A novela encenada por Ronaldinho Gaúcho e seu procurador e irmão Assis vem cansando grande parte dos amantes do futebol.
Mas indefinição em relação ao futuro do jogador à parte, que só por um milagre deixará de vestir a camisa do Flamengo, mais uma vez ficou evidente o tratamento desproporcional que um simples mortal está recebendo por parte dos meios de comunicação.
Por mais que o Gaúcho seja bom de bola, tenha feito estripulias em seus melhores dias e guarde dois troféus de melhor do mundo em casa, seu cartaz há muito tempo não é mais o mesmo.
As lembranças de jogadas geniais estão na retina dos que tiveram a felicidade de vê-las, as mesmas pessoas que há tempos vem notando a sua decadência.
Como Assis sabe disso e de bobo não tem nada, armou um circo capaz de colocar o seu cliente em um patamar semelhante ao dos seus momentos áureos.
Escolheu a época perfeita, justamente entre o final de dezembro e o inÃcio de janeiro, quando o futebol no Brasil está de férias.
Não por acaso, Ronaldinho vem monopolizando o noticiário há mais de 10 dias.
E como se estivéssemos realmente envolvidos em um enredo de novela, quando se imagina que o desfecho de algum caso importante está próximo, uma reviravolta de última hora é encontrada para segurar a audiência.
Foi assim que devem ter se sentido as dezenas de jornalistas e cinegrafistas que, durante horas, esperaram pacientemente pela coletiva que o craque armou na última quinta-feira.
Local emblemático, o Copacabana Palace serviu de cenário para uma das cenas mais caricatas dos últimos tempos.
Nitidamente sem ter muito o que falar, Ronaldinho escorou-se na experiência e tentativa de ganhar tempo do irmão. Parecia uma marionete.
O que de mais proveitoso se tirou é que o Milan o havia liberado para acertar seu retorno ao futebol brasileiro, algo que já não fazia a menor diferença diante do estado avançado das negociações com Flamengo, Palmeiras, Grêmio e talvez Corinthians.
O drama ganhou contornos ainda mais reais no final de semana. Horas depois de mandar retirar rapidamente as caixas de som do estádio OlÃmpico que seriam utilizadas na festa de apresentação do jogador no Grêmio, o presidente Paulo Odone anunciou oficialmente que seu clube estava fora do páreo.
No dia seguinte, foi a vez do Palmeiras, em nota oficial, se manifestar da mesma forma, reiterando, segundo palavras do presidente Belluzzo, que embora Assis houvesse dado a garantia de que seu pupilo vestiria a camisa do Verdão no inÃcio deste mês, não interrompeu a rotina de ouvir novas propostas.
A semana que começa pode apresentar algo de novo.
A própria presidente do Flamengo, PatrÃcia Amorim, foi clara ao afirmar que houve apenas o acerto entre o clube carioca e o Milan, e que para anunciar a contratação do ex-melhor do mundo, ainda faltam muitos detalhes.
De qualquer forma, qualquer que seja o futuro de Ronaldinho, a pressão que vai receber será do mesmo tamanho do seu cartaz.
Por isso, e também para reparar as inúmeras manchas em sua imagem que esta novela já causou, pode-se dizer que mesmo milionário, o ex-melhor do mundo praticamente terá que começar uma nova carreira.
Em que terá que provar, diariamente, que todo o interesse que despertou durante o processo de acerto com um novo clube, não foi em vão.
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