A falta de organização tem nos custado caro

A falta de organização tem nos custado caro

Precisamos falar sobre o futuro, o futuro do futebol brasileiro. É fato que não faz parte do nosso cotidiano o hábito de planejar e tentar minimizar riscos e erros. Está na nossa origem o jeitinho e a capacidade de improvisação. Mas nem sempre essa estratégia dá certo, por isso é aconselhável se organizar e evitar os sustos. Isso é o que grandes empresas e corporações fazem desde sempre. E é coisa que o futebol brasileiro nunca fez.

Se parar para pensar você irá perceber que por aqui jamais houve um planejamento de médio e longo prazo. É o que estamos vivendo para o ciclo do Catar. Ano que vem o treinador escolhe aqueles que ele julga serem os melhores, escala um time titular e seja o que Deus quiser, literalmente. Após a Copa do Catar, ganhando ou perdendo, recomeça um novo ciclo sempre na base do improviso, quando o certo seria a CBF já ter – agora - um plano traçado a partir de janeiro de 2023, independentemente de quem será o treinador, é a chamada diretriz.

A falta de organização tem nos custado caro. O maior prejuízo se dá na detecção e formação de talentos. Década após década estamos vendo os craques minguarem cada vez mais dos campos. Seria como o basquete profissional dos Estados Unidos pararem de formar os gênios que sempre formam. Mas é o que está acontecendo no Brasil. A terra que um dia foi maternidade de craques, agora agoniza com uma safra de bons jogadores e um único craque. Somente um.

No último título do Brasil em 2002, havia gente do porte de Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho e Kaká, todos melhores do mundo, além de craques como Cafu e Roberto Carlos.

A Alemanha começou a conquistar a Copa de 2014 doze anos antes com a queda para o Brasil na final do Japão. Planejou, organizou e alcançou o objetivo.

Se não houver uma rápida intervenção da CBF para recolocar o futebol brasileiro no trilho, seguiremos em queda técnica, sem revelar craques e com o hexa cada vez mais distante. Choque de gestão, para usar um termo popular, é do que precisa o principal esporte do país para voltar a ser protagonista no cenário mundial.

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