Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Apostar na base sempre foi a melhor saída para o futebol brasileiro. Historicamente se deu bem que injetou recursos na detecção e formação de talentos. Para ficar apenas em alguns poucos e principais casos, Santos, São Paulo, Corinthians, Fluminense, Flamengo, Internacional, Grêmio, Guarani.

Esses – e outros clubes – sempre buscaram revelar jovens valorosos que lhes renderam títulos e dinheiro. Muito dinheiro. Verbas nem sempre bem administradas, mas é graças à enorme capacidade de descobrir boleiros bons de bola que os grandes times locais ainda conseguem sobreviver em meio ao caos.

Nessa lista que apresentei acima não consta o Palmeiras. O Palestra nunca deu bola – literalmente – para a base. Sempre cumpriu tabela e encontrava um ou outro garoto que nunca arrancou suspiros do torcedor. Com goleiros é diferente e ao longo dos anos a escola palmeirense deu grandes arqueiros para o país. Oberdan Cattani, Leão, Marcos, Velloso são alguns deles.

Mas essa história de pouco investimento em garotos começou a mudar com a chegada de Paulo Nobre, o melhor presidente da história palmeirense. Com investimento, estruturação das instalações e a contratação de profissionais sérios, o Verdão começou a virar esse jogo e é atualmente o time que mais e melhor descobre craques juvenis.

Além de já ter colocado um bom dinheiro no cofre com a venda de vários atletas, o ápice dessa nova mentalidade verde se deu em Avellaneda na noite da última terça-feira com a maior exibição do Palmeiras em um jogo de Libertadores da América.

Coube aos meninos da base – Danilo, Patrick de Paulo e Gabriel Menino – carregarem nas costas a responsabilidade de amassar e nocautear o ótimo time do River Plate e praticamente garantir presença na grande final da competição no próximo dia 30.

Tardiamente, o Palmeiras descobriu que não há outro caminho para o falido futebol nacional que não seja o de investir pesado em meninos, uma lição atrasada mas eficiente e lucrativa.

 

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