O Grêmio subiu à serra gaúcha para enfrentar o Caxias neste sábado, no estádio Centenário, em Caxias do Sul, empatou em 1 a 1 com o clube grená e voltou de lá com uma mão na taça do Gauchão de 2023.
É claro que essa colocação otimista favorável ao Tricolor, a priori, pode ser contestada, haja vista que o empate deixa ambos os contendores com chances matemáticas iguais de conquistar o título.
Entretanto, existem fatores condicionantes que precisam ser levados em conta num momento de decisão como este, em que, salvo a incidência do imponderável, o melhor deve se sagrar campeão.
Quem assistiu à partida, vendo-a com os olhos da razão e não com os arroubos emocionais de torcedor, percebeu com nítida clareza que o Grêmio teve o predomínio das ações, com mais posse de bola e mais volume de jogo do que o adversário.
O fato de não ter traduzido em gols essa maior posse de bola e mais arremates a gol não tira do time de Renato o favoritismo de se tornar campeão gaúcho em sua Arena, no próximo dia 8 de abril.
Não se pode comparar a recente vitória do Caxias, alijando o Internacional da Final do Gauchão, na decisão por pênaltis no Beira-Rio, com essa parada duríssima que o time caxiense enfrentará sábado que vem na casa do adversário.
É verdade que, tendo empatado o jogo de ida com o Inter e repetido o empate enfrentando o Grêmio, a situação de ambas as decisões em relação ao jogo de volta é matematicamente a mesma.
Contudo, precisa ser considerado que o empate do Caxias diante do Colorado, na Semifinal, foi um resultado até certo ponto normal diante do que aconteceu em campo, enquanto esse alcançado frente ao Grêmio, na Final, não foi resultante de um suposto equilíbrio futebolístico entre os dois contendores.
É preciso ser dito que o Caxias teve um jogador expulso, atuando com dez homens durante quase todo o segundo tempo.
Mas o predomínio gremista nada teve a ver com essa inferioridade numérica do Caxias, pois antes dessa expulsão a equipe gremista já dominava amplamente a partida e fazia por merecer um placar favorável, que afinal acabou não conseguindo alcançar.
Evidente que o fato de eu assumir uma previsão de risco como essa dá aos torcedores do Caxias e do Internacional, que secarão o Grêmio, o direito de perguntar o que irei dizer se o Caxias aprontar pra cima do favorito e levantar o caneco do Gauchão.
Caso o Caxias reverta minha expectativa e vença o jogo decisivo com um futebol superior ao do adversário, não terei nenhum constrangimento em afirmar que venceu o melhor.
Se, contudo, a vitória da equipe de Caxias do Sul vier a reboque de fatores aleatórios, que nada tiverem a ver com superioridade técnica dentro das quatro linhas, então serei impelido a dizer que a "Zebra grená" pastou feliz no gramado da Arena, repetindo o que fizera na grama verdejante do Beira-Rio.
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