desde de 1950. O mais inesquecível pra mim foram os Jogos Pan-Americanos 2015 em Toronto (Canadá), pela forma que todas ali estavam com comprometimento a fazer história para o tênis de mesa feminino!
MS: Você tem um histórico de participações muito bom em Pan-Americanos, estando presente em 2003 (Santo Domingo, República Domicana), 2007 (Rio de Janeiro, Brasil), 2011 (Guadalajara, México) e 2015 (Toronto, Canadá). Independente da colocação, com certeza o do Rio foi o mais inesquecível, por ser em nosso país.
LS: Sim, meus pais, meu idioma, minhas origens. Você saindo da arquibancada, as pessoas torcendo por você, entendendo aí o que outras pessoas querem passar. Isso nos contagia, criando outra atmosfera para enfrentar qualquer dificuldade. Enfim, nossa torcida calorosa com uma grande paixão.
MS: Teve também muitas participações nas Olimpíadas, participando em 2004 (Atenas, Grécia) e 2012 (Londres, Inglaterra).
LS: Participei em 2000 (Sidney), 2004 (Atenas) e 2012 (Londres)! Nas duas primeiras era muito nova, mas só por estar ali já era pra mim minha medalha de ouro. Em 2012, mais madura e com grande cobrança particular. Mas fiz de todas uma grande oportunidade.
MS: Trocaria suas três participações em Olimpíadas pelos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016?
LS: Claro, não há dúvidas! Mas, como falei, não tenho vaidade e rancor por deixar de ir, longe disso. Sou uma pessoa que tenho muita fé. Amém! Isso não me deixa ser assim. Coisas pequenas não me contagiam. Muito pelo contrário, não fui, mas torci para aquelas que foram. DEUS SABE O QUE FAZ SEMPRE! AMÉM. Sem rancor e sem mágoas. Pensei, poxa, já passei por tanta coisa na vida, fechei um belo ciclo e comecei outro.
MS: O título mundial por equipes da Segunda Divisão de 2014 foi a maior conquista da sua carreira?
LS: Sim, e Toronto 2015 pelo comprometimento de todas que estavam ali!
MS: 2015 foi provavelmente o seu ano mais vitorioso no tênis de mesa, pois foi campeão por equipe e dupla no Latino-Americano, por equipes no Aberto de Luxemburgo e vice-campeã por equipes nos Jogos Pan-Americanos ao lado de Caroline Kumahara e Gui Lin. Já era considerada uma atleta veterana. Foi a melhor fase técnica da sua carreira?
LS: Sim, uma das fases mais vitoriosas da minha vida! Mas sempre treinei muito para estar pronta para as oportunidades da vida.
MS: Qual foi o jogo da sua vida? Teve alguma adversária que tenha mais admirado?
LS: Não tenho, porque não encerrei minha carreira. Tenho alguns memoráveis. Todos os jogos do Mundial de 2014 por exemplo. Como falei, sou uma pessoa que vou muito pelo caráter! Então todas aquelas que me fizeram treinar muito só tenho que agradecer, pois sem elas não poderia chegar a lugar algum.
MS: Faça um rápido paralelo dos clubes que jogou.
LS: Só joguei em Santos. Isso me ajudou muito, ter uma estabilidade, não ficar pulando de galho em galho. Ficar e fazer história.
MS: Tem interesse de ser técnica?
LS: Vamos com calma. Sou assim, tenho que estudar pra ser. Fiquei 21 anos jogando pela Seleção Brasileira, o que não dizer que vou ser uma boa treinadora. Quero estudar para me tornar. Já sou formada em Educação Física. Agora é só estudar os níveis da ITTF e aproveitar as oportunidades. Foi isso que fiz da minha vida e quero esta pronta.
MS: Como vê o futuro do tênis de mesa do Brasil?
LS: Bom, não só o tênis de mesa, mas todos os esportes são questões de cultura.
Temos quer ser otimistas e correr atrás dos grandes planos, tendo comprometimentos.
Apresentação da mesatenista Lígia Silva no Sindiclube em 2016, com participação do jornalista Maurício Sabará:
http://blog.sindiclubesp.com.br/atletas-ensinam-pratica-a-jornalistas-em-curso-sobre-tenis-de-mesa/
Hoje a série de clássicos brasileiros de todos os tempos é na Região Sul, sobre o Grenal, um dos mais tradicionais do país. Para realizar tão árduo trabalho, manterei a base dos principais jogadores, aqueles que mais se identificaram com a camisa que vestiram, mas modificando a formação do jeito mais atual possível, optando por escalar três jogadores no meio de campo e mais três no ataque. E geralmente terá um ponta fixo e um lateral ofensivo do outro lado. Um detalhe que ainda preservarei é a obrigatoriedade de ter três recordistas na equipe titular. Quem tem mais anos de clube, maior número de partidas disputadas e o goleador principal, além de outros fatos marcantes. No meu caso, continuarei a questão de não repetir o jogador, para que se possa ter uma idéia de um campeonato. Determinado futebolista foi muito importante em mais de um time, mas levarei em conta onde se destacou melhor.
Grêmio X Internacional é conhecido como Grenal, sem sombra de dúvidas o maior do Rio Grande do Sul e para muitos do Brasil, devido à exclusividade dele no Estado. Muitas vezes se lê Gre-Nal, semelhante ao Fla-Flu e para muitos colorados deve se ler GreNal, para que a referência ao Inter não fique minúscula, algo que não obedece à grafia correta da língua portuguesa, portanto o correto mesmo é o nome que mencionei.
É muito difícil escrever em poucas palavras sobre um clássico tão único em seu Estado, pois serão muitos casos a serem mencionados. Ele surgiu praticamente junto com o surgimento do Internacional, que não se deu bem logo em sua primeira partida, já sofrendo uma goleada por 10 a 0, pois o Grêmio era um clube já bem estruturado. Na época do Amadorismo houve confrontos interessantes, sempre existindo aquela diferença que envolve determinados clubes, pois um era de colônia (alemã) e o outro abraçou mais o povo. Foi a partir dos Anos 40 que de fato surgiram os grandes Grenais, pois o Inter formou um dos melhores times da sua história, levando ao sofrimento seu maior rival. Na década de 50 houve um considerável equilíbrio, com os colorados sendo mais fortes na primeira metade e os gremistas dominando a segunda. Quando o Estádio Olímpico foi inaugurado em 1954, houve um torneio, com os colorados aplicando uma dolorosa goleada por 6 a 2 nos gremistas, resultado esse muito comentado até hoje. Os Anos 60 praticamente foram favoráveis aos tricolores, ganhando oito Estaduais. Já na década de 70, com o Octacampeonato do Internacional, ainda por cima ganhou três Brasileirões. O equilíbrio esteve presente nos Anos 80, pois se o Grêmio ganhava o Campeonato Brasileiro, Libertadores e Mundial, o Inter dava o troco faturando o Gaúchão com mais frequência, além de ser duas vezes vice no Nacional. Um jogo que vale a pena ser mencionado é o famoso “Grenal do Século”, ocorrido na semifinal do Campeonato Brasileiro de 1988 (já disputado no início de 1989), pois o time que se classificasse para a decisão teria garantida a vaga para a Libertadores do ano seguinte, dando 0 a 0, classificando o Inter, que tinha a melhor campanha, indo para a final com o Bahia, ficando com o vice. Na última década do século XX é frequente a superioridade gremista, que se mudou de lado no século XXI. Claro que geralmente as decisões do Campeonato Gaúcho costuma envolver os dois tradicionais rivais.
O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, fundado em Porto Alegre (Rio Grande do Sul) no dia 15 de setembro de 1903, completou 114 anos em 2017. Um dos primeiro clubes do Estado teve grande influência da colônia alemã, sendo sem sombra de dúvidas o principal time gaúcho do futebol amador, faturando maior número de Estaduais, tendo em seu quadro jogadores históricos como o goleiro Eurico Lara e os atacantes Luiz Carvalho e Foguinho. Sua hegemonia foi obtida novamente a partir de 1956, conquistando até 1968, ganhando praticamente todos os títulos estaduais, só deixando de vencer em 1961, o que quase seria um recorde no futebol brasileiro e talvez mundial. Volta a vencer em 1977, mas a superioridade do rival ainda era grande, tendo só a partir de 1981 uma força maior com a conquista do seu primeiro Campeonato Brasileiro. Seria vice no Brasileirão na temporada seguinte, já demonstrando o seu poderio em torneios nacionais e internacionais, pois em 1983 ganharia sua primeira Libertadores e Mundial Interclubes, um orgulho para o futebol gaúcho. Nos Anos 90 manteve a tradição de time copeiro, faturando por duas vezes a Copa do Brasil (já tinha vencido a primeira edição em 1989), a Supercopa do Brasil, um Campeonato Brasileiro, uma Recopa Sul-Americana e sua segunda Libertadores, tendo também bom número de títulos estaduais. E no Século XXI esteve bem atrás do Inter, ganhando apenas quatro Estaduais, um Brasileirão da Série B, tendo grande recuperação de um ano pra cá, com a conquista da Copa do Brasil de 2016 (tinha também vencido em 2001), sua terceira Libertadores em 2017 e sendo vice-campeão mundial no dia 16 de dezembro, perdendo por 1 a 0 para o Real Madrid.
