Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Tem um novo treinador português fazendo sucesso no Brasil. Após Jorge Jesus ter levado o Flamengo ao topo da América, agora é Abel Ferreira quem goza do prestígio de tirar o Palmeiras do limbo.

Sim, é muito cedo para qualquer tipo de exaltação porque o Palmeiras não conquistou nada até agora, mas o simples fato de fazer um time desacreditado a jogar bola – e jogar bem – sinaliza que todos os outros profissionais que passaram pelo clube falharam miseravelmente à frente de um elenco de qualidade e de um clube que oferece toda a estrutura para quem tem boa vontade para trabalhar.

Muito tem se falado sobre o sucesso dos técnicos estrangeiros no Brasil, são várias as teses já debatidas, não há muito a acrescentar. O que é preciso reforçar é que os de fora parecem ter muito mais claro o que representa a essência do futebol brasileiro do que os nossos daqui. Fomos perdendo ao longo das últimas décadas o apreço pelo futebol bem jogado, pelo drible, a busca constante pelo gol. Por uma suposta eficiência de jogo, passamos a valorizar a marcação, o pragmatismo, e o futebol de resultado, custe o que custar, e nem que para isso se pratique o anti-jogo.

Isso tem reflexo na formação dos nossos garotos e na mentalidade que esses meninos levam para o profissionalismo. Assim, não deveria haver outro objetivo no Brasil que não fosse a essência do esporte praticado aqui.

Talvez não dê para exigir da velha guarda uma mudança radical no modo de executar o futebol brasileiro, mas é preciso incentivar a nova geração a abraçar o novo – que nem é novo -, dar um bico no jogo feio, fazer essa gente se incomodar quando assiste uma partida ruim.

E essa busca pela arte no futebol deve ser missão de todos os envolvidos: jogadores, jornalistas, treinadores, CBF e, principalmente, você torcedor. Exija dos profissionais que estão no seu time de coração um pouco a mais do que eles oferecem atualmente. Quem sabe recuperamos o melhor do nosso esporte.

Últimas do seu time