Marlene e Patrícia comandaram os clubes mais populares do país. Fotos: Arquivo/AE e Pedro Ivo Almeida/Via UOL

Marlene e Patrícia comandaram os clubes mais populares do país. Fotos: Arquivo/AE e Pedro Ivo Almeida/Via UOL

Hoje fiquei pensando em uma atleta que represente historicamente a mulher brasileira no esporte. A primeira que veio a cabeça foi Maria Esther Bueno, uma das maiores tenistas de todos os tempos. O mundo a reverencia.

Entretanto, graças a Deus, temos mulheres atletas maravilhosas em várias modalidades e eu ficaria esse post todo lembrando seus nomes e feitos. Sintam-se abraçadas neste dia no registro de Maria Esther Bueno. Vale pra todas. Com admiração.

Mas o que sinto falta mesmo, nesse mundo sombrio do futebol, é de mulheres administradoras. Precisamos mais lideranças femininas no esporte.

Por isso enalteço aqui Marlene Matheus, que presidiu o Corinthians na década de 90 e Patrícia Amorim, a ex-nadadora que dirigiu o Flamengo entre 2010 e 2012. Ou seja, os clubes mais populares do país compartilham essa experiência.

Evidente que ambas tiveram problemas para administrar os dois gigantes. Marlene, por exemplo, foi candidata graças a força do marido, o ex-presidente Vicente Matheus, talvez o mais emblemático da história corintiana. Ela soube conviver com isso porque tinha seu próprio carisma. Tanto que anos depois, em 2007, foi convidada por Andrés Sanches, em sua primeira gestão, para fazer parte da diretoria.

No Rio, Patrícia Amorim assumiu a responsabilidade de trabalhar politicamente antes, durante e até depois (quando tentou se reeleger) do mandato que cumpriu.

No futebol foi responsável pela contratação de Ronaldinho Gaúcho, vencendo concorrência dura com Palmeiras e Grêmio. A negociação teve repercussão internacional e festa na chegada do jogador. A parceria com a Traffic, que auxiliou na negociação, naufragou e o clube acabou devendo dinheiro para o jogador. Mas valeu a tentativa.

Ambas demonstraram a capacidade romper barreiras, enfrentar desafios e desconfianças. Que venham mais Patrícias e Marlenes nesse mundo majoritariamente de marmanjões que são sempre mais do mesmo.

Clique aqui e veja a página de Marlene Matheus na seção Que Fim Levou.

Clique aqui e veja a página de Patrícia Amorim na seção Que Fim Levou.

SOBRE O COLUNISTA

Formado em Comunicação Social - Jornalismo, pela Universidade Metodista, iniciou a carreira na Rádio ABC, passou pelo Portal Terra e Rádio Bandeirantes, onde desempenhou funções como repórter, editor, comentarista e apresentador nas editorias de Esporte e Geral.

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