Para o gol gremista meu escolhido é Eurico Lara, goleiro que tem até o seu nome citado no hino do clube, figura lendária do clube pelas qualidades técnicas na meta (considerado um dos melhores do país na década de 20), bravura, atuou por 15 anos (1920 a 1935), jogando adoentado seu último jogo, tendo depois complicações que fizeram com que falecesse e se tornasse imortal para a história do Grêmio. Seu reserva é Danrlei, um dos jogadores que mais atuaram pelo time (594 partidas), era muito marcante na vitoriosa década de 90, jogando por dez anos (1993 a 2003), sendo fundamental nos grandes títulos no período, sendo reconhecido como um dos melhores da época, mas também pelo gênio forte que lhe rendeu muitas confusões em campo. Nomes que merecem ser lembrados é os de Mazaropi (campeão da Libertadores da América e do Mundo em 1983) e o atual Marcelo Grohe, vencedor da Libertadores de 2017.
O paraguaio Arce na lateral-direita representa um ponto forte da defesa gremista, muito destacado pela sua disposição e especialmente por sua precisão em cruzamentos e cobranças de falta, marcando muito no período de 1994 a 1998, tendo antes ótimas atuações no clube que o revelou (Cerro Porteño) e depois no Palmeiras. Para a reserva está um Prata da Casa, com Paulo Roberto fazendo parte do período próspero da primeira metade da década de 80 (1981 a 1984), ganhando o Brasileirão de 1981 e em 1983 faturando a Libertadores e o Mundial Interclubes, sendo também bom nas cobranças de falta e apoio ao ataque.
A zaga gremista começa com um gigante, pois Airton Pavilhão esbanjou uma categoria invejável como zagueiro-central (muitos que o viram jogar dizem que era mais técnico até mesmo que o formidável Mauro Ramos de Oliveira), disputando 502 jogos de 1954 a 1968 (um breve período de empréstimo no Santos), tendo mais de dez títulos estaduais e marcante demais por nunca se abalar com os atacantes, tendo o luxo de recuar de trivela a bola para o goleiro da linha de fundo, um lance de pura habilidade do Pavilhão.
Seu companheiro de zaga é o valente uruguaio De León, que honrando a camisa gremista entre 1981 e 1985, um ídolo Nacional de Montevidéu que alcançaria a mesma condição no Grêmio, ganhando títulos inéditos como o Brasileirão, Libertadores e Mundial, marcando muito por erguer a taça do Intercontinental com o rosto sangrando. O primeiro reserva da zaga é Luiz Luz, conhecido como o Fantasma da Área, beque de muitas qualidades técnicas, que disputou a Copa do Mundo de 1934 e que de 1935 a 1940 desfilou o seu talento pelo tricolor. E o último é Ênio Rodrigues, quarto-zagueiro forte que já tinha sido campeão gaúcho pelo Renner em 1954, atuando pelo Grêmio de 1955 a 1961 ao lado de Airton, sendo penta em 1956/57/58/59/60.
Não tem como deixar Everaldo de fora como lateral-esquerdo gremista de todos os tempos, que demonstrou muita disposição pelo time e também talento, ganhando os Estaduais de 1966/67/68, orgulho do Rio Grande do Sul por ter sido o representante na Copa do Mundo de 1970, faleceu tristemente em um acidente de automóvel, com o escudo do clube tendo uma estrela em sua homenagem. Ortunho era o lateral anterior, mas aqui será banco, sendo muitas vezes o escolhido, era daqueles defensores que jogavam bem na posição, sendo um tenaz marcador, fazendo parte de um período maravilhoso que compreende entre os anos de 1958 e 1967, ganhando muitos títulos gaúchos.
Para jogar como volante é necessário ter grande técnica ou muita disposição, mas principalmente ser um motor, então considero que Mílton Kuelle seja o melhor representante, pois foi assim que ele jogou durante 11 anos (1954 a 1965), nono maior goleador (118 gols), um símbolo do vitorioso período. Élton Febsterseifer, com sobrenome também de origem alemã, será o seu reserva, porém jogaram juntos de 1955 a 1963, compondo um meio de campo difícil de ser batido. Vale a homenagem à Dinho, um dos principais jogadores gremistas da década de 90, que veio de períodos vitoriosos em clubes como o Confiança, Sport e São Paulo, mas talvez atingiu o seu auge no Grêmio, honrando a raça gaúcha e ganhando títulos marcantes entre 1995 e 1998.
Improvisei o ponteiro direito Tarciso para a meia-direita, pois se trata de um jogador que jamais pode ficar de fora, recordista em partidas (721), segundo maior goleador (226 gols), muitos anos de Grêmio (1973 a 1986), pegando o auge do rival Inter, sendo recompensado pelo título gaúcho de 1977, mas especialmente com a conquista do Brasileirão, Libertadores e Mundial, além das suas qualidades como ponta, com dribles, arrancadas, cruzamentos e forte chute à gol. Pela meia-esquerda está Joãozinho (132 gols, sétimo maior), o Pequeno Polegar, dinâmico, habilidoso, heptacampeão gaúcho de 1962/63/64/65/66/67/68, muito marcante de 1960 a 1972. Um gênio como primeiro reserva, pois de 1956 a 1963 o meia Gessy encantou os torcedores com o seu habilidosíssimo futebol, mesmo sendo muito frio (era que nem o Quarentinha, não costumava comemorar os gols), sendo até hoje o terceiro maior goleador gremista (214), indo para a Portuguesa de Desportos e logo em seguida encerrado a carreira para se dedicar à Odontologia. Completando as meias, o escolhido é o ponta-esquerda Vieira, que de 1954 a 1967 foi uma espécie de Zagallo, ou seja, um ponta que ajuda a armar.
Iniciando o ataque, pela ponta-direita, aparece o “até hoje” polêmico Renato Gaúcho, que em seu período de clube (1981 a 1986) foi comparado à Garrincha, pois era veloz e driblador, sendo o principal responsável pela conquista do Mundial Interclubes de 1983 anotando dois golaços, dois Estaduais (1985/86), sendo até hoje considerado um dos maiores jogadores da história do Grêmio, ganhando sua segunda Libertadores em 2017 (como técnico), recebendo no mesmo ano a justa homenagem de um busto no clube.
O primeiro centroavante é Luiz Carvalho, que surgiu em 1923 com apenas 15 anos, jogando no time de Lara e se tornando um célebre goleador (é o sexto maior com 166), daqueles à moda antiga, que anotava gols de virada, tendo três passagens pelo Grêmio (1923 a 1928, 1929 a 1934 e 1938 a 1940), com o atacante considerando-o superior a Pelé no ataque, sendo presidente do clube entre 1975 e 1977. Alcindo completa o ataque, que inicialmente era reserva de Paulo Lumumba, assumindo a titularidade e se tornando o maior goleador gremista de todos os tempos em seus dois períodos (1963 a 1971 e 1977), anotando 264 gols e sendo até hoje um dos maiores ídolos tricolores, inclusive participando da Copa do Mundo de 1966. Iniciando a reserva apostei no maior ídolo da atualidade, o atacante Luan, principal responsável pela conquista da Libertadores de 2017, já tinha vencido a Copa do Brasil do ano anterior, está no Grêmio desde 2014, já tem 55 gols em 210 partidas, ganhando alguns prêmios no Brasil por ser considerado um dos melhores jogadores em atividade no país e campeão pela Seleção Brasileira com alguns títulos nas categorias de base, inclusive o inédito ouro olímpico. Baltazar, O Artilheiro de Deus, é o primeiro centroavante reserva, sendo o oitavo maior goleador (131 gols em 293 jogos) de 1979 a 1982, sem dúvida o principal deles foi o do inédito título brasileiro de 1981, um golaço na vitória por 1 a 0 no forte time do São Paulo em pleno Morumbi. E para completar a linha atacante está o valente Juarez Teixeira, conhecido como Leão do Olímpico, que de 1955 a 1960 e de 1961 a 1963 foi o principal goleador gremista, travando históricos duelos com o zagueiro colorado Florindo, se tornando o quinto maior artilheiro de todas as épocas, balançando as redes adversárias em 202 oportunidades.
