Morreu na madrugada desta segunda-feira (14), aos 96 anos, em São Paulo, o grande jornalista Newton Campos, um dos maiores especialistas em boxe do Brasil. A informação é do também jornalista Wilson Baldini Jr.
Começou a sua carreira no boxe como jurado. Ocupou a maioria dos cargos da Federação Paulista de Pugilismo, até ser eleito presidente em 1969. Deixou o cargo uma única vez desde que foi eleito, por impedimento de uma antiga lei, que não permitia a renovação mais de uma vez. Seu mandato na FPB (Federação Paulista de Boxe) foi até o ano de 2005. Contudo, retomou a presidência da FPB no mesmo ano.
Em 1972 fundou a Federação Sul-Americana de Boxe Profissional (FESUBOX) e como conseqüência deixou o nosso país em ótima posição junto ao Conselho Mundial de Boxe. Em 1992 foi eleito Vice-Presidente Honorário Vitalício do Conselho Mundial de Boxe, em uma Convenção realizada na cidade mexicana de Cancun.
Newton Campos trabalhou no jornal A Gazeta Esportiva durante 38 anos como editor de boxe, onde realizou inúmeras reportagens dentro e fora do nosso país. Atou como comentarista de boxe em todas as emissoras de TV da cidade de São Paulo e algumas do Rio de Janeiro. Na Rede Bandeirantes de televisão comentou os mais importantes eventos nacionais e internacionais durante 13 anos. Atuou como jurado em lutas por títulos mundiais por 20 vezes, com participação essencial nos cinco Continentes.
Foi o criador dos campeonatos: Torneio Estímulo "Kid Jofre", Torneio "Luvas de Ouro", Torneio dos Campeões e foi de sua imaginação o título "Forja de Campeões", quando na época, o referido certame levava o nome de "Campeonato Popular de Boxe Amador de A Gazeta Esportiva".
Recebeu títulos de benemérito da Câmara Municipal de Ribeirão Preto; da Federação Paulista de Pugilismo; da Confederação Brasileira de Pugilismo; da Federação Sul Rio Grandense de Pugilismo; do Batalhão Tobias de Aguiar e da Polícia Militar; por ter sido distinguido como melhor dirigente recebeu distinção da Federação Argentina de Boxe e da União Paraguaia de Boxe valendo como registro a homenagem do CMB (Confederação Mundial de Boxe) em 1986 em Aruba; em 1999 durante a Convenção do Conselho Mundial de Boxe celebrada em Moscou, recebeu uma bandeja de prata do presidente José Sulaiman; também recebeu a Medalha Anchieta da Câmara Municipal (numa proposição do Vereador Éder Jofre) e em 2001, recebeu o título Personalidade Brasileira dos 500 anos.
Ocupou também por muito tempo a vice-presidência do Conselho Mundial de Boxe e a presidência da Federação Paulista de Boxe.
Newton foi casado com dona Ingrid, com quem teve dois filhos, Marcel Campos e Carlos Campos, e uma neta, Júlia.
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