Por João Antonio de Carvalho
Ela não foi apenas uma grande campeã.
Ela foi um marco para o esporte feminino brasileiro.
Se hoje somos campeões olímpicos no vôlei e campeões mundiais no basquete.
Isso se deve a Maria Esther Bueno.
Se hoje temos campeãs olímpicas na natação, no judô e no atletismo.
Isso é reflexo do que foi Maria Esther Bueno.
Numa época em que as mulheres não tinham espaço, ela achou o seu.
Num tempo em que as mulheres viviam na sombra, ela achou sua luz.
Não é qualquer um que ganha 18 títulos de Grand Slam, mas ela ganhou.
Muita gente hoje nunca ouviu falar o nome de Maria Esther Bueno.
Mas se ela jogasse hoje não existiria ninguém que não ouvisse esse nome.
Foi ela, que em sua época, venceu a poderosa Margaret Court e a lendária Billie Jean King, que também foi sua parceira.
Foi ela que disputou o Pan de 1963, em São Paulo, com a mão mordida por seu cachorro, e ainda ganhou três medalhas.
Foi ela que não conseguiu disputar uma olimpíada, pois o tênis, após fazer parte do programa, entre 1900 a 1924, só voltaria em 1988.
Foi ela, que num esporte em que o Brasil não tinha nenhuma tradição, e só voltou a aparecer com os títulos de Gustavo Kuerten, ganhou uma estátua de cera no famoso museu londrino Madame Tussauds.
Esta era Maria Esther Bueno, que seguiu jogando tênis até quando podia.
E que foi vencida por um tumor nesse triste dia 8 de junho de 2018.
Mas se Maria Esther se foi, a sua história nunca será esquecida.
Mais do que uma simples campeã, ela será lembrada como uma mulher à frente de seu tempo.
Um tempo em que as mulheres não tinham espaço e ela não ganhou somente seu espaço, mas um espaço para ser aproveitado por outras grandes esportistas.
O esporte brasileiro está de luto?
Não, ele deve sim comemorar o legado deixado por Maria Esther Bueno.
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