Talvez o Grêmio seja um dos times brasileiros que mais teve atacantes de qualidade ficaram de fora. Cito nomes como os de Foguinho (1929 a 1941, com 210 gols em 250 partidas, fazendo dele o quinto maior goleador), Geada (1948 a 1952, anotando 99 gols), Marino (ponteiro direito que fez 117 gols 243 jogos), Volmir (ponta-esquerda driblador da segunda metade da década de 60, André Catimba (autor do gol do título gaúcho de 1977, com famosa cena dele voando), Jardel, Paulo Nunes e tantos outros.
Para a função de treinador há nomes muito bons, mas optei por Valdir Espinosa, pois entendo que o seu nome se eternizou com os títulos da Libertadores da América e Mundial Interclubes de 1983, sendo ele o sexto técnico que mais comandou o time. Porém vale a citação de Oswaldo Rolla (o ex-jogador Foguinho) com o seu maior número de partidas comandadas (378) e o famoso Luiz Felipe Scolari (Felipão) que é o segundo (371) e recordista de títulos, tendo também excelentes passagens pelo Criciúma e Palmeiras, só pra citar clubes brasileiros, além da inesquecível conquista do Penta pela Seleção Brasileira em 2002.
GRÊMIO (1903 A 2015)
Titular: Eurico Lara, Arce, Aírton, De León e Everaldo; Mílton, Tarciso e Joãozinho; Renato Gaúcho, Luís Carvalho e Alcindo. Técnico – Valdir Espinosa.
Reserva: Danrlei, Paulo Roberto, Luiz Luz, Ênio Rodrigues e Ortunho; Élton, Gessy e Vieira; Luan, Baltazar e Juarez Teixeira.
Mais anos: Lara – 15 (1920 a 1935)
Mais partidas: Tarciso – 721 (1973 a 1986)
Mais gols: Alcindo – 264 (1963 a 1971 e 1977 a 1979)
O Sport Club Internacional, fundado em Porto Alegre (Rio Grande do Sul) no dia 04 de abril de 1909, completou 108 anos em 2017. Quem fundou o clube gaúcho foram paulistas, homenageando o hoje extinto Inter da capital, na época um dos principais times de São Paulo, pois não obtiveram sucesso quando tentaram ingressar no Grêmio, uma agremiação de colonização alemã, surgindo de forma bem diferente, voltada para o povo. Nos Anos 10, 20 e 30 sofreu muito com a superioridade do rival, que tinha 5 Estaduais contra 2 (1927 e 1934) e 19 Campeonatos Citadinos de Porto Alegre contra 10 (quase o dobro). Mas a partir de 1940 com o surgimento do Rolo Compressor de Tesourinha, Carlitos e tantos outros craques, que arrasaram os gremistas com grandes vitórias nos Grenais, sendo hexacampeão de 1940 a 1945, que só seria superado pelo Hepta do Grêmio (1962 a 1968). Na primeira metade da década de 50 surgiria outra brilhante equipe, que em homenagem à dos Anos 40 seria apelidada de Rolinho, embalada por outros notáveis jogadores e pelas grandes jogadas da dupla de ataque formada por Larry e Bodinho. Muitos colorados preferem esquecer dos Anos 60, pois seu maior adversário ganhou oito Estaduais contra apenas dois (1961 e 1969). Com a inauguração do Beira-Rio em 06 de abril de 1969 novos tempos surgiram, fazendo com que os Anos 70 se tornassem os maiores de qualquer clube do Rio Grande do Sul, com o inalcançável Octacampeonato (1969 a 1976) e três títulos brasileiros (1975/76 e 1979) com o formidável esquadrão de Falcão e Figueroa. Durante a primeira metade da década de 80 o Inter viu o Grêmio sendo campeão nacional e internacional (Libertadores e Mundial, conquistas essas que o Colorado não tinha), mas dominava o Campeonato Gaúcho, ocorrendo o contrário na segunda, com os gremistas vencendo o Estadual e os colorados indo bem no Brasileirão, porém sendo duas vice-campeões (1987 e 1988). Apesar de toda a força tricolor na década de 90, o Inter ganhou 4 Estaduais, vencendo também seu último título de caráter nacional, a Copa do Brasil de 1992. E no Século XXI aconteceram suas inéditas conquistas, ganhando duas Libertadores e um Mundial.
Para o gol do Internacional meu escolhido é o Manga, consagrado goleiro dos tempos de Botafogo, que virou lenda em seus três anos no Colorado (1974 a 1977), sendo tricampeão gaúcho e especialmente pelo Bicampeonato Brasileiro de 1975/76, mostrando toda a sua categoria e experiência. O consagrado Taffarel é o reserva, foi muito bem no Inter, sendo considerado o melhor goleiro do Brasil entre 1987 e 1990, mas não obteve títulos estaduais, duas vezes vice-campeão brasileiro e não se dava bem nos Grenais, então apesar das suas inquestionáveis qualidades na época, teve metas não atingidas. E faço a minha homenagem ao bom goleiro Ivo, do Rolo Compressor.
Da mesma forma que Manga teve tantos anos de Botafogo, optei por Paulinho de Almeida que depois atuou por muitas temporadas no Vasco, fazendo dele o meu lateral-direito colorado de todos os tempos, defendendo o time de 1949 a 1954, tinha muita garra e ficou conhecido pelo apelido de Capitão Piranha, pelos dentes saltados e pela forma como marcava, devorando os pontas adversários. Um reserva à altura é o Luiz Carlos Winck, que atuou nos Anos 80, retornando duas vezes (1991 e 1994), sendo considerado um dos melhores da posição no futebol brasileiro em seu tempo.
Zaga colorada é um local de respeito, então o chileno é o melhor nome, tomando conta da defesa como ninguém na história do clube de 1971 a 1977, sendo campeão gaúcho em todos os anos que atuou, autor do gol do primeiro título brasileiro em 1975 (foi bicampeão no ano seguinte) e eleito algumas vezes o melhor beque da América do Sul. Nena é o quarto-zagueiro, não tão consagrado, mas também foi bem na década de 40.
De 1929 a 1940 o zagueiro Risada foi um importante zagueiro do Inter, que, apesar do apelido, jogava bem sério, sendo campeão gaúcho de 1934 e o meu escolhido como primeiro reserva. O outro é Alfeu, outro que não brincava em serviço, que para os antigos colorados formou com Nena a mais espetacular de todas as zagas do time. Vale a pena citar o zagueiro Florindo, que de tão grandioso foi na década de 50, ganhou o apelido de Gigante do Ébano.
Em 1958 o reserva do campeão mundial Nilton Santos foi o Oreco, que atuava muito bem no Corinthians, mas apareceu mesmo no futebol jogando pelo Internacional, tanto o de Santa Marina quanto o de Porto Alegre, jogando de forma séria e com categoria, sendo considerado um dos melhores do Brasil em seu tempo, tendo sua fase mais vitoriosa no Colorado, de 1950 a 1957, jogando muito na lateral-esquerda. Não era fácil jogar no Inter nos bons tempos do Grêmio (Anos 60), mas Sadi se saiu muito bem, sendo considerado um dos melhores na época pelo lado esquerdo, merecendo a reserva.
Volante é uma posição que o Colorado tem muita tradição. Já começa com Falcão, considerado por muitos o maior jogador da história do clube, futebol altamente técnico e clássico, que brilhou intensamente entre 1973 e 1980, sendo o principal comandante nos títulos brasileiros de 1975/76 e 1979, conquistando também os Estaduais, considerado o melhor meio-campista brasileiro na segunda metade dos Anos 70 e início da década de 80 quando estava na Roma. Paulo César Carpeggiani forma uma dupla ideal, jogaram juntos, tinha técnica de meia e depois qualidades como marcador, um pulmão no período correspondente de 1969 a 1977, sendo também várias vezes campeão. O primeiro reserva é Batista, outro volante que jogou com ambos, sempre apresentando muita disposição, um marcador difícil de ser batido. Por último aparece Salvador, esse sim um volante de estilo clássico, com uma habilidade incrível apresentada na primeira metade dos Anos 50, que depois encantaria os torcedores do Peñarol e River Plate.
Optei por um ponteiro esquerdo para atuar como meia-esquerda, escolhendo Carlitos, um dos principais jogadores do Rolo Compressor, anotou gols fantásticos que fizeram dele o maior goleador da história do clube e também recordista em anos de serviço,além de ser o maior artilheiro em Grenais. Mais um ponta-esquerda atuará na meia-esquerda, um nome ilustre como o de Chinesinho, que teve destaque de 1954 a 1958, tendo depois belas passagens pelo Palmeiras e futebol italiano, dono de muito talento.
Ótimos meio-campistas ficaram de fora, como Ávila, Dorinho, Bráulio, Carbone, Caçapava, Ruben Paz, D’Alessandro e tantos outros. Um setor que o Inter sempre teve muita tradição.
