Dos onze que entraram em campo contra o Palmeiras no clássico do último domingo, somente três jogadores estavam entre os titulares no título mundial do Corinthians em 2012, contra o Chelsea. Cássio, Ralf e Guerrero.

A cara da reformulação, tardia, começa a aparecer no elenco. Apesar do esquema tático com três volantes lembrar o velho método utilizado sistematicamente por Tite. A solidez na defesa planejada por Mano Menezes é justificada pela vulnerabilidade que o sistema estava apresentando nos primeiros jogos da temporada.

Paulo André arrumou as malas para a China; Douglas foi para o Vasco; Edenílson foi para a Udinese; Alessandro aposentou; e Danilo pode parar na boa terra, a Bahia, no Vitória. Aos poucos a construção de um novo Corinthians vai tendo pilares recentes como Fagner, Felipe, Uendel, Guilherme, Bruno Henrique e o recém chegado ao Parque São Jorge Jadson.

Mano Menezes terá uma missão mais complicada do que aquela que ele assumiu em 2008. Além de momentos distintos, o técnico terá que moldar a cara de um time competitivo a ponto de brigar por títulos. Inserir a sede de vitórias nos novos jogadores, fazer com que peças como Renato Augusto e Jadson possam produzir mais e constantemente – o segundo passa temporadas nebulosas no departamento médico.

Tempo para isso a diretoria garante oferecer, já a torcida pensa diferente e quer resultados imediatos. O torcedor raciocina de maneira diferente e a paciência a cada rodada sem resultados vai se transformando em fumaça. O corintiano no seu passado recente está acostumado a títulos.

No Twitter: @MarcosMarcao

Foto: UOL