Colorado de Odair Hellmann vence Cruzeiro por 3 a 1 e melhora situação na tabela

Colorado de Odair Hellmann vence Cruzeiro por 3 a 1 e melhora situação na tabela

 O Internacional bateu o Cruzeiro nessa rodada do Brasileirão, depois de um primeiro tempo em que correu algum risco na partida, provando que seu treinador Odair Hellmann vai aos poucos reduzindo aquela limitação de confiabilidade sustentada por parcela significativa da torcida colorada. 
 
A tese se acha alicerçada no fato de que o Inter que voltou para o segundo tempo do confronto diante da Raposa foi outro bem superior àquele que havia encarado o time mineiro com um futebol limitado na etapa inicial. 
 
Corrigindo falhas táticas na etapa complementar, o time da casa conseguiu se impor ao visitante, criando situações claras de gol, dando-se ao luxo de desperdiçar um pênalti, na cobrança de D´Alessandro pela linha de fundo, e chegando ao terceiro gol que consolidou a merecida vitória por 3 a 1.   
 
Quando esse crescimento futebolístico ocorre na segunda metade de um jogo, o mérito deve ser atribuído,  quase por completo, ao técnico da equipe que certamente fez valer a velha instrução de vestiário, dando nova feição a seu time na etapa final da partida. 
 
Deixando para trás as cicatrizes daquele fatídico 5 a 0 sofrido no Gre-Nal em que comandou o esquadrão colorado de forma interina, logo após a saída de Diego Aguirre, Odair Hellmann já faz por merecer o reconhecimento da torcida escarlate, embora sem ter coroado ainda o seu trabalho com a conquista de um título. 
 
Se por um lado essa ausência de títulos pode ser considerada uma dívida ainda não paga pelo comandante técnico do Beira-Rio, por outro a melhor performance colorada dos últimos dois anos, em comparação com o arquirrival Grêmio, devolve aos torcedores do "Clube do povo" a auto estima abalada durante a via crúcis da segunda divisão. 
 
É claro que numa análise rasteira alguém pode contestar a tese, dizendo que o Inter não provou ter superado a performance gremista nas duas últimas temporadas, haja vista que foi o Grêmio que conquistou o título do Gauchão nos últimos dois anos. 
 
É exatamente nesse aspecto que me ocorre colocar em voga a tese que sempre defendi, dizendo de maneira enfática que conquistas meramente regionais não servem para nada, porque não enriquecem galerias de troféus nem levam a lugar algum.
 
Se tivessem algum valor prático, o Internacional não teria vivido a situação de penúria que viveu durante os anos em que chegou ao seu recente hexacampeonato gaúcho, enquanto o Grêmio retornava às grandes conquistas, como as da Copa do Brasil, Libertadores e Recopa Sul-Americana, em 2016 e 2017, jejuando títulos do certame regional. 
 
No ano passado, justamente quando o tricolor voltava a conquistar o título do Gauchão, o Internacional, recém retornando da série B, acabou a temporada com melhor campanha do que o rival no campeonato brasileiro. 
 
Neste ano, ainda no limiar dos dois mais importantes certames em disputa, o Grêmio de Renato Portaluppi volta a se tornar campeão do Pampa e corre bem atrás do Inter sem título regional, tanto na Libertadores quanto no certame nacional. 
 
No torneio continental, o Internacional de Odair Hellmann acabou em primeiro lugar no seu grupo, classificando-se antecipadamente para as oitavas de final da competição. 
 
Enquanto isso, o tricolor gaúcho mal alcançou classificação para a próxima etapa da Libertadores na condição de "sobrevivente", pois para isso precisou da ajuda de terceiros, que roubaram pontos preciosos de seu concorrente direto à vaga, o Universidad Católica, do Chile. 
 
Na disputa do Brasileirão, embora sem estar fazendo uma campanha brilhante, o time colorado vê o arquirrival pelo retrovisor, em situação humilhante, ocupando vaga secundária na Zona de Rebaixamento. 
 
E como o destino tem-se revelado irônico nesses anos de incessante queda de braço entre a Dupla Gre-Nal, a torcida gremista se vê na contingência de ter que torcer pelo velho rival na rodada do Brasileirão do próximo domingo. 
 
Na ocasião, o Inter enfrenta o CSA no Beira-Rio e, na hipótese de vencer o visitante alagoano, estará contribuindo de forma decisiva para que o rival tricolor deixe a Zona de Rebaixamento.
 
Mas para isso, o instável time de Renato da atualidade precisa vencer o Ceará, em Fortaleza, por um placar igual ou superior ao que o Avaí porventura venha a alcançar numa eventual vitória diante do Vasco, no Rio de Janeiro, além de  ter que torcer para que o Foraleza não vença a Chape na Arena Condá.
 
Resumindo a inevitável comparação Gre-Nal no atual momento técnico da dupla de gigantes do extremo sul,  eu diria que ambos vivem situação de altos e baixos, sendo que o Inter tem apresentado mais altos do que baixos, enquanto o Grêmio tem revelado mais baixos do que altos.  
 
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Foto:  UOL
 
 

SOBRE O COLUNISTA

Lino Tavares é jornalista diplomado pela PUC/RS, especializado em jornalismo impresso, televisionado, radiofônico e cinematográfico, além de habilitação polivalente em Relações Públicas e Publicidade/Propaganda.

Possui, ainda, o Curso de Especialização em Comunicação Social do Centro de Estudos de Pessoal do Exécito (Rio-RJ) e o de Treinador de Futebol, pat... Saiba Mais

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