Pela ponta-direita nada melhor para iniciar que o inesquecível Tesourinha, considerado pelos o que viram atuar nos Anos 40 superior à Garrincha, o maior talento do Rolo Compressor, era tido como principal jogador do clube até o surgimento de Falcão, infernal pelo lado direito, com velocidade e dribles desconcertantes, era tão bom que foi o único jogador gaúcho que teve chance de fato com o técnico Flávio Costa da Seleção Brasileira na década de 40. Claro que deve ter um representante do título da Libertadores (especialmente a primeira) e Mundial, com Fernandão sendo o nome, ídolo maior na ocasião, com grande participação nas conquistas através da sua precisão em campo, especialmente pra cabecear. E para finalizar o ataque aparece Valdomiro, o veloz ponteiro direito que desloquei par ao lado esquerdo, que ganhou todos os títulos do Inter, estando presente de 1968 a 1980, retornando em 1982, um vitorioso sem fim.
Iniciando a reserva aparece o goleador Claudiomiro, outro vencedor, ganhando muitos Estaduais de 1969 a 1974, saindo pouco antes do vitorioso período dos títulos brasileiros. Completando a linha atacante escalo aquela que é considerada a mais espetacular dupla de área colorada, formada pelo cabeceador Bodinho e o cerebral Larry, que através das suas engenhosas tabelinhas desmontavam as defesas, especialmente a gremista com grandes atuações entre 1954 e 1955.
Mais excelentes alternativas ficaram de fora, destacando os atacantes Sylvio Pirillo, Adãozinho, Flávio, Dario, Lula, Escurinho, Christian e outros.
Rubens Minelli, considerado um dos melhores treinadores do futebol brasileiro, é o escolhido para comandar o esquadrão, entendendo bem do assunto, ainda mais pelo belo trabalho feito no Bicampeonato Nacional de 1975/76.
INTERNACIONAL (1909 A 2015)
Titular: Manga, Paulinho de Almeida, Figueroa, Nena e Oreco; Falcão, Paulo César Carpeggiani e Carlitos; Tesourinha, Fernandão e Valdomiro. Técnico – Rubens Minelli.
Reserva: Taffarel, Luis Carlos Winck, Alfeu, Risada e Sadi; Batista, Salvador e Chinesinho; Claudiomiro, Bodinho e Larry.
Mais anos: Carlitos – 14 (1938 a 1952)
Mais partidas: Valdomiro – 803 (1968 a 1980 e 1982)
Mais gols: Carlitos – 385
Hoje inicio a segunda e última série de clássicos mineiros de todos os tempos. Para realizar tão árduo trabalho, manterei a base dos principais jogadores, aqueles que mais se identificaram com a camisa que vestiram, mas modificando a formação do jeito mais atual possível, optando por escalar três jogadores no meio de campo e mais três no ataque. E geralmente terá um ponta fixo e um lateral ofensivo do outro lado. Um detalhe que ainda preservarei é a obrigatoriedade de ter três recordistas na equipe titular. Quem tem mais anos de clube, maior número de partidas disputadas e o goleador principal, além de outros fatos marcantes. No meu caso, continuarei a questão de não repetir o jogador, para que se possa ter uma idéia de um campeonato. Determinado futebolista foi muito importante em mais de um time, mas levarei em conta onde se destacou melhor.
América e Villa Nova não é propriamente um clássico mineiro dos mais conhecidos, tanto é que o nome do confronto é bem simples (Coelho versus Leão), justamente em cima do apelido dos clubes. E para os americanos o grande rival é o Galo (Clássico das Multidões, pois tinham a segunda maior torcida), que por muitos anos fizeram o principal embate de Minas Gerais, que a partir dos Anos 50 e principalmente na década de 60 perdeu espaço para Atlético contra Cruzeiro.
Sobre o clássico, os momentos mais importantes aconteceram em 1977, quando decidiram a Taça Minas Gerais de 1977, com o Villa sendo o campeão.
Abaixo veremos que as duas agremiações tiveram passados bem gloriosos, pois para os mais jovens fica a impressão que sempre estiveram abaixo dos dois gigantes mineiros, porém foram clubes que já foram os melhores do Estado.
O América Futebol Clube, fundado em Belo Horizonte (Minas Gerais) no dia 30 de abril de 1912, completou 105 anos em 2017. Seus fundadores foram estudantes, que queriam um clube para que houvesse com mais frequência a prática de futebol na cidade, ainda engatinhando no esporte. No segundo Estadual (1916) os americanos se sagram campeões (o Atlético venceu o primeiro), iniciando uma histórica sequência de dez Estaduais seguidos, um Decacampeonato que no Brasil foi igualado apenas pelo ABC de Natal. Nos primeiros anos do Profissionalismo o América discordou da mudança, inclusive tendo seu uniforme mudado entre 1933 e 1942. Nos anos de 1948 e 1949 respira novamente ares vencedores, ganhando o Estadual contra o poderoso time conhecido como Galo Forte e Vingador e o Torneio Quadrangular de Belo Horizonte derrotando o melhor time brasileiro e sul-americano da época, o Vasco da Gama. Volta a ser campeão estadualmente em 1957, passando depois por mais um período de jejum, principalmente no início do Estádio Mineirão, vendo o seu posto de grande rival dos atleticanos sendo tomado pelos cruzeirenses. De 1971 a 1973 montou um dos seus melhores times, ganhando mais um título mineiro no primeiro ano e no último ficando em sétimo lugar no Campeonato Brasileiro, sua melhor campanha no torneio. Na década de 80 deixou de disputar a primeira divisão do Brasileirão, só voltando a partir dos Anos 90, tentando reviver os bons tempos com títulos estaduais na Série A e nas outras divisões nacionais. Venceu o Brasileirão da Série B (1997 e 2017) e da C (2009).
Para o gol americano está alguém conhecido por um apelido muito usual para goleiros, pois Milagres (na verdade é o seu último sobrenome), que além de ser o jogador que mais atuou pelo América (372 vezes), foi de suma importância entre 1991 e 2001, pois na década de 90 o time voltava a ser forte no Estado, ganhando o Campeonato Mineiro (1993), o Brasileirão da Série B (1997) e a Copa Sul - Minas (2000). Seu reserva é Jardel, conhecido como Cavaleiro Negro, que para muitos foi o melhor goleiro que o time já teve, vencendo o Estadual de 1957, sendo o maior ídolo da torcida naquele inesquecível título.
Pela lateral-direita meu escolhido é Wellington Paulo, que teve três passagens pelo América, também atuando como zagueiro, ficou conhecido por sua valentia e liderança e ganhou os mesmos títulos do goleiro Milagres, além do Estadual de 2001 e o Brasileirão da Série C em 2009. Evanílson é um grande nome para a reserva, considerado a maior revelação do clube nos Anos 90, atuando pelos outros grandes de Minas (seu carinho maior é pelo América), chegando à Seleção Brasileira.
Lazarotti inicia a zaga, sendo muito importantes para a forte defesa americana da segunda metade da década de 40, conhecido também por ser o único jogador que atuou em cinco times mineiros (América, Atlético, Cruzeiro, Renascença e Sete de Setembro). Quem completa é Luzitano, que também fez parte do mesmo período, sendo junto com o seu companheiro campeão estadual em 1948. Dênis é o primeiro reserva sendo um zagueiro que até hoje fala bem do América, muito importante na década de 90. Da mesma forma dos titulares, que jogaram juntos, os reservas também, pois Luiz Carlos esteve presente com a camisa americana entre 1989 e 1995, sendo um dos jogadores que mais teve atuações em todos os tempos.
Lateral-esquerda é uma posição muito respeitada, portanto Caillaux é o meu escolhido, sendo um dos gigantes da defesa americana nos Anos 60, enfrentando atacantes de respeito do lado cruzeirense e atleticano. Escolhi Danilo para ser banco pelo lado direito, um dos principais jogadores da década atual, campeão mineiro em 2016.
Pouco depois do título mineiro de 1971, o América contrata Juca Show, que estava no Fluminense de Araguari, um craque de primeira grandeza, ficando até 1974, sendo um dos principais comandantes de um dos melhores times americanos, o que faz dele com méritos ser o meu volante principal. Um nome de peso figura para ser banco, pois Gilberto Silva foi campeão do mundo em 2002, tendo bela passagem pelo exterior, porém foi revelação americana, ganhando o Brasileirão da Série B (1997) e a Copa Sul - Minas (2000).
