O Sport Club Corinthians Paulista comemora seus 114 anos de fundação nesta segunda-feira, 1º de setembro de 2024.
Muitos fatos aconteceram desde que um grupo de cinco operários se reuniu sob a luz de um lampião na esquina das ruas José Paulino e Cônego Martins, no bairro do Bom Retiro, região central da capital paulista.
Não foi fácil para que o Corinthians (nome em homenagem à equipe inglesa do Corinthian-Casuals) fizesse frente aos tradicionais Germânia, Paulistano e SPAC (São Paulo Athetic).
Porém, já em 1914, quatro anos após sua fundação, aconteceu a conquista do primeiro título paulista.
Desde então, de "regional", o Corinthians passou a Mundial.
De um estádio acanhado, o Alfredo Schurig (Parque São Jorge) à moderna Arena Corinthians, em Itaquera.
Para celebrar a data, alguns momentos dos períodos marcantes da vida do Alvinegro de Parque São Jorge.
ANOS 10
A estreia, em 10 de setembro de 1910 foi com derrota, 1 a 0 para o União da Lapa, ainda um jogo na várzea. A primeira vitória aconteceu na partida seguinte, no dia 14 de setembro, 2 a 0 frente o Estrela Polar. O primeiro gol da história corintiana foi de Luís Fabi. Jorge Campbell marcou o segundo. Em seu quarto ano de existência, 1914, o Corinthians conquistou seu primeiro título, o Campeonato Paulista. Voltou a levantar a taça do estadual em 1916. Pelo Campeonato Paulista a partida de estreia aconteceu diante do Germânia, que venceu por 3 a 1, em 11 de maio de 1913. No Campeonato Paulista a primeira vitória aconteceu justamente contra o Germânia, 2 a 0, em 7 de setembro de 1913.
ANOS 20
Período de grandes conquistas alvinegras, com destaque para o tricampeonato paulista consecutivo (1922/23/24) e mais o bicampeonato paulista (1928/29). Em 1920, o time que tinha Neco como grande destaque, marcou 75 gols em 17 jogos, uma média de 4,4 por partida. Neco, que foi o artilheiro do Campeonato Paulista, fez 24.
ANOS 30
Com três títulos paulistas, o tricampeonato (1937/38/39), o Alvinegro teve um ano de bons nomes em seu elenco. Se Neco deixava o futebol, outros tornaram-se ídolos da torcida, como Teleco, Tuffy, Grané e Del Debbio. Com a camisa corintiana, Teleco foi artilheiro paulista em 1935, 1936, 1937 e 1939. Na década seguinte, em 1941, também foi quem mais marcou gols no estadual.
ANOS 40
O Pacaembu, estádio inaugurado em 1940, que acabou tornando-se a casa corintiana até a inauguração da Arena de Itaquera, em 2014, foi o palco do único triunfo estadual conquistado pelo Corinthians nos anos 40. Em 1941, a linha média formada por Jango, Brandão e Dino contribuiu decisivamente para o título paulista. Ainda neste período, mais precisamente em 1944, um dos grandes zagueiros do futebol brasileiro aportou no Parque São Jorge: Domingos da Guia, já consagrado por passagens no Nacional (Uruguai), Flamengo, Boca Juniors (Argentina) e Vasco. Mesmo veterano para os padrões da época (32 anos), Domingos da Guia garantiu tranquilidade aos goleiros corintianos entre 1944 e 1948.
ANOS 50
Período de grandes craques da história corintiana, como Luizinho, Cláudio Christóvam de Pinho (maior artilheiro da história alvinegra, com 306 gols), Baltazar e Gylmar dos Santos Neves, entre outros. A fase começou com o título da Copa Rio-São Paulo em 1950, feito repetido em 1952 e 1953. Mas o triunfo mais emblemático foi o Paulista de 1954, que comemorou o IV Centenário da fundação da cidade de São Paulo. O técnico era Oswaldo Brandão, coincidentemente o mesmo que comandou o próximo título, apenas 23 anos depois, em 1977. O mais corintiano dos presidentes do clube, Vicente Matheus, foi eleito pela primeira vez em 1959.
