Eu detesto falar “eu avisei” quando acerto algum palpite. Mas não é que acertei em cheio neste confronto envolvendo Palmeiras e Atlético-MG pela semifinal da Libertadores da América? Neste mesmo espaço, escrevi, na semana passada, que o 0 a 0 do Allianz tinha caído do céu para o Verdão e que o resultado tinha tornado a equipe paulista a grande favorita para a vaga na final da competição continental.
E por que disse isso? Porque o Palmeiras de hoje lembra muito o Boca Juniors dos anos 2000. É um time encardido, bem postado defensivamente, frio, brigador, sabe a hora de atacar e consegue se sair melhor fora de sua casa, onde o adversário se sente à vontade, do que em seus próprios domínios.
Por isso esse empate com gols no Mineirão estava mais na cara que nariz (e olha que de nariz eu entendo bem).
E digo mais: o Palmeiras é favorito também contra o Flamengo na decisão da Libertadores. Abel é muito mais técnico do que Renato Gaúcho. Tenho certeza que conseguirá, com o seu excelente sistema defensivo, neutralizar os craques do ataque do Mengão e, em um contra-ataque vadio, conseguirá um ou dois gols no jogo-único da final continental.
Para mim, a grande esperança para o Rubro-Negro é que a parte “burra" da torcida palmeirense consiga derrubar Abel - como já tentou algumas vezes - até a final da Libertadores, que acontecerá no dia 27 de novembro. Caso contrário, vejo o Verdão com 70% de chances de levar o tri.