Vencedor da Bola de Prata de 1973, Pedro Omar foi outro meio-campista de destaque, que atuou junto com Juca Show na histórica campanha do sétimo lugar no Brasileirão, sendo ele e o Juca dois jogadores que atuaram menos de 100 partidas, mas que são os meus titulares, de tão marcantes que foram. O Palhinha, que tanto se destacou no São Paulo entre 1992 e 1995, foi revelado profissionalmente pelo América, atuando bem de 1988 a 1991, retornando ao clube duas vezes (2000 e 2002), tendo muito destaque na conquista da Copa Sul - Minas de 2000, pois era um jogador rodado e experiente, além de ser o sétimo jogador goleador com a camisa americana (77). Dirceu Alves (destaque na primeira metade dos Anos 60 e campeão mineiro em 1971) e Amaury Horta (mesma carreira de Dirceu) são dois nomes de respeito que merecem estar na reserva, dois históricos meio-campistas.
O ataque americano de todas as épocas não terá um ponta fixo, mas é representado por três jogadores que merecem todo o respeito. Jair Bala é o sexto maior goleador do América, sendo considerado por muitos o maior jogador da sua história, tendo uma passagem marcante entre 1964 e 1965, mas principalmente entre de 1970 a 1972, formando aquele que para muitos foi o melhor time americano, campeão mineiro de 1971. Para a posição de centroavante a escolha ideal é o maior goleador de todos os tempos, então Satyro Taboada é o eleito, digno representante da equipe do Deca, pois foi campeão mineiro em 1922/23/24/25, era habilidoso, tinha valentia e velocidade, atuando com destaque até 1935, retornando no ano de 1941, além de ter feito em 1928 nada mais nada menos que 9 gols em uma única partida, sendo em Minas só superado pelo palestrino/cruzeirense Ninão (10 na mesma temporada), algo que nem Pelé conseguiria (8 em 1964) e, para finalizar, Satyro foi enterrado com a bandeira do América. Completando o ataque está o segundo maior goleador americano de todas as épocas com 109 gols em 153 partidas, tendo idas e vindas no time da segunda metade da década de 50, inclusive foi contratado pelo Barcelona em 1956, pois na primeira excursão do time à Europa impressionou os europeus pela sua habilidade e facilidade de balançar as redes, não estando presente no título mineiro de 1957, retornando em 1959 após passagens pelo Botafogo do Rio e Sport, permanecendo até 1961. Euller, O Filho Do Vento, é o primeira reserva do ataque, revelação do clube, teve destaque em times paulistas como o São Paulo, Palmeiras e São Caetano, no Vasco, inclusive no rival Atlético, mas está mesmo no coração dos americanos, sendo campeão estadual (1993) e encerrando a carreira no Coelho com o título mineiro da Segunda Divisão (2008) e brasileiro da Série C (2009). O segundo é Petrônio, herói do titulo mineiro de 1948 e terceiro maior goleador com 106 gols anotados até 1954, tinha fama de craque por anotar belos tentos, inclusive de bicicleta. E por último resolvi destacar o atacante Harvey, quarto maior goleador (89 anotados), jogando de 1951 a 1954 e entre 1957 (campeão mineiro) e 1958.
Quem escolho para comandar o América Mineiro de todos os tempos é Dorival Knipel, mais conhecido como Yustrich, um treinador de linha dura, que estreou a função no próprio time americano, sendo campeão mineiro em 1948, participou da primeira excursão da equipe à Europa (1956), ganhou o Estadual de 1971, foi vice dois anos depois e é o técnico que mais comandou o Coelho (278 vezes). Orlando Fantoni é um nome que merece ser lembrado, comandando o time na histórica campanha do Brasileirão de 1973. Givanildo é outro, estando presente em dois títulos nacionais das séries inferiores (1997 e 2009), tendo quatro passagens pelo clube, o que faz dele o terceiro técnico que mais comandou o time. Até mesmo o histórico jogador Jair Bala merece a lembrança, pois foi um dos técnicos que mais dirigiu o América (232).
AMÉRICA (1912 A 2017)
Titular: Milagres, Wellington Paulo, Lazarotti, Luzitano e Cailaux; Juca Show, Pedro Omar e Palhinha; Jair Bala, Satyro e Gunga. Técnico – Yustrich.
Reserva: Jardel, Evanílson, Dênis, Luís Carlos e Danilo; Gilberto Silva, Dirceu Alves e Amaury Horta; Euller, Petrônio e Harvey.
Mais partidas: Milagres – 372 (1991 a 2001)
Mais gols: Satyro Taboada – 268 (1922 a 1935 e 1941)
O Villa Nova Atlético Clube, fundado em Nova Lima (Minas Gerais) no dia 28 de junho de 1908, completou 109 anos em 2017. É um pouco mais novo que o Atlético, sendo o principal clube da cidade próxima à Belo Horizonte, que teve como mais forte adversário local o Retiro (fundado em 01 de julho de 1916), muito importante no futebol entre 1927 e 1937, com o esporte bretão sendo desativado. Mas claro que o Villa é muito maior, formando na primeira metade da década de 30 umas das melhores equipes que Minas já tiveram que foi tetracampeã estadual de 1932 a 1935 e derrotando respeitáveis times do Rio de Janeiro. Voltaria a ganhar um Estadual em 1951, além do Brasileirão da Série B (1971). A agremiação é conhecida como Leão do Bonfim, tendo um estádio chamado Castor Cifuentes, inaugurado no ano de 1930, sendo considerado um alçapão para as equipes da capital.
No gol do Villa Nova o escolhido é Geraldão, negro vindo do Sete de Setembro que de 1933 a 1940 era o responsável pra guardar a meta do melhor time da história do clube, estando presente na Seleção Mineira de 1935. Na reserva está Arésio, que jogou entre 1971 e 1972, sendo fundamental no título do Brasileirão da Série B, defendendo na decisão por pênaltis a cobrança de Manfrini da Ponte Preta. Arizona, campeão mineiro de 1951, merece ser lembrado.
Pela lateral-direita o Villa tem um gigante, com Zezé Procópio, atuando de 1933 a 1936 com seu futebol de muita técnica, garra e excelente marcação, tendo depois bela carreira no Atlético Mineiro, Botafogo, São Paulo e Palmeiras, inclusive disputando a Copa do Mundo de 1938 quando era considerado um dos melhores do mundo na posição. Com apelido engraçado, destaco na reserva o jogador Cassetete, marcador firme no título brasileiro de 1971, com grandes atuações em campo.
Recordista em número de partidas (336), Anísio é o primeiro zagueiro, que durante 12 anos (1949 a 1961) honrou a camisa do Leão do Bonfim. Compondo a zaga está Isaac, segundo com mais jogos (305), que fez parte de uma época não tão vitoriosa, na segunda metade da década de 80, sendo o principal jogador da equipe. A zaga reserva foi a campeã de 1933 a 1935, constituída por Chico Preto (seria futuramente campeão paulista de 1941 pelo Corinthians) e Sérgio (11 anos em Nova Lima, de 1928 a 1939), que não davam moleza para qualquer atacante. Vale a pena a citação do quarto-zagueiro clássico Luizinho, revelado pelo clube e que faria uma histórica carreira no Atlético Mineiro, além de ser o parceiro de Oscar na zaga da Seleção Brasileira de 1982
De 1930 a 1940 Geninho foi o lateral-esquerdo, fazendo jus à escolha na posição, pois esteve presente em praticamente todos os Anos 30, brilhando no maior e melhor time. Mário Lourenço era uma espécie de Nelinho pelo lado esquerdo, pois chutava com muita força, sendo decisivo com seus gols nos jogos finais da conquista nacional da Série B de 1971.
Para a posição de volante escolhi é o Daniel, nascido em Nova Lima e revelado pelo Villa, marcava muito bem, sabendo também jogar de lateral-direito, exerceu forte marcação sobre o Carlitinho (jogador do Remo), o que garantiu o título brasileiro da Série B de 1971 (casou no dia 30 de dezembro do mesmo ano usando as faixas de campeão), estando nas fileiras do Villa de 1965 a 1974. Na reserva optei por um jogador de apelido engraçado, que é o Pirulito, que atuou no time de 1976 a 1980 e de 1986 a 1990 (301 jogos), ganhando o Torneio Incentivo e a Taça Minas Gerais, tendo depois uma boa passagem pelo Galícia, sendo vice-campeão do Estadual da Bahia em 1980.
