O austríaco subiu ao degrau mais alto do pódio em Interlagos em 1976. Foto: Divulgação

O austríaco subiu ao degrau mais alto do pódio em Interlagos em 1976. Foto: Divulgação

Das 25 vitórias do austríaco Niki Lauda na Fórmula 1, a única no GP do Brasil aconteceu na abertura da temporada de 1976, em Interlagos, prova que marcou a estreia de Emerson Fittipaldi pela Copersucar, equipe que havia estreado no ano anteiror com um único carro, então conduzido por Wilsinho Fittipaldi.

Nos treinos, uma disputa acirrada que foi a tônica de todo aquele ano, entre Niki Lauda (Ferrari) e James Hunt (McLaren), e o britânico acabou levando a melhor sobre o austríaco.

Justamente Hunt, que substituía Emerson na McLaren, conquistou a pole, com Lauda dividindo a primeira fila com ele.

A segunda fila teve uma surpresa, com a presença do francês Jean-Pierre Jarier partindo em terceiro lugar com sua linda Shadow preta, tendo ao seu lado o suíço Clay Regazzoni, companheiro de equipe de Lauda na Ferrari.

Para alegria da torcida brasileira que viu a classificação em Interlagos, Emerson Fittipaldi conseguiu "tirar leite de pedra" com o Copersucar e partir da quinta colocação.

ANIVERSÁRIO DE SÃO PAULO, DIA DO GP BRASIL 

Um domingo de muito sol em 25 de janeiro de 1976 em Interlagos, dia de aniversário da cidade de São Paulo para receber a principal categoria do automobilismo com 22 carros no grid.

Foi o quarto GP oficial de Fórmula 1 no Brasil, após uma prova experimental em 1972 vencida pelo argentino Carlos Reutemann. Nas corridas válidas, apenas brasileiros haviam vencido: Emerson Fittipaldi em 1973 (com Lotus) e em 1974 (com McLaren) e José Carlos Pace em 1975, com Brabham

Na largada, na primeira das 40 voltas pelo então longo traçado paulistano com 7.960 metros, Regazzoni saiu do terceiro lugar para a liderança, com Lauda em segundo e o pole Hunt caindo para terceiro.

O italiano Vittorio Brambilla, com sua icônica March laranja foi outro que começou em alta, saindo da sétima posição para a quarta, seguido por Jarier (Shadow) e Patrick Depailler (Tyrrell). Emerson, por sua vez, caiu do quinto para o nono lugar.

Arquibancadas de Interlagos lotadas em 25 de janeiro de 1976, dia do GP Brasil de F1. Na primeira fila, o pole James Hunt (#11) e Niki Lauda (#1). Mas foi Regazzoni, atrás, à esquerda, quem deu o "bote" para assumir a ponta, mas Lauda o superou logo depois. Foto: Divulgação

Porém, apenas no talento, sem ordens de equipe, Lauda ultrapassou Regazzoni, enquanto Jarier imprimia um ritmo excelente com a Shadow para se colocar em terceiro e depois em segundo, mas sua corrida durou até sete voltas para o final, quando teve seu pneu dianteiro esquerdo furado e ele acabou batendo na tela de proteção. James Hunt havia abandonado uma volta antes, também por conta de um acidente.

Aliás, foi uma nova frustração para Jarier, que nunca venceu uma corrida na F1. No ano anterior ele havia largado na pole em Interlagos, também com a Shadow e liderou da quinta à 33ª volta, quando abandonou, com problema de motor.

No final, Lauda subiu ao degrau mais alto do pódio tendo ao seu lado o francês Patrick Depailler (Tyrrell) e o galês Tom Pryce (Shadow). 

Os brasileiros não pontuaram, lembrando que naquela época apenas os cinco primeiros eram premiados. José Carlos Pace (Brabham) foi o décimo, Ingo Hoffmann (Copersucar) foi o 11º e Emerson Fittipaldi (Copersucar) recebeu a bandeira quadriculada em 13º.

CURIOSIDADES SOBRE A CORRIDA

Além da estreia de Emerson Fittipaldi pela Copersucar, o GP do Brasil também marcou a primeira prova de uma equipe, a francesa Ligier, pelas mãos do também francês Jacques Laffite, que largou em 11º e abandonou com um problema de transmissão. Sua JS5 recebeu o apelido de "Bule de chá", por conta da enorme tomada de ar, na verdade mais um produto de marketing para divulgar a cigana da Gitanes do que por qualquer função prática. 

A Tyrrell competiu com seu modelo convencional, naquela que foi a primeira em que utilizou o modelo de seis rodas, o P34, que fez sua estreia apenas na quinta etapa da temporada, no GP da Bélgica, em Zolder.

A italiana Lella Lombardi (March) foi a última do grid (22ª), e a última entre aqueles que receberam a bandeira quadriculada, em 14º lugar.

Lauda dominou amplamente o GP do Brasil de 1976 com a linda Ferrari 312T. Foto: Divulgação

ABAIXO, BASTIDORES DO GP BRASIL DE F1 DE 1976 E OS MELHORES MOMENTOS DA PROVA

ABAIXO, COM LOCUÇÃO DE LUCIANO DO VALLE, AS ÚLTIMAS VOLTAS DO GP DO BRASIL DE 1976

 

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR A HOME DE AUTOMOBILISMO DO PORTAL TERCEIRO TEMPO 

 

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O CANAL DO BELLA MACCCHINA NO YOU TUBE

 

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR TODAS AS COLUNAS DE MARCOS JÚNIOR MICHELETTI

Últimas do seu time