Confira a coluna desta semana de Milton Neves

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Quanto sofrimento e torcida pela saúde de Pelé!

Aliás, Pelé e hospital nunca jogaram juntos porque o Rei sempre foi de borracha.

Mas, como o tempo passa, depois de Coutinho e Tostão, Pelé teve que fazer tabelinha com outro gênio: Albert Einstein, o hospital que o internou neste final de ano.

Foi a "prática da relatividade" com Pelé finalmente internado e preocupando o mundo inteiro.

E vocês sabiam que Pelé, além do futebol, inventou a expressão "uma janela para a imprensa"?

Conta-me Milton Camargo que em 3 de junho de 1962, em Viña Del Mar, nasceu tal expressão para a literatura esportiva e para o jornalismo em geral.

Contundido, Pelé (veja acima) abriu a janela de seu quarto de hospital para atender a aflita crônica esportiva.

Amarildo era grande incógnita para a sequência da Copa do Chile e daí a expressão se consagrou para designar os momentos ou períodos em que a imprensa pode entrevistar jogadores, autoridades ou políticos.

E observem o prestígio da rádio e TV Tupi, a Rede Globo da época.

Na foto tirada por Luiz Noriega, à esquerda, Walter Abrahão e, entrevistando o Rei, Milton Camargo, hoje aposentado em São Paulo.

Os dois eram os chefes esportivos das referidas "Emissoras Associadas".

E não é que também estive em hospital com Pelé?

Foi em Curitiba, em março de 2009, quando inauguramos juntos a ala especial para crianças carentes com câncer do exemplar Hospital Pequeno Príncipe da capital paranaense, do qual o Rei Pelé é patrono.

O curioso é que quem tinha acabado de sair de um hospital, o Sírio-Libanês de São Paulo, era eu.

À época, após queda acidental em meu escritório, fui operado no braço e na clavícula e de tipóia acompanhei Pelé até Curitiba.

Inauguração feita em meio a milhares de pessoas que cercaram o hospital para ver o Rei, já no hotel ocorreu o primeiro e único encontro de Pelé com seus dois netos, Octávio e Gabriel.

Fui procurado pelo marido pastor de Sandra, saudosa filha de Pelé, para ajudar a apresentar os meninos que queriam conhecer o avô.

E isso fiz, mesmo sem consultá-lo.

Quando Pelé desceu para o saguão o encontro-surpresa aconteceu, meu filho Netto a tudo fotografou, durou uns 15 minutos e foi só.

Na volta, no jatinho King Air, Pelé justificou: "Adorei ver os meninos, meus netos, mas o pai deles, não. Ficou anos pedindo e pedindo, ganhando e ganhando e depois exigindo mais e cada vez mais até tudo vir a público passando ser eu o vilão. Vocês não sabem da verdade", disse.

Minha tese: em briga de família ninguém tem 0% ou 100% de razão.

Fotos: Portal TT

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