Marcelo Aparecido Ribeiro é pressionado por jogadores. Foto: Thiago Bernardes/Framephoto/Estadão Conteudo/Via UOL

Marcelo Aparecido Ribeiro é pressionado por jogadores. Foto: Thiago Bernardes/Framephoto/Estadão Conteudo/Via UOL

A polêmica arbitragem de Marcelo Aparecido Ribeiro no dérbi decisivo do Campeonato Paulista deixa um alerta para o futebol e seus dirigentes: precisamos trabalhar com transparência.

Em nome dos clubes, jogadores, federações, árbitros e dos próprios dirigentes. Um único lance coloca em dúvida todo o trabalho desenvolvido pela arbitragem. Por consequência também o da Comissão de Arbitragem e da Federação responsável.

Ou se regulamenta o árbitro de vídeo ou inicia-se um processo de reorganização da Comissão buscando dar transparência às anotações de campo e evitando críticas e suspeitas, como as levantadas no clássico, de que houve interferência externa na decisão de voltar atrás na penalidade anteriormente assinalada.

Sem entrar no mérito se foi ou se não foi, ou se foi a favor ou contra clube a ou b. O relato da súmula ainda na noite do domingo (com o árbitro deixando o estádio três horas depois do fim do jogo) e as sucessivas entrevistas concedidas nesta segunda por Marcelo demonstram a necessidade latente de uma explicação convincente para a situação.

Já que não temos o árbitro de vídeo minha sugestão é que as Federações passem a gravar os áudios das conversas entre os integrantes da arbitragem. Até cobrei a divulgação das conversas deste domingo na Live do Terceiro Tempo (clique aqui para assistir), mas sequer sei se elas existem.

Em uma situação extrema como essa a divulgação dos áudios não deixaria dúvidas sobre a conduta dos árbitros. Essa iniciativa deveria fazer parte do movimento de mudança do futebol brasileiro.

Para evitar sanções dos clubes com as federações e vice-versa. Pela manutenção do público nos estádios e pela dignidade da profissão regulamentada de árbitro de futebol.

SOBRE O COLUNISTA

Formado em Comunicação Social - Jornalismo, pela Universidade Metodista, iniciou a carreira na Rádio ABC, passou pelo Portal Terra e Rádio Bandeirantes, onde desempenhou funções como repórter, editor, comentarista e apresentador nas editorias de Esporte e Geral.

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