Cássio e Gil comemoram a classificação corintiana na Bombonera. Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Cássio e Gil comemoram a classificação corintiana na Bombonera. Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Benedetto perdeu duas chances reais para marcar. Na primeira, recebeu cruzamento magistral da direita e concluiu torto, de canela. Fez muito mal o que Bebeto, mestre em voleios dentro da área, certamente faria com a maestria que o consagrou.

Na segunda, o atacante do Boca Juniors, maior estrela da equipe, quis fazer um gol de placa. Fracassou.

Encobriu Cássio, mas também encobriu o travessão.

Tivesse ele um pouquinho de técnica, e  também, por que não, de humildade, entraria na área e conseguiria um ângulo melhor para fazer o gol.

Preferiu o lúdico, a firula, em detrimento da eficácia, e perdeu uma grande oportunidade para marcar.

Mas, antes, Benedetto já havia acertado o pé da trave em cobrança de pênalti. 

E aí, sejamos francos e diretos, Benedetto ficou assustado, aterrorizado mesmo na frente do gigante Cássio.

Quis tirar tanto do goleiro corintiano que carimbou a trave.

Nas cobranças de pênaltis, a presença de Cássio mais uma vez à sua frente fez da estrela Benedetto um simples juvenil.

Benedetto, chamado de “Pipa” na Argentina, por causa do formato de seu nariz, que lembra um cachimbo, só não mandou a bola para fora do estádio, porque La Bombonera tem a verticalidade como uma de suas características.

A outra é a de pulsar o tempo inteiro nos jogos do Boca. 

Não foi diferente nesta terça-feira na consagração corintiana em Buenos Aires.

Consagração corintiana que, por justiça, deve-se atribuir a Cássio.

Não somente a Cássio, pois que o técnico Vitor Pereira teve de usar a imaginação e o seu conhecimento tático para escalar a equipe que foi para o gramado da Bombonera. 

Sem titulares essenciais como Willian, Renato Augusto, Paulinho e Fagner, Vitor Pereira foi obrigado a colocar em campo um time repleto de garotos. 

E, especialmente do meio-de-campo para trás, o Corinthians mostrou muita eficiência.

Eficiência, determinação, garra. 

Sem estes requisitos é desnecessário dizer que o time não conseguiria levar a decisão para a cobrança de pênaltis.

Com a bola rolando, no entanto, foram do Boca Juniores as melhores chances para marcar.

Como as chances perdidas por Benedetto, incluindo o pênalti durante os 90 minutos, já ditas aqui.

O jogo foi dominado pelo Boca. 

O Corinthians foi para a Bombonera para jogar por uma bola, por uma chance, que não surgiu.

O Corinthians segue na Libertadores da América, com chances de conquista-la, pois que nem Palmeiras, nem Flamengo e os Atléticos, o mineiro e o paranaense, mostraram até aqui um futebol que possa dar a eles o favoritismo para ficar com o título.

O Corinthians foi valente na Bombonera.

Conseguiu a classificação, mesmo atuando com uma equipe desfigurada.

Mas, tecnicamente, jogou muito mal. 

Foi dominado amplamente pelo rival.

E deve a classificação às duas grandes defesas de Cássio. 

E à péssima noite de Benedetto.

 

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