O craque Neymar brilhou na vitória do Brasil sobre o Japão por 4 a 0, em Cingapura, marcando os gols do duelo e liderando a seleção em mais um triunfo do novo time do técnico Dunga.
No entanto, é Diego Tardelli que vai cavando espaço na seleção brasileira que mira a Copa do Mundo de 2018, na Rússia.
O atacante atleticano não marcou diante do Japão, mas mostrou a movimentação e inteligência de sempre. Melhor: a cada jogo enterra o trauma da camisa 9, muito maltratada por Fred no último Mundial.
Não é equívoco algum afirmar que Tardelli já é uma referência no ataque canarinho e uma espécie de xodó do técnico Dunga.
O treinador, inclusive, opta a jogar sem o chamado atacante de área, estático, como Felipão optou na Copa do Mundo, com Fred, e todos viram o desastre que foi. É fato também que Mano Menezes, rifado do cargo para a entrada de Felipão, optava pelo mesmo esquema sem atacante fixo, com um avante mais solto e “vivo” no ataque.
A seleção de Dunga fecha mais dois amistosos com duas vitórias. O triunfo sobre o Japão foi em ritmo de treino, até pela fragilidade do time japonês. Mas o Brasil superou também a rival Argentina, atual vice-campeã do mundo, com dois gols de Diego Tardelli.
Vale lembrar que antes destes dois amistosos, a seleção já havia vencido o Equador, uma seleção emergente e que provou isso na última Copa do Mundo, e a Colômbia, que está entre as principais seleções do planeta.
Sobre Dunga é preciso dizer: gosta-se ou não do estilo do treinador, mas é preciso admitir que seu time consegue vitórias e um jeito definido de jogar. O esquema de Dunga me agrada. Não só pelos triunfos nos amistosos, o que é importante, mas principalmente por apresentar um futebol mais moderno e menos pragmático que o do time comandado pelo superado Felipão.
Diego Tardelli passa a ser agora figurinha carimbada nas convocações do técnico Dunga. Em silêncio e com muito talento, o atacante já cavou um espaço importante na nova seleção brasileira.
É fato também que Neymar conta agora como um coadjuvante bem mais participativo e inteligente na frente, o que torna a seleção mais perigosa e eficiente.
Dunga começa bem o trabalho. Triunfos importantes foram conquistados diante das rivais Colômbia e Argentina, mas não deve iludir ninguém. O trabalho está apenas no início, portanto é preciso deixar o ufanismo de lado e mirar no trabalho, ciente das deficiências da atual geração brasileira.
Twitter: @salgueirofc
Foto: Jason Lee / Reuters
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