Em encontro realizado em São Roque, no interior de São Paulo, a CBB (Confederação Brasileira de Basquete) homenageou os 25 anos da conquista do título mundial de basquete feminino, que aconteceu em 1994.

Estiveram presentes nove das doze jogadoras, Hortência, Paula, Janeth, Helen, Roseli, Simone, Ruth, Alessandra e Dalila, além do técnico Miguel Angelo da Luz e integrantes da comissão técnica.

Só não participaram o encontro Adrianinha, que está fora do país com a seleção brasileira sub-16, a pivô Cintía Tuiú, que mora na Itália, e Leila Sobral, que teve problemas particulares.

A conquista aconteceu no dia 12 de junho de 1994, com a vitória de 96 a 87 contra a China, da gigante Zheng Haixia, na competição realizada na Austrália. A cestinha do Brasil foi Hortência, que marcou 27 pontos.

Para chegar na final a seleção brasileira venceu em uma das semifinais a forte equipe dos Estados Unidos, a grande favorita ao título, por 110 a 107. Hortência marcou 32 pontos, Paula fez 29 e Janeth converteu 22.

Ao final da campanha, Hortência terminou como cestinha do mundial, com 221 pontos. Janeth foi a terceira, com 186 pontos, e Paula a quinta, com 158.

Foi com certeza o grande momento de nosso basquete feminino, pena que a Confederação na época não soube colher os frutos da conquista e pior que isso, nem preparou uma grande festa para as campeãs, que chegaram ao Brasil de madrugada, e recebidas por alguns poucos parentes e amigos.

Dois anos depois esse mesmo grupo, com algumas poucas alterações, como as entradas de Marta e Branca, fez uma brilhante olimpíada, em Atlanta, e ficou com a medalha de prata, perdendo a final para os Estados Unidos, por 111 a 87.

Infelizmente jogadoras como Hortência, Paula e Janeth foram deixando as quadras e nunca mais tivemos uma geração como essa, culminando com a não participação no Mundial de 2018. O momento agora é de reconstrução.

A nova administração da CBB é séria e muito honesta, e a comissão técnica da seleção, entregue a José Neto, está em boas mãos. Pensar em novo título mundial é utopia, mas reerguer a seleção e a tornar competitiva é a missão. Estamos torcendo.

SOBRE O COLUNISTA

Jornalista com passagens pela Rádio Jovem Pan, Sportv e Fox Sports é especialista em esportes olímpicos.

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