Seleções não vão pegar nenhum adversário tradicional. Foto: Divulgação/FIVB

Seleções não vão pegar nenhum adversário tradicional. Foto: Divulgação/FIVB

A Federação Internacional de Vôlei divulgou os grupos do Pré-Olímpico Internacional que vai definir seis seleções no masculino e seis no feminino para os Jogos de Tóquio, em 2020. A competição vai acontecer em agosto de 2019 e a divisão foi feita através do ranking mundial.

As seleções classificadas irão se juntar ao Japão, país-sede, e ficarão restando as últimas cinco vagas, que serão decididas em competições continentais, em janeiro de 2020, na Europa, nas Américas do Norte e Central, na América do Sul , na Ásia e na África.

No masculino, o Brasil, atual campeão olímpico e líder do ranking, vai enfrentar, de 9 a 11 de agosto, em local ainda a ser definido, Egito, Bulgária e Porto Rico. Claro que pela tradição os búlgaros são os principais adversários da seleção brasileira.

Nos últimos dois jogos contra a Bulgária, o Brasil venceu bem por 3 a 0 na Liga Mundial de 2017, mas perdeu o último confronto, por 3 a 2, na Liga das Nações do ano passado. Contra Egito e Porto Rico os últimos jogos tiveram vitórias tranqüilas da seleção brasileira.

Os grupos ficaram assim:

A: Brasil, Egito, Bulgária e Porto Rico B: EUA, Bélgica, Holanda e Coréia C: Itália, Sérvia, Austrália e Camarões D: Polônia, França, Eslovênia e Tunísia E: Rússia, Irã, Cuba e México F: Canadá, Argentina, Finlândia e China

Dá para notar que no Grupo B os Estados Unidos são favoritos absolutos. No Grupo C, a Itália está em terceiro no ranking mas vai pegar a Sérvia, que já foi campeã olímpica e no último mundial terminou em quarto lugar, eliminando a própria seleção italiana.

No Grupo D outra disputa pesada, entre Polônia e França. Os poloneses são os atuais bicampeões mundiais, e a França, de N´Gapeth, foi campeã da Liga Mundial em 2017, em cima do Brasil, e vice da Liga das Nações em 2018.

No Grupo E a Rússia, apesar do crescimento do Irã, não deverá ter muito trabalho para se classificar e finalmente no Grupo F deveremos ter uma grande disputa, entre o Canadá, seleção que mais cresceu nos últimos anos, a Argentina, que conseguiu derrotar a campeã Polônia no último mundial e a ascendente Finlândia.

No feminino a seleção de José Roberto Guimarães, atual quarta colocada do ranking mundial, vai jogar entre 2 e 4 de agosto, também em local a ser definido, contra República Dominicana, Camarões e Azerbaijão.

Vivendo um momento de reformulação e tendo sido precocemente eliminada no último mundial, a equipe é favorita, mas tem de tomar cuidado com as dominicanas, décimas do ranking e que se foram derrotadas por 3 a 0 no mundial e na Liga das Nações, venceram as brasileiras na Copa Pan-Americana, pelo mesmo marcador.

Os grupos ficaram assim:

A: Sérvia, Porto Rico, Tailândia e Polônia B: China, Turquia, Alemanha e República Tcheca C: EUA, Argentina, Bulgária e Cazaquistão D: Brasil, República Dominicana, Camarões e Azerbaijão E: Rússia , Coréia, Canadá e México F: Holanda, Itália, Bélgica e Quênia

Atual campeã mundial e contando com a atual melhor jogadora do mundo, Tijana Boskovic, a Sérvia é muito favorita no Grupo A, onde a Polônia só entrou devido à desistência de Cuba.

O Grupo B tem como favorita a China, terceira colocada no mundial e na Liga das Nações, mas ela não pode descuidar, já que Turquia, vice na Liga das Nações, e Alemanha tem crescido bastante.

No Grupo C a grande favorita é a seleção americana, mesmo tendo ficado somente em quinto no mundial. Pouco antes disso tinha conquistado a Liga das Nações e apesar de passar por uma renovação não deve temer as demais seleções.

No Grupo E outra favorita absoluta, a seleção russa, que não teve um grande 2018 mas é melhor que as adversárias. E finalmente no Grupo F outra briga que promete, entre a surpreendente Holanda, quarta no mundial e com boa campanha na Liga das Nações, e a tradicional Itália, vice mundial, onde só foi derrotada pela Sérvia por apertados 3 a 2.

As cartas estão na mesa e a partir de agora Renan e Zé Roberto vá vão começar a preparar as suas seleções, em ano que teremos também Liga das Nações, o Campeonato Sul-Americano, o Pan de Lima, no Peru, e a Copa do Mundo. Acredito na classificação de nossas duas seleções, mas ambas tem de tomar cuidado, porque como falávamos no futebol, hoje em dia não tem mais “nenhum bobo” também no vôlei.

SOBRE O COLUNISTA

Jornalista com passagens pela Rádio Jovem Pan, Sportv e Fox Sports é especialista em esportes olímpicos.

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