Alfredo Bernardino é o primeiro meia, jogador do Villa Nova de 1933 a 1937, verdadeiro malabarista com a bola nos pés, um dos gigantes da brilhante equipe campeão mineira de 1933 a 1935, sendo o terceiro maior goleador de todos os tempos (103 gols), veio do Vila Isabel do Rio de Janeiro, era tão feliz em Nova Lima que dispensou uma proposta do America do Rio da qual poderia garantir a sua presença na Copa do Mundo de 1934, já que naquele tempo o futebol de Minas não tinha muita visibilidade nacional. Pela meia-esquerda está o fantástico Perácio, jogador de chute muito forte e excelente cabeceador, tinha muita velocidade, era bem forte fisicamente, um dos principais jogadores do formidável Villa de 1933 a 1937, sendo contratado pelo Botafogo pra jogar de 1937 a 1941 (foi um dos principais destaques da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1938, quebrando o braço e a clavícula goleiro tcheco Planicka, quando esse tentou defender o seu petardo), atuando depois no Flamengo de 1941 a 1947 (tricampeão carioca em 1942/43/44), foi um dos pracinhas brasileiros na Segunda Guerra Mundial, orgulho do Villa Nova ao lado de Zezé Procópio pela bela carreira que teve depois em grandes clubes do Brasil. O primeiro reserva é uma lenda, pois Vaduca esteve no Villa de 1950 a 1955, com sua Família Liberato tendo muita ligação com o clube, foi autor do gol que garantiu o título mineiro de 1951. E o último reserva dos meias é o Paulinho Cai-Cai (nem é preciso explicar o motivo do apelido), atuando na equipe de 1965 a 1972, era mais um jogador fixo na área, tendo a curiosidade de ser o único jogador não-mineiro campeão brasileiro da Série B de 1971, pois nasceu no Espírito Santo.
A linha de ataque começa com Carvalho (não confundir com Carvalho Leite), provavelmente o maior jogador do Villa Nova antes dos Anos 30, atuando pelo time de 1925 a 1930, foi quem mais anotou gols pela equipe em uma única partida, marcando 7 na goleada por 8 a 1 contra o Alves Nogueira em 27 de março de 1927. Lêra é o centroavante, parceiro de Carvalho desde 1925, porém permanecendo mais tempo, pois jogaria até 1936, vivenciando e participando da maior época do Villa com o Tetra de 1932 a 1935, é o segundo maior goleador (105 gols). Finalizando com chave de ouro, na ponta-esquerda está aquele que é considerado por muitos o mais importante jogador da história do Villa Nova, pois Canhoto não é apenas o maior goleador (108 gols), mas um craque de muitas qualidades técnicas, brilhando de 1929 a 1941, retornando em 1944, tinha uma característica única de jogar, indo com a bola dominada até a linha de fundo com os braços abertos, que fez com que ganhasse o apelido de o Homem das Asas, da mesma forma que Zezé Procópio e Perácio, merecia ter depois uma carreira nos grandes clubes de São Paulo (Zezé) e do Rio.
Os atacantes reservas são o Tonho (1931 a 1936, ponta-direita que também sabia atuar pelo lado esquerdo, cobrava muito bem penalidades), Prão (1930 a 1933 e de 1938 a 1941, um respeitável goleador) e Escurinho (1951 a 1954, ponta-esquerda muito importante na conquista do título mineiro de 1951, nasceu em Nova Lima e era Prata da Casa, tinha velocidade e habilidade, jogou na Seleção Mineira e na Carioca quando teve bela passagem pelo Fluminense).
Apesar dos técnicos que mais comandaram o Villa Nova tenham sido o Rui Guimarães (144), Arizona (133) e Dawson Laviola (123), considero que Martim Francisco seja a melhor opção para a função, um treinador de renome que foi responsável por aquele que talvez seja o maior título da história do Vila, o Campeonato Brasileiro da Série B de 1971.
VILLA NOVA (1908 A 2017)
Titular: Geraldão, Zezé Procópio, Anísio, Isaac e Geninho; Daniel, Alfredo Bernardino e Perácio; Carvalho, Lêra e Canhoto. Técnico – Martim Francisco.
Reserva: Arésio, Cassetete, Chico Preto, Sérgio e Mário Lourenço; Pirulito, Vaduca e Paulinho Cai-Cai; Tonho, Prão e Escurinho.
Mais partidas: Anísio – 336 (1949 a 1961)
Mais gols: Canhoto – 108 (1929 a 1941 e 1944)
Hoje inicio a série de clássicos mineiros de todos os tempos. Para realizar tão árduo trabalho, manterei a base dos principais jogadores, aqueles que mais se identificaram com a camisa que vestiram, mas modificando a formação do jeito mais atual possível, optando por escalar três jogadores no meio de campo e mais três no ataque. E geralmente terá um ponta fixo e um lateral ofensivo do outro lado. Um detalhe que ainda preservarei é a obrigatoriedade de ter três recordistas na equipe titular. Quem tem mais anos de clube, maior número de partidas disputadas e o goleador principal, além de outros fatos marcantes. No meu caso, continuarei a questão de não repetir o jogador, para que se possa ter uma idéia de um campeonato. Determinado futebolista foi muito importante em mais de um time, mas levarei em conta onde se destacou melhor.
Atlético e Cruzeiro é conhecido como Derby Mineiro, o mais tradicional do Estado. Tal nome é semelhante ao Clássico Paulista entre Corinthians e Palmeiras, pela semelhança dos times. Desde o Tricampeonato Estadual Cruzeirense de 1928/29/30 já existia uma acirrada rivalidade, mas até as décadas de 50 e 60 se considerava o América como maior rival do Galo por ser mais antigo e pelas glórias americanas obtidas no Decacampeonato dos Anos 10 e 20. Mas o confronto que desde 1956 era um destaque ganhou contornos maiores nos auges de cada clube, com os formidáveis times cruzeirenses de Tostão e Dirceu Lopes e atleticanos com Reinaldo e Toninho Cerezo, acrescentando a Era Mineirão. Nos últimos anos do século XX muita disputa ocorreu e na década atual, com os dois tendo equipes fortes e vitoriosas, com títulos estaduais, nacionais e internacionais.
O Clube Atlético Mineiro, fundado em Belo Horizonte (Minas Gerais) no dia 25 de março de 1908, completou 109 anos em 2017. Desde o início foi um clube sempre aberto a todos, sem distinção alguma, o que fez com que sua torcida crescesse mais comparada às demais agremiações mineiras. Seu primeiro título foi o Campeonato Mineiro de 1915 (primeira versão do Estadual), mas só conseguiu aparecer pra valer na segunda metade da década de 20 com o Trio Maldito (Jairo, Mário de Castro e Said). A partir de 1936 surgiu outro inesquecível time, aquele de Kafunga e Guará, que além do título mineiro faturou no ano seguinte a Taça dos Campeões dos Campeões, um tira-teima entre os campeões estaduais da Região Sudeste. Na década de 40 surge a equipe que fez com que surgisse a impressão Galo Forte e Vingador, com o Atlético sendo o primeiro time brasileiro profissional a excursionar pela Europa, em 1950. Depois houve boas fases, mas devido ao apogeu cruzeirense, só conseguiu se firmar novamente em 1970 quando ganhou mais um Mineiro e na temporada seguinte, sendo considerado por muitos anos o primeiro campeão brasileiro, antes da unificação dos títulos nacionais dos Anos 60. Viveu um período inesquecível entre 1976 e 1985, quando montou times que são considerados os melhores da história do clube, comandados pelo sensacional Reinaldo, que ganhou muitos Estaduais, sendo duas vezes vice-campeão brasileiro (1977 e 1980). Houve bons períodos depois, mas foi entre 2013 e 2014 que atingiu o ponto máximo, com os títulos inéditos da Libertadores e Copa do Brasil.
Para o gol atleticano meu escolhido é Kafunga, que não foi somente o jogador com mais anos de clube (20), mas pelo o que representou em sua época, com muitos títulos estaduais (13), o Torneio Campeão dos Campeões, a excursão à Europa e por ser o melhor goleiro de todos, mesmo também tendo em suas fileiras o uruguaio Mazurkiewicz, que jogou bem, mas não repetindo as mesmas atuações que fazia no Peñarol. O reserva é Victor, que após belas passagens pelo Paulista (Copa do Brasil de 2005) e Grêmio (Campeonato Gaúcho de 2010), chegou ao Galo em 2012 para ser o mais carismático Camisa 1 atleticano, ganhando os maiores títulos da história do clube, com três Estaduais (2013, 2015 e 2017), Libertadores (2013), Recopa Sul-Americana (2014), Copa do Brasil (2014) e Florida Cup (2016). Quebrarei a tradição de jogadores com mais partidas já que o titular já tem o recorde de temporadas, deixando João Leite (684 jogos disputados), pois mesmo sendo várias vezes campeão mineiro (11) e com muitas outras conquistas, percebo uma rejeição muito grande de torcedores atleticanos contemporâneos que discordavam da sua demasiada postura religiosa e também por algumas falhas que fez com que o time perdesse alguns títulos, fazendo com que nem na reserva eu o escale, ainda mais pela grandiosidade do arqueiro atual.
