Foto: Rubens Chiri/SPFC

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O São Paulo lidera o Campeonato Brasileiro de maneira justa e merecida. Citar e buscar rotulá-lo como `o melhor time do país´ ou aquele que joga `o futebol mais bonito´ é sempre algo subjetivo e passível de diferentes interpretações e pontos de vista. Porém é inegável que a equipe do técnico Fernando Diniz tem sido a mais eficaz nas ações com e sem a bola.

A melhora do São Paulo passa por questões técnicas e táticas, com certeza. Com uma dupla de ataque mais agressiva - Luciano e Brenner - todo o sistema ofensivo se comporta de maneira mais vertical e direta. E como o jogo é `uma coisa só´ , atacar, defender e realizar as transições está sempre conectado, essa agressividade para atacar é transferida para buscar a retomada da posse logo após a perda. Com jogadores como Vitor Bueno, Pablo e Tche Tche, que hoje são reservas, as características individuais não batiam com o comportamento coletivo buscado. Já a defesa nunca foi um problema para o São Paulo. Desde o ano passado. A quantidade alta de gols sofridos assim que o futebol foi retomado, em julho, era mais uma questão coletival. Tanto que Arboleda e Bruno Alves já voltaram ao time titular. E a entrada de Luan, além de ter dado mais consistência, permitiu uma liberdade maior a Daniel Alves, talvez o melhor e mais completo coadjuvante que o futebol mundial produziu nos últimos trinta anos.

Mas o ponto principal dessa mudança são-paulina está fora de campo. É algo que Fernando Diniz prega como questão primordial do seu trabalho: as relações interpessoais. O aspecto mental desse grupo se fortaleceu incrivelmente com as recentes eliminações e as naturais críticas que vieram. Se por proximidade da eleição ou não, se foi o diretor Raí ou o presidente Leco quem tomou a decisão de mantê-lo, não vem ao caso nessa análise.

É fato que há hoje uma unidade de grupo extremamente forte no Morumbi. Um elenco `cascudo´ em que cada um é estimulado a atuar na potencialidade máxima acaba transcendendo. Se vai ser campeão ou não é impossível saber. Porém o caminho fica facilitado quando temos esse caso, em que o todo fica maior que a soma das partes.

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