por Marcelo Rozenberg
O ex-árbitro de futebol José Astolphi morreu em 31 de janeiro de 2023, aos 92 anos. Ele estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Astolphi foi casado, morava em São Paulo e teve quatro filhos, além de netos e bisnetos.
Astolphi nasceu em Birigui, interior paulista, em 10 de abril de 1930. Começou a vida esportiva como jogador de futebol, mas uma contusão no joelho em um treino pelo Linense acabou com o sonho.
Passou a apitar partidas de futebol e basquete na cidade natal, até que em 1958 dirigiu sua primeira partida com uniforme na Liga Araçatubense de Futebol. Foi árbitro da Federação Paulista de Futebol entre 1960 e 1968. De 69 a 71, apitou no quadro da Federação Mineira. Também na década de 60, criou a primeira associação de árbitros do Brasil. Em 1972, a convite do então presidente da Federação Paulista de Futebol José Ermírio de Moraes, assumiu o departamento de árbitros da Federação Paulista de Futebol. Em 1981, criou o Sindicato dos árbitros do Estado de São Paulo.
Comandou uma entidade sem fins lucrativos denominada "Cuebla", que organiza diversos campeonatos envolvendo adolescentes para a prefeitura de São Paulo e o governo paulista.
O ex-árbitro participou de momentos importantes do futebol. Apitou a vitória do São Paulo sobre o Benfica de Eusébio por 3 a 2, em 25 de janeiro de 1968. O time de Lisboa tinha vários jogadores que, dois anos antes, haviam defendido a seleção portuguesa terceira colocada na Copa de 66. Mas a partida mais marcante ocorreu entre XV de Piracicaba e Portuguesa Santista em 1965.
O jogo estava 1 a 1 quando a direção do XV, que estava caindo para segunda divisão com aquele resultado, pediu para a torcida invadir o campo faltando três minutos para o final. Depois de longa batalha jurídica, foi determinada a realização dos três minutos finais em um sábado de manhã no estádio do Morumbi, com portões fechados. Mesmos jogadores, mesmo árbitro. "No primeiro lance, um zagueiro da Santista que estava na gaveta quase marcou um golaço contra. Se não fosse uma defesa espetacular do goleiro, o XV teria vencido a partida", lembrava o árbitro.
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