Pela lateral-direita está um nome que costuma vencer as enquetes, que é o do Mexicano, fazendo parte de 1946 a 1950 do histórico time do Galo Forte e Vingador, considerado pelos mais antigos o melhor de todos, ganhando três Estaduais e sempre demonstrando muita disposição em campo, tendo frases apaixonadas sobre o que era vestir essa camisa e uma preocupação para os pontas adversários. Escolhi como reserva o Humberto Monteiro, que também demonstrava muita disposição e estava presente no título mineiro de 1970 e brasileiro no ano seguinte.
Na zaga atleticana fiz questão de selecionar o nome de Réver, tão presente nas conquistas do clube entre 2012 e 2014, marcando inclusive importantes gols de cabeça, sendo o zagueiro recordista em tentos. Ao lado está o inesquecível Luizinho, quarto-zagueiro clássico e muito técnico que de 1978 a 1989 encantou a torcida atleticana, ganhando muitos títulos estaduais e, infelizmente, injustiçado por sua participação na Copa do Mundo de 1982, com aquela velha história no futebol de se querer encontrar um bode espiatório quando uma grande equipe não é campeã. O primeiro reserva é um beque que muitas vezes ganhava a eleição, pois Murilo foi um zagueiro também altamente clássico e técnico, considerado o melhor da posição no final da década de 40 após a decadência de Domingos da Guia, só não indo mais longe em termos de Seleção Brasileira porque a visibilidade do futebol mineiro era muito pequena naquele tempo, tendo depois uma curta, porém boa passagem pelo Corinthians. O outro é justamente o companheiro de Murilo, pois Ramos também foi um defensor de muito valor, formando o maior trio final da história atleticana: Kafunga, Murilo e Ramos. Um que merece ser mencionado é Vantuir, zagueiro de grande destaque nos Anos 70.
Oldair é o meu escolhido na lateral-esquerda, vindo ao clube em 1968 tendo uma vivência futebolística de dez anos, passando pelo futebol de São Paulo e do Rio, caindo como luva na equipe, pois também sabia atuar pelo meio de campo, tendo um forte chute nas cobranças de falta e facilidade para cruzar, permanecendo até 1973 sendo um dos principais jogadores do elenco, sendo ele o representante titular do time campeão brasileiro de 1971. Haroldo é o banco, uma espécie de Nilton Santos “Mineiro” dos Anos 50, jogador de muita importância e capacidade técnica nos títulos estaduais da época, sempre apresentando um futebol bem jogado, sem nunca apelar para a violência para desarmar os ponteiros adversários.
Em termos de volantes o Atlético está muito bem representado, pois os escolhidos são duas lendas. O primeiro é Zé do Monte, que durante mais de dez anos (1945 a 1956) foi a alma da equipe atleticana, com uma pré-disposição inabalável em campo, uma categoria que encantou o público europeu em 1950, entrava no gramado com um galo nas mãos (um símbolo) e muitas vezes aceitando dolorosos tratamentos médicos para poder jogar, tendo que encerrar a carreira com dor no coração antes de completar 30 anos devido à um contusão no joelho. Seu contemporâneo é um jogador mais famoso, pois Toninho Cerezo disputou duas Copas e jogou no exterior, rodando por várias equipe (ídolo na Sampdoria e também muito querido no São Paulo por causa dos títulos internacionais de 1992 e 1993), mas foi no Galo que brilhou com mais intensidade, jogador de técnica e muita movimentação, um pulmão, ganhando vários Estaduais no período de muito talento do time entre os anos de 1976 e 1983. Brant é o primeiro reserva, sabendo também atuar como zagueiro, tendo valorosa contribuição como centro-médio (atual médio-volante) na organização das jogadas do infernal ataque atleticano entre 1927 e 1932, tendo depois uma bela carreira no Fluminense. Paulo Isidoro completa a importante função, tendo características de meia, muito participativo nas jogadas do time, sendo, curiosamente, trocado por Éder, indo para o Grêmio. Resolvi escalar na meia-esquerda um grande nome do futebol, craque criativo, portanto escolhi por Ronaldinho Gaúcho, mesmo tendo menos de 100 jogos pelo Galo, estando abaixo de outras passagens por certos clubes, mas o que fez entre 2012 e 2014, especialmente no título da Libertadores, faz com que seja automaticamente escalado para ser o titular, ainda mais pelo craque que sempre demonstrou ser. O reserva era um ponta-esquerda, mas Éder também sabia jogar pelo meio, um dos maiores ídolos da massa na primeira metade dos Anos 80, ficando muito marcado pelos seus poderosos chutes de canhota que também foram fundamentais na Copa do Mundo de 1982, por sinal sendo ele um dos maiores destaques do elenco.
Mesmo com toda a modernidade do futebol atual, dificilmente não deixo de escalar um ponta, então Lucas Miranda é o representante do setor direito, outro que jogador que brilhou no forte Galo de 1946 a 1954, apresentando as características essenciais para os ponteiros da época, pois tinha velocidade, driblava e fazia gols, sendo o quinto jogador com mais gols com camisa atleticana (152).
O primeiro centroavante atleticano é Mário de Castro, que também foi o primeiro ídolo da massa, que derrubou a hegemonia americana sendo bicampeão mineiro em 1926/27, formando com Jairo e Said o Trio Maldito, muita técnica e oportunismo dentro da área, só não tendo chances na Seleção Brasileira por atuar num centro distante, autor de 100 gols em 195 partidas (terceiro maior goleador do clube) e ainda conquistando o Estadual de 1931, abandonando a carreira pouco depois devido à uma violência na torcida que houve na decisão contra o Villa Nova. E para completar o ataque o maior de todos, pois Reinaldo não foi somente o maior goleador do Galo, mas um centroavante diferenciado tecnicamente, que anotava gols com rara beleza, várias vezes campeão mineiro, um terror para as defesas adversárias (especialmente a cruzeirense que tanto sofreu com a sua arte), um ídolo inesquecível.
Resolvi dar força ao ataque reserva com três centroavantes (tradição atleticana) de primeira linha. O primeiro é Guará, provavelmente o maior ídolo da torcida na segunda metade dos Anos 30, que só não foi mais longe devido ao choque involuntário que teve com o zagueiro palestrino/cruzeirense Caieira em 1939, abreviando sua carreira.
Ubaldo é outro que fiz questão de incluir, que marcava seus gols espíritas nos Anos 50. E por último o irreverente Dario, o Dadá Maravilha, segundo maior goleador atleticano (211 gols), autor de um dos mais importantes gols do Galo (1 a 0 no título brasileiro de 1971), fazia a festa dos torcedores por balançar as redes adversárias como poucos sem precisar de técnica, estilo irreverente, porém com passagens por muitos outros clubes, o que fez com perdesse a titularidade para nomes mais identificados que os dos titulares, mas mesmo assim um ídolo memorável.
E para treinar optei por Cuca, que não teve tantos jogos comandados como o recordista Telê Santana e tantos outros, mas ficou marcado por seu jeito simples e por ser o técnico da maior de todas as conquistas atleticanas, a Libertadores de 2013.
ATLÉTICO MINEIRO (1908 A 2017)
Titular: Kafunga, Mexicano, Réver, Luizinho e Oldair; Zé do Monte, Toninho Cerezzo e Ronaldinho Gaúcho; Lucas Miranda, Reinaldo e Mário de Castro. Técnico – Cuca.
Reserva: Victor, Humberto Monteiro, Murilo, Ramos e Haroldo; Brant, Paulo Isidoro e Éder; Guará, Ubaldo e Dario.
Mais anos: Kafunga – 20 em 667 partidas (1935 a 1955)
Mais partidas: João Leite – 686 (1976 a 1989)
Mais gols: Reinaldo – 288 em 475 jogos (1973 a 1985)
O Cruzeiro Esporte Clube, fundado em Belo Horizonte (Minas Gerais) no dia 02 de janeiro de 1921, completou 96 anos em 2017. Da mesma forma que o Palmeiras, foi fundado pela colônia italiana sendo batizado como Palestra Itália. Já começou a mostrar a sua força com o Tricampeonato Mineiro de 1928/29/30, com destaque para a família de jogadores, os Fantoni (Nininho, Ninão e posteriormente o Niginho). Na década de 40 teve que mudar o nome para Cruzeiro, devido à Segunda Guerra Mundial. Voltou com destaque a partir de 1965 com o inesquecível esquadrão de Tostão, Dirceu Lopes e Piazza, conquistando definitivamente o Brasil no ano seguinte com o título da Taça Brasil, derrotando na decisão o prestigiado Santos de Pelé. Nos Anos 70 voltou a montar outra equipe várias vezes campeã mineira, tendo ainda jogadores dos tempos dourados, sendo campeão da Libertadores de 1976. Após um período difícil vendo grandes times atleticanos, volta na década de 90 com grandes conquistas nacionais e internacionais, algo que ainda se mantém no século XXI.
