Falta de tudo um pouco. E um pouco de tudo: calendário, organização, tabela, critérios...
As alterações promovidas pela Federação Paulista de Futebol para fase quartas de final do campeonato estadual mostram, claramente, que não há conexão de quem “faz” o futebol com a sociedade em diversas esferas.
Depois da definição (espero que não mudem mais nada até o fim do texto) fiquei me perguntando: de que adianta os presidentes e representantes se reunirem por três horas, discutirem e se exaltarem na busca de um consenso para, no dia seguinte, tudo ser alterado?
Todo mundo sabe, até quem nem acompanha futebol, que o desejo da televisão que detém os direitos de transmissão é o quesito a ser contemplado. Com correção, afinal a empresa está bancando a competição.
E todos sabem também, já que o assunto é explorado à exaustão, que a Polícia Militar e o Ministério Público tem preocupação especial com eventos de futebol na cidade.
Só para ilustrar lembro aqui que desde abril de 2016 os clássicos são disputados com torcida única. E que é impossível para a PM garantir a segurança do cidadão quando temos dois jogos na capital no mesmo dia.
Essa semana descobrimos que a zona de insegurança avançou para a região metropolitana, já que a partida do São Paulo ocorrerá em São Caetano do Sul. O argumento do encontro de torcidas (uma indo e a outra voltando) é válido. Quem sabe das deficiências e dificuldades da Polícia Militar além da própria?
Modestamente sugiro aqui dois procedimentos que podem minimizar atritos e problemas na próxima edição do Paulista:
1 – Que a PM e o Ministério Público sejam convidados a participar e apresentar propostas e soluções nas chamadas reuniões arbitrais da Federação para evitar que tudo aquilo que se discuta num dia de nada valha no outro.
2 – Que seja alterado no regulamento o item que trata da questão do mando de campo. Se for para utilizar, que seja criteriosamente analisado.
Hoje alguns clubes do interior pensam em chegar à segunda fase para tirar o mando de campo da própria cidade em nome de uma renda maior.
Nessa São Caetano, Novorizontino e Botafogo, foram bem. Deram aos habitantes de suas cidades a possibilidade de fazer festa recebendo os grandes.
Nos bons tempos, quando o futebol do interior tinha força e representatividade maiores, as partidas com a presença dos grandes se transformavam em verdadeiros eventos. Movimentavam a economia local (bares, restaurantes, turismo e serviços). Os estádios também lotavam. Tenho certeza que isso ainda existe.
Pensar em engordar o cofre num momento em que o clube pode, esportivamente, tirar algum proveito se jogar em casa (e quem já foi ao estádio do Bragantino sabe como é difícil a vida do visitante lá) é ir contra lógica do desporto.
Futebol, como qualquer esporte, é competição. Quem entra para competir quer vencer e não ganhar dinheiro. Óbvio que os clubes estão passando o chapéu. A realidade é cruel sim. Mas, para vencer (princípio do esporte de competição) é importante também aproveitar a vantagem que lhe for conferida. Não é garantia de resultado, lógico.
Quer fazer dinheiro vá trabalhar na Casa da Moeda.
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