Fraco desempenho caracteriza primeira  participação de brasileiro no torneio continental

Fraco desempenho caracteriza primeira participação de brasileiro no torneio continental

Concluída nesta quinta-feira a 1ª rodada da fase de grupos da Libertadores, a leitura que se pode fazer acerca da estreia dos representes brasileiros na competição ficou longe de despertar otimismo com vistas ao retorno do principal troféu continental ao solo do Brasil. 
 
As vitórias alcançadas foram por escores magros, quando poderiam ter sido mais convincentes, embora conquistadas fora de casa, considerando a pequenez dos adversários, cuja maioria não passa de equipes pouco expressivas dos países que representam. 
 
O placar de 2 a 0 que o Palmeiras trouxe da Colômbia, onde venceu o Junior Barranquilla, até pode parecer maiúsculo para quem não assistiu ao jogo. 
 
É lícito dizer, contudo, que o  escore foi maior do que o futebol apresentado pelo time de Felipão, haja vista tratar-se de uma vitória sofrida, que teve como fator primordial o bom índice de aproveitamento palmeirense nos arremates a gol.  
 
A vitória mais consistente, nessa estreia de times brasileiros na Libertadores, foi a do Cruzeiro diante do Huracán, em Buenos Aires, pelo escore mínimo.
 
Não que a Raposa mineira tenha se sobressaído em relação aos demais clubes, apresentando um futebol de encher os olhos, mas pelo fato de ter resistido a pressão do dono da casa, na etapa final, segurando com muito esforço e determinação o placar de 1 a 0 alcançado na primeira etapa. 
 
O que qualifica a vitória cruzeirense é o status do adversário, pois como se sabe o Huracán é um clube de tradição do futebol argentino, com um belo currículo na história das competições que disputou.  
 
Tivemos ainda, entre os brasileiros vitoriosos na estreia do torneio continental, o Flamengo, que venceu o San José da Bolívia pelo placar de 1 a 0, e o Internacional que derrotou o Palestino do Chile também pelo escore mínimo. 
 
Ambos as conquistas,  com placar tão diminuto, dizem por si sós a opaca apresentação de Inter e Flamengo nos seus jogos de estreia, considerando a fragilidade dos adversários que tiveram pela frente.
 
No caso do Inter, é oportuno ressaltar a falha gritante do goleiro do Palestino, Ignacio Gonzalez, que permitiu que a bola lhe passasse entre os braços, "de forma mansa e pacífica", no chute de Rafael Sobis, que garantiu ao colorado gaúcho os 3 pontos que o colocaram na liderança do Grupa A. 
 
Mas a grande decepção nessa arrancada de brasileiros na Libertadores fica por conta do Grêmio, de Renato Portaluppi, que se houve de forma medíocre na Argentina, não indo além de um empate em 1 a 1 com o Rosário Central.
 
O resultado até que não seria dos piores se o clube argentino, que figura entre as agremiações de médio porte do país vizinho, não estivesse atravessando uma terrível crise técnica, sem vencer há bastante tempo. 
 
É verdade que o tricolor do Pampa perdeu várias oportunidades de gol para definir o placar a seu favor, principalmente nos pés de Vizeu que esteve irreconhecível nos arremates a gol. 
 
Também é preciso dizer que o goleiro Ledesma, do Rosário Central, estava em noite inspirada e salvou seu time da derrota com, no mínimo, duas defesas exponenciais. 
 
Nada disso, contudo, justifica a deficiente apresentação gremista caracterizada pela ausência quase completa daquele toque de bola tão peculiar ao tricolor e pela inconsistência no meio de campo, permitindo que o fraco adversário ameaçasse a meta defendida por Paulo Victor mais do que deveria. 
 
É claro que Atlético Paranaense, perdendo para o Tolima por 1 a 0, e Atletico Mineiro, sendo derrotado pelo Cerro Porteño pelo mesmo placar, arcam com o ônus daquilo que de pior poderia acontecer nessa estreia brasileira na Libertadores 
 
Entre esses dois derrotados, o vexame maior fica por conta do Galo mineiro, que sucumbiu em casa aos olhos de sua torcida, que logicamente não ficou nada satisfeita com essa derrota inesperada em pleno Mineirão. 
 
Numa análise abrangente acerca da participação dos times brasileiros no alvorecer do torneio, vale dizer que nada do que de negativo aconteceu nesta primeira rodada constitui ameça à queda prematura de nossos clubes na competição. 
 
O desastre que tinha que acontecer já aconteceu e não foi nem na estreia da Libertadores propriamente dita. 
 
Ele ocorreu na pré-Libertadores e foi creditado na conta do São Paulo, naquela derrota na decisão por pênaltis para o pequeno Talleres da Argentina, no Morumbi, deixando como saldo a certeza de que o tricolor paulista vai ter que trabalhar muito, neste início de temporada, para reencontrar aquela senda de vitórias que pouco tempo atrás o tornou o mais pujante clube brasileiro no panorama internacional. 
 
Fale com nosso comentarista Lino Tavares: Portal Terceiro Tempo ,Rede de Mídia Online Nacional (Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre), Rede de Mídia 
Online Internacional (Nova York, Paris, Londres, Roma e Madrid),  Revista Eletrônica GibaNet.com e Site Cota Jurídica.com (São Paulo), Jorntinal Expresso Minuano-RS. Facebook:  Lino Mídia Celebrities e Planeta Arte - Estrelas.  E-mail: jornalino@gmail..com. 
 
Foto: UOL
 

SOBRE O COLUNISTA

Lino Tavares é jornalista diplomado pela PUC/RS, especializado em jornalismo impresso, televisionado, radiofônico e cinematográfico, além de habilitação polivalente em Relações Públicas e Publicidade/Propaganda.

Possui, ainda, o Curso de Especialização em Comunicação Social do Centro de Estudos de Pessoal do Exécito (Rio-RJ) e o de Treinador de Futebol, pat... Saiba Mais

Arquivos