No gol do Cruzeiro a atualidade fala mais alto, então Fábio é o meu escolhido, pois além de ser o jogador com mais partidas na história cruzeirense, é o principal jogador do time na década atual, tendo um respeitado currículo com cinco títulos mineiros, duas Copas do Brasil e dois Brasileirões, um goleiro dos melhores no futebol atual e considerado por muitos injustiçado pelas poucas chances na Seleção Brasileira. Para a reserva opto por Geraldo II, jogador com mais anos de clube (1934 a 1955), considerado o melhor do Estado na década de 40 (acima de Kafunga) e do Brasil entre 1945 e 1946, também tinha muito arrojo, com uma história muito bonita de luta em sua vida pessoal. Muitos discordarão do Raul não ser o titular, mas entendo que a escolha é justa, pois também foi grande no Flamengo, mesmo ganhando muitos títulos estaduais pelo Cruzeiro (o time também ajudava) e, da mesma forma que o Fábio, muitos jogos disputados, sendo o quinto com 557 partidas, apresentando grandes qualidades técnicas. Faço questão de citar o Dida, que entre 1994 e 1998 teve uma belíssima passagem com a camisa cruzeirense, já vindo bem do Vitória, atuando depois no Corinthians (outro momento inesquecível), com grandes atuações na Seleção Brasileira e Milan, especialista em defender pênaltis, tendo para muitos a maior atuação de todos os goleiros cruzeirenses, na decisão do título da Copa do Brasil de 1996.
Talvez uma das escolhas mais óbvias é Nelinho na lateral-direita, que na década de 70 era uma referência como cobrador de faltas, fez uma bela Copa do Mundo em 1978, um dos principais ídolos da torcida cruzeirense, cansou de ganhar títulos, tendo depois (que ironia do destino) uma bela passagem pelo rival Atlético, o que faz dele o maior na posição do futebol mineiro sem sombra de dúvidas. O reserva é Adelino, não tão badalado quanto o titular, mas que durante mais de 15 anos honrou a camisa cruzeirense com um estilo duro na marcação, sendo uma dor de cabeça para os ponteiros adversários nos Anos 40 e 50.
A zaga cruzeirense começa com Caieira, excelente beque da década de 30, que nos Anos 40 teve uma boa passagem no outro Palestra, o Palmeiras. Procópio é o outro, jogando duas vezes no Cruzeiro, de 1959 a 1961 e de 1966 a 1974 (a melhor), um zagueiro muito firme, um xerifão. Pra não deixar de escalar o inesquecível lateral-esquerdo Nininho, optei por ele como zagueiro-central reserva que apresentou muita categoria apresentada no final da década de 20, sendo um dos jogadores brasileiros escolhidos para fazer parte do time da Lazio em 1931, a primeira leva de jogadores do Brasil para o exterior. Para completar optei por Darci, defensor viril dos Anos 70. Perfumo ficou de fora, argentino que apresentou muita técnica e elegância na primeira metade da década de 70, pois provavelmente estará em alguma escalação minha de um time da Argentina.
Uma posição que tem várias discussões de quem é o escolhido é a lateral-esquerda. Optei por Nonato, que ganhou tantos títulos na década de 90 (quatro Estaduais, duas Supercopas, duas Copas do Brasil e uma Libertadores), outro período vitorioso. Vanderlei não é um nome tão badalado, mas tem 538 partidas disputadas pelo time (sétimo), jogando muito bem entre 1969 e 1978. Deixei o argentino Sorín de fora, que provavelmente no River Plate de todos os tempos, mas que no início do século XXI apresentou a garra fora do normal, fazendo dele um dos jogadores mais queridos dos últimos anos.
Da mesma forma que o Atlético está bem representado de volantes, o Cruzeiro apresenta nomes formidáveis que, diferente do Galo, jogaram na mesma época. Wilson Piazza é um patrimônio cruzeirense, que de 1963 a 1977 honrou a camisa azul, com técnica e raça, fácil adaptação para jogar na zaga, sendo o representante de duas fases douradas, de 1965 a 1969 (Pentacampeonato Mineiro e Taça Brasil) e de 1972 a 1976 (Tetracampeonato Estadual e Libertadores). Zé Carlos é o outro, que foi contemporâneo de Piazza, que na época era um dos volantes brasileiros com mais categoria. Para ser reserva dos dois tem que ser um grande nome, então Ricardinho é o correto, jogando de 1994 a 2002 com o seu jogo dinâmico, sendo o jogador cruzeirense que mais ganhou títulos (15). O outro reserva não era volante, mas para abrilhantar o meio de campo optei pelo meia e ponta-esquerda Bengala, tricampeão mineiro de 1928/29/30 e um dos principais jogadores do time na década de 30, período que Minas Gerais foi dominada por Villa Nova e Atlético.
Sim, o Cruzeiro também tem um meia genial da mesma forma que o Atlético. Dirceu Lopes foi incomparável com a camisa cruzeirense, com uma arte jamais vista no time, extremamente habilidoso com a bola nos pés, muito dinamismo, goleador, principal parceiro de Tostão, envolvendo as defesas adversárias com toques de primeira, peça fundamental no sucesso da equipe dos Anos 60 e na primeira metade da década de 70, para muitos um injustiçado por não ter chances maiores na Seleção Brasileira. Na reserva está Eduardo Amorim, um motorzinho, habilidoso, muito útil no seu período.
Inicio o ataque com o fabuloso Tostão, talvez o jogador cruzeirense mais famoso, maior goleador de todos os tempos, meia e centroavante com um futebol de gênio em criar grandes jogadas em espaços curtos, que já vinha consagrado entre os anos de 1965 e 1969, se consagrando ainda mais na Copa do Mundo de 1970 (já tinha participado na de 1966), mas infelizmente encerrando a carreira prematuramente com 26 anos (estava no Vasco) devido a um problema na vista por causa de uma bolada, se agravando depois. Para que o reserva combine as características do titular, escolhi por Palhinha, um goleador marcante da década de 70, habilidoso, rápido e oportunista, sendo depois ídolo do Corinthians. Pra deixar claro, considero Natal o maior ponta-direita cruzeirense de todos os tempos, muito importante no vitorioso time dos Anos 60, não entrando na escalação pra ter apenas um ponta, que será pelo lado esquerdo. Cito também o Piorra (1923 a 1938), primeiro grande ponteiro direito, um sensacional driblador.
Niginho será o centroavante, da importante Família Fantoni, que depois dos irmãos também foi para a Lazio, com Mussolini querendo que servisse a Itália na Guerra da Abissínia, algo que não aceitou, retornando para o Brasil e declarando que só jogaria no Palestra por sua família ser uma extensão do clube (uma das mais belas declarações de amor que conheço de um jogador), voltando a apresentar seu extraordinário futebol, ganhando mais títulos estaduais (1940 e o Tri de 1943/44/45) e terceiro maior goleador cruzeirense. Ninão, irmão de Nininho e Niginho, é o reserva, outro notável goleador, tricampeão em 1928/29/30, indo com o irmão para a Lazio, tem a melhor média de gols da história cruzeirense, fez 10 gols em uma partida (outro recorde) e a insuperável marca no Campeonato Mineiro de 43 gols em 1928.
Alcides, que para o antigo árbitro Atleticano Cidinho Bola-Nossa foi o melhor ponta-esquerda que viu em ação, é o titular, jogador palestrino/cruzeirense a partir de 1931 (de 1936 a 1938 jogou no rival América) e ficando no time principal até 1948, teve grandes atuações nos muitos anos que esteve no clube. Seu reserva, que para muitos deveria ser o titular, é Joãozinho, o Bailarino da Toca, melhor ponteiro esquerdo do Brasil na segunda metade da década de 70, foi cinco vezes campeão mineiro e autor do gol do título da Libertadores, deu verdadeiros espetáculos com a camisa do Cruzeiro.
E, da mesma forma que o Cuca no Atlético, apostei para a função de treinador em alguém que ainda está em atividade, pois Marcelo Oliveira é um nome interessante pra comandar a máquina cruzeirense, sendo bicampeão brasileiro em 2013/2014.
CRUZEIRO (1921 A 2017)
Titular: Fábio, Nelinho, Caieira, Procópio e Nonato; Piazza, Zé Carlos e Dirceu Lopes; Tostão, Niginho e Alcides. Técnico – Marcelo Oliveira.
Reserva: Raul, Adelino, Nininho, Darci e Vanderlei; Ricardinho, Bengala e Eduardo Amorim; Palhinha, Ninão e Joãozinho.
Mais anos: Geraldo II – 21 (1934 a 1955)
Mais partidas: Fábio – 728 (2005 a...)
Mais gols: Tostão – 249 em 378 jogos (1963 a 1972)
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