Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Jorge Sampaoli e Jorge Jesus inovaram em suas passagens pelo futebol brasileiro.

Inovaram é pouco.

Revolucionaram.

Não, não se trata de exagero. O Santos, de Sampaoli, e o Fla, de JJ, encantaram. O Fla, claro, muito mais. Pois que tinha, e tem, elenco recheado de craques.

Pelo Flamengo JJ fez história.

Foi campeão do Campeonato Brasileiro, da Libertadores da América, Supercopa do Brasil, Recopa Sul Americana e Campeonato Carioca.

Muito mais do que os títulos, Jesus deixou no Brasil a lembrança de um futebol jogado com velocidade, força ofensiva, deslocamentos rápidos, aplicação na marcação.

Todas estas virtudes eram resultados de muito treinamento.

O que significa dizer que a revolução implantada tinha como suporte uma metodologia de treinamentos que o país pentacampeão do mundo desconhecia.

E ainda desconhece.

Pois JJ não permitia que ninguém assistisse aos treinamentos que orientava aos jogadores.

Jorge Sampaoli fez o mesmo no Santos.

Proibiu até integrantes da comissão técnica do clube (Serginho Chulapa, O artilheiro indomável, entre eles) de verem o que estava sendo trabalhado nos campos de treinos do CT Rei Pelé.

Jorge Jesus ganhou tudo o que disputou.

Jorge Sampaoli, com um elenco bem mais modesto, desprovido de craques capazes de decidirem jogos e conquistarem títulos – Soteldo e Marinho são bons jogadores, mas não são decisivos -, marcou a sua presença por aqui pela intensidade do jogo mostrado pelo Santos, que exibia outras valências, como a coragem e a determinação para recuperar a posse de bola.

O caro leitor e a cara leitora podem argumentar que Jorge Sampaoli nada ganhou no Santos. Foi vice-campeão brasileiro.

E só.

No Galo conquistou apenas o campeonato mineiro.

Pouco, pelo grande investimento que o clube mineiro fez.

Sim, Sampa tem uma personalidade complicada. Cria área de atritos com os dirigentes.

Mas é inegável que trata-se de um treinador com muitos atributos, baseados, principalmente, nas modernas metodologias de treinamentos que aplica.

Abel Ferreira também faz história no Palmeiras. Mesmo sem muito encantamento, o que a torcida palmeirense jamais se esquecerá é dos títulos conquistados.

Abel marca o seu trabalho pela facilidade que tem para gerir o grupo de jogadores.

A parte mental é o seu ponto forte.

A identificação do elenco com o técnico é admirável.

E qual é a marca de Vitor Pereira no Corinthians?

Contratado em 23 de fevereiro, perdeu logo na estreia, para o São Paulo, dia 5 de março.

Chegou ao clube prometendo um futebol de muita intensidade, com marcação alta.

Não é o que se vê no time corintiano, que acaba de ser eliminado pelo Flamengo da Copa Libertadores e terá de superar o Atlético Goianiense, após perder a o jogo de ida, por 2 a 0, pela Copa do Brasil.

Trata-se de uma equipe sem identidade.

Vitor Pereira oscila entre os jogadores jovens (os miúdos, como ele gosta de falar) e os mais rodados.

William já foi embora. Outros veteranos do grupo não escondem o descontentamento por serem frequentemente trocados pelos “miúdos”.

E, pior, o técnico português não dá ao torcedor corintiano a menor esperança de evolução.

Com Vitor Pereira, o que se vê em campo é um Timão sem rumo.

 

 

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