Colorado faz 2 a 0 no Nova Iguaçu, com um gol legítimo e outro irregular de Enner Valancia

Colorado faz 2 a 0 no Nova Iguaçu, com um gol legítimo e outro irregular de Enner Valancia

Acaba nesta quinta-feira a etapa que se poderia chamar de "Pré-Copa do Brasil", reunindo clubes pouco expressivos do cenário futebolístico e os de maior expressão que ficaram fora da disputa da Libertadores.
 
Logicamente, nessa "briga de foice no escuro", passaram até agora para a fase quente da milionária competição agremiações de média envergadura, que acabarão enfrentando com menor chance os chamados clubes grandes que as tiverem como adversárias em função do sorteio a ser realizado pela CBF. 
 
Dos clubes tradicionais das grandes capitais brasileiras participantes dessa etapa inicial, Inter, Vasco, Bahia, Sport Recife,  Corinthians e Fortaleza,  apenas estes dois últimos ainda não carimbaram o passaporte para a fase do todos contra todos da Copa do Brasil. 
 
Mas as equipes paulista e cearense devem confirmar a classificação para a etapa seguinte, nos confrontos de logo mais diante do São Bernardo e do Retrô, respectivamente, que são equipes menos qualificadas do que ambas.
 
Para que não se diga que apenas relatei fatos óbvios inerentes ao torneio, me reporto nesta oportunidade acerca do jogo Nova Iguaçu x Internacional, realizado ontem, em que o time gaúcho eliminou do torneio a equipe carioca. 
 
A primeira observação que faço é que o Inter fez o suficiente para merecer a vitória e a consequente classificação, o que aliás já era esperado, haja vista que tem mais time e mais tradição do que o clube de Nova Iguaçu.
 
Isso não impede, contudo, que se aponte de maneira enfática a calamitosa arbitragem que mediou o confronto, validando de forma escandalosa o segundo gol colorado de Enner Valencia, assinlado em clara situação de impedimento.
 
Evidente que não foi esse gol marcado e validado irregularmente que determinou a vitória do clube gaúcho naquele mata-mata, mas ele maculou com certeza o triunfo colorado, que poderia entrar para a história de maneira lisa e insofismável.
 
Se o erro de arbitragem foi alvo de críticas, o do narrador de TV que transmitiu o jogo foi mais condenável ainda, pois praticamente justificou a validação do gol em impedimento, dando a entender que isso aconteceu apenas porque não havia VAR naquela partida.
 
Ora, meus amigos, se quisermos atribuir à ausência do VAR os erros crassos de arbitragem, estaremos colocando em suspeição a legitimidade de todos os títulos conquistados antes da existência desse recurso tecnológico ora usado como meio auxiliar dos juízes de campo.
 
Longe de querer dizer com isso que inexistem lances de difícil interpretação por parte do juiz, que afinal é um ser humano com as mesmas dificuldades de precisão de outro qualquer.
 
Mas são apenas em situações de difícil avaliação como estas que podemos justificar a falha de um árbitro em lances que deixou de ver e apontar, devido a circunstâncias desfavoráveis do momento.
 
Isso não foi contudo o que aconteceu no gol de Valencia em completa situação de impedimento, algo que estava ao alcance de todos os que assistiram àquele jogo, tanto na condição de torcedores quanto na de secadores de um ou de outro contendor.
 
Fale com nosso comentarista esportivo,  colunista, repórter e entrevistador Lino Tavares: jornalino@gmail.com, celular/whatsApp (55)99176232
Foto: UOL
 

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