Cássio, goleiro do Timão desde 2012. Foto: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians

Cássio, goleiro do Timão desde 2012. Foto: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians

Ídolos são aqueles caras que estão acima do bem e do mal no coração do torcedor. Gente que tem licença para quase tudo e que alcançou status de intocável. Bem, pelo menos deveria ser assim. E não é o que se viu da ingrata torcida corintiana que intimidou e desrespeitou dois nomes icônicos do clube: Cássio e Fagner.

Nenhum péssimo momento técnico desses jogadores pode justificar as barbaridades ditas pelos “torcedores” no desembarque do time no aeroporto de Guarulhos. Em bando é fácil ser machão e desrespeitar pais de família, trabalhadores. Mais covarde ainda é ampliar esta cobrança para os familiares, incluindo a esposa do goleiro e o filho de 10 anos do lateral.

É a mesma torcida que certa vez, na serra do mar, emboscou e atacou o ônibus que conduzia a delegação do Corinthians após uma derrota para o Santos, na Vila Belmiro. Por sorte ninguém se feriu, mas a tentativa de homicídio ficou clara com as janelas do coletivo destruídas pelas muitas pedras arremessadas pelos vândalos. Ou seja, não é de hoje que usam esta tática estúpida para cobrar um melhor desempenho do grupo.

Exigir mais dedicação, melhor desempenho, faz parte. Porém, quando você ataca jogadores que fizeram parte de um momento importante da instituição, é como se você estivesse agredindo a própria entidade porque estes ídolos já se fundiram à história do clube. E a torcida do Corinthians é especialista em transformar ídolos em vilões, em fazer com que essa gente saia do clube pela porta dos fundos. Vamos lembrar aqui de Rivelino, Neto, Marcelinho Carioca, Ronaldo.

Por outro lado, há o ídolo do avesso. Aquele que faz de tudo para ser criticado. E esta semana Thiago Neves foi o protagonista dessa categoria. Amparado pela desconectada direção atleticana, o meia quase foi contratado pelo Galo.

O jogador paga pelas infelizes declarações contra o Atlético na época em que defendia o Cruzeiro. Há muito tempo o futebol não abraça atleta profissional travestido de torcedor, especialmente com provocações rasteiras. As brincadeiras devem ficar restritas às arquibancadas.

Como se vê , quando o assunto é a paixão que cega, o mundo do futebol perde a razão e comete atos bárbaros graças a uma legislação falha e a preguiça das autoridades em enjaular os bandidos que se dizem torcedores.

 

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