Fotos: Bruno Cantini/Atlético-MG e Alexandre Vidal/Flamengo

Fotos: Bruno Cantini/Atlético-MG e Alexandre Vidal/Flamengo

Faz pouco mais de um mês que o técnico português Jorge Jesus renovou contrato por mais um ano com o Flamengo.

Pelo demorado sim, a renovação virou um dramalhão, o clube se comprometeu a lhe pagar 4 milhões de Euro, valores em reais que giram em torno de 23 milhões, quase R$ 2 milhões mensais.

O argentino Jorge Sampaoli, que como técnico da seleção de seu país fez campanha pífia na Copa de 2018 – perdeu completamente o comando do grupo de jogadores e passou a ser humilhado por Lionel Messi e cia -, abandonou o Santos ano passado e passou a ser disputado por Palmeiras e Atlético Mineiro.

Esnobou os dois clubes e, por fim, e quando quis, assinou contrato também milionário com o Galo mineiro.

Na Cidade do Galo o salário de Sampa chega a R$ 1, 2 milhão mensais.

E Sampaoli chegou fazendo exigências.

Exigiu que a diretoria e a MRV, contrutora que investe no clube, fossem ao mercado em busca de reforços.

Até agora, os investidores já gastaram mais de R$ 50 milhões na compra de jogadores.

Insaciável, Sampaoli quer mais. Muito mais.

No fim de seu contrato com o Santos, Sampaoli disse que, para permanecer, o clube teria de gastar R$ 100 milhões em reforços.

E também queria ter participações na venda dos novos jogadores que o Santos formasse, de acordo com declarações de dirigentes santistas.

Logo ele, que não tem a menor paciência com os novos talentos criados pelos clubes.

Taílson, atacante do Santos, é a maior prova disso.

O garoto sofreu nas mãos de Sampaoli, que o pressionava tanto que o seu futebol murchou.

Voltando a Jesus, o treinador do Flamengo é protagonista de uma nova novela.

Negocia com o Benfica a sua volta ao futebol português.

Aproveitando-se do fato de que em seu contrato com o Flamengo existe uma cláusula de que ele poderia romper o vínculo caso surgisse uma proposta do futebol europeu, Jesus voltou ao noticiário.

Vaidoso ao extremo, ele dá sinais de que adora estar no centro das atenções. Os noticiários das Tvs abertas e fechadas estão direcionados para ele.

Jorge Jesus virou a maior atração do país pentacampeão do mundo de futebol.

Jorge Jesus e Jorge Sampaoli pertencem ao segundo escalão do futebol internacional. Estão inquestionavelmente num patamar bem abaixo de treinadores de primeira linha, como Josep Guardiola, José Mourinho e Jürgen Klop, só para citar três exemplos.

Cravo que, caso saiam do Brasil, Sampa e JJ não receberiam propostas de gigantes da Europa, como Barcelona, Real Madrid, Juventus ou Manchester City.

Antes de vir ao Brasil, Jorge Jesus treinava o Al Hilal, da Arábia Saudita.

O máximo que Sampa logrou na Europa foi treinar o Sevilla, clube médio da Espanha.

Sampaoli fez bom trabalho no Santos, levou o time ao vice-campeonato brasileiro de 2019.

Mas das contratações que mandou o clube fazer, deixou problemas homéricos, como o meia peruano Cueva e os atacantes Uribe e Lucas Venuto, que viraram autênticos micos para a direção santista resolver.

O Flamengo vive hoje uma situação parecida com a que viveu no final de 2017 com o técnico colombiano Reinaldo Rueda.

Após prolongado vai não vai, ele deixou o clube da Gávea no vácuo e assinou com a seleção do Chile.

Exemplos concretos que mostram que o futebol brasileiro virou refém de técnicos que se não podem ser considerados inexpressivos, são do segundo escalão da bola mundial.

Mesmo sem serem Mourinho, Guardiola e Klop, Sampaoli, JJ, Rueda e o também colombiano Juan Carlo Osorio, que treinou o São Paulo em 2015, diferem dos “professores” brasileiros na metodologia de treinamentos.

Clubes como o Flamengo, Santos e o São Paulo de Osorio mostraram no gramado os resultados das novas metodologias de treinamentos.

Um avanço, que faz com que as equipes tenham maior intensidade no jogo.

O que era normal ver no jogo de times europeus, só com o trabalho destes técnicos importados foi possível começar a ver por aqui.

Inovação que deu notoriedade e empregos muito bem remunerados a estes treinadores, que gozam por aqui de um prestígio que não desfrutam no primeiro mundo do futebol do exterior.

Com as vitórias, os títulos e o futebol bonito de se ver que as suas equipes exibem, Jorge Jesus e Sampaoli transformaram os dirigentes de clubes brasileiros em reféns de seus caprichos.

 

 

 

 

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