ANOS 60
Período dos mais infelizes do clube, com apenas uma conquista, o Rio-SP de 1966, a ponto de receber o apelido de "Faz-me rir", tantos foram os fracassos acumulados pelas equipes nos anos 60. De qualquer forma, foi em 1965 que um dos maiores ídolos corintianos começou a ganhar o amor da torcida, Roberto Rivellino. Para tristeza dos corintianos, em 28 de abril de 1969, dois de seus melhores jogadores, Lidu e Eduardo, morreram em um acidente automobilístico na Marginal Tietê.
ANOS 70
Período que contrastou a grande tristeza pela perda do campeonato paulista de 1974 para o rival Palmeiras com a conquista mais comemorada pelos corintianos, o Paulista de 1977, no inesquecível gol de Basílio. Também, neste período, uma feito ímpar na história do futebol: a chamada "invasão corintiana" na semifinal do Brasileirão de 1976, no jogo contra o Fluminense, no Maracanã, apontado como o maior deslocamento de uma torcida de um estado para outro. Além do título paulista em 1977, após 23 anos de jejum, o Corinthians repetiu a dose em 1979. Dois jogadores marcaram o período: Palhinha, contratado junto ao Cruzeiro em 1977 pela maior quantia então paga a um jogador no Brasil (7 milhões de cruzeiros) e Sócrates, que chegou ao Timão em uma astuciosa manobra de Vicente Matheus, que deixou a diretoria do São Paulo a ver navios... Do banco de reservas, destaque para Oswaldo Brandão, treinador do Corinthians em 1977.
ANOS 80
Impossível desassociar os anos 80 com a política do País. Nas ruas, milhões clamando pela volta das eleições diretas para presidente, no movimento batizado de "Diretas-Já!". Jogadores do Corinthians, alinhados com o ideal de liberdade, conquistaram direitos inéditos, como participar de decisões de contratações de jogadores, treinadores, esquema tático e optar por concentrar ou não para as partidas, entre outros. Os líderes do movimento: Sócrates, Wladimir e Casagrande encontraram um terreno fértil para que suas ideias florescessem, apoiados pelo então diretor de futebol, Adilson Monteiro Alves. Em campo, duas conquistas arrasadoras sobre o São Paulo, nas finais estaduais em 1982 e 1983. No final da década, em 1988, um título suado, contra o Guarani, em Campinas, gol de Viola no primeiro tempo da prorrogação, desviando o arremate de Wilson Mano. Vitória da democracia, a Democracia Corintiana!
ANOS 90
O Corinthians, ridicularizado por ser chamado de "time regional", por nunca ter conquistado um Brasileiro, sepulta este estigma em 1990, ao vencer o São Paulo no Morumbi por 1 a 0 na final, gol de Tupãzinho. Também foi o primeiro clube paulista a vencer a Copa do Brasil (1995). Voltou a ser campeão brasileiro em 1998 e 1999. Três jogadores entraram para a história do clube atuando neste período: Neto, Marcelinho Carioca e Ronaldo Giovanelli, que havia conquistado a titularidade em 1988.
ANOS 2000
Uma Libertadores (2012), dois títulos mundiais (2000 e 2012) e quatro títulos brasileiros (2005, 2011, 2015 e 2017). Não bastassem os triunfos nos gramados, em 2014 o sonhado grande estádio sai do papel e torna-se realidade, em Itaquera. Nomes? Muitos, entre eles Emerson Sheik, Guerrero, Tévez, Paulinho, Ronaldo Fenômeno e Cássio são alguns deles, mas sem dúvida alguma o ícone esteve no comando do time: o técnico Tite. É óbvio que nem tudo foi perfeito. Em 2007, a queda para a Série B do Campeonato Brasileiro.
Com informações do "Almanaque do Timão", de Celso Unzelte
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