Nesta semana, eu dedico o meu espaço no Portal Terceiro Tempo para falar sobre atacante Michael Owen. Aos 33 anos, Michael Owen se prepara para se aposentar dos gramados, fato que pode acontecer ao final desta temporada européia. Sendo assim, a minha coluna nesta quarta falará sobre a carreira desse grande jogador, que começou a sua caminhada como profissional jogando um grande futebol e está encerrando de uma maneira melancólica e precoce por causa das graves lesões.
Michael James Owen nasceu na cidade inglesa de Chester no dia 14 de novembro de 1979. Owen foi revelado nas categorias de base do Liverpool e ganhou grande destaque na Copa do Mundo de 1998, aos 18 anos, ao ter marcado um golaço contra a Argentina, na decisão das oitavas de finais do mundial disputado na França.
Ainda jovem, Michael Owen ingressou ao Liverpool em 1991 para defender as categorias de base, onde se tornou profissional em 1996. No Liverpool, Michael Owen teve a grande fase da sua carreira. Entre 1996 a 2004, o atacante se tornou um dos grandes jogadores do futebol inglês e foi apelidado de Golden Boy pelo fato de ser um atleta muito promissor. Com a camisa dos Reds, Owen não teve a felicidade de ser campeão inglês, mas conquistou importantes títulos.
Disparado, a temporada 2000/01 foi a mais importante da carreira de Michael Owen. Naquela temporada, o atacante levou o Liverpool ao título da Copa da UEFA, Copa da Liga Inglesa e da FA Cup, torneio mais tradicional e antigo do futebol. Além disso, o atacante conquistou a tão almejada Bola de Ouro da Revista France Football.
Anteriormente, nos anos de 1998 e 1999, o atacante ainda se destacou como o artilheiro da Premier League. Inclusive, o fato de Owen ter se destacado com o Liverpool no final da década de 90, fez com que ele fosse chamado para disputar a Copa do Mundo de 1998, onde ele foi um dos destaques do time ao lado do lendário Alan Shearer, grande goleador inglês.
Transferência para o Real Madrid e frustração com a reserva
No Liverpool, Michael Owen jogou por muitos anos e sempre foi o grande destaque do time de maneira disparada. Nos Reds, o Golden Boy atuou ao lado de grandes nomes como o goleiro Jerzy Dudek, além de outros grandes jogadores entre eles Markus Babbel, Jamie Carragher, Steven Gerrard, Patrik Berger, Vladimir Smicer, Robbie Fowler, Harry Kewell, e entre outros. Porém, mesmo com Owen sendo destaque absoluto do time, o Liverpool seguia sempre decepcionando na Premier League, onde o time não vence um título desde 1990. O fato de o clube não ter forças para buscar títulos e ser destaque no cenário europeu fizeram com que Owen rumasse para o Real Madrid.
No Real Madrid, Owen chegou na temporada 2004/05, onde permaneceu por apenas um ano. No Real, o atacante foi reserva de Ronaldo e Raúl no elenco madridista. Seu começo de temporada foi muito ruim, já que o jogador começava a sofrer com problemas físicos de maneira muito corriqueira. Mesmo sendo reserva em grande parte da temporada, Owen deixou o Real Madrid com 41 jogos e 18 gols, sendo que dessas 41 partidas, 15 foram como titular. Sua saída do Real Madrid foi consumada em agosto de 2005, quando Robinho e Júlio Baptista se juntaram aos merengues e Owen perderia espaço no elenco.
Newcastle: passagem marcada por lesões e rebaixamento
Para contratar Michael Owen junto ao Real Madrid, o Newcastle teve que abrir os seus cofres. Em 2005, os Magpies pagaram ao Real Madrid cerca de 17 milhões de libras para ter o grande atacante inglês, que estava em baixa. Em dezembro daquele ano, o atacante sofreu sua primeira grave lesão com a camisa do Newcastle ao ter quebrado um osso do metatarso, onde ele voltou apenas em março de 2006. Porém, a recuperação do jogador não foi a esperada e ele teve que passar por nova cirurgia no pé para corrigir o problema e voltou a jogar apenas no final de abril. Mesmo com uma temporada marcada por lesões, Owen disputou a Copa do Mundo de 2006, na Alemanha.
Na Copa do Mundo, o atacante inglês acabou sofrendo um novo baque na carreira. Durante o empate de 2 a 2 entre Inglaterra e Suécia, o atacante rompeu os ligamentos cruzados do joelho e ficou quase um ano parado. A lesão do atacante foi logo no primeiro minuto daquele jogo. Depois disso, Owen apenas se tornou um mero jogador de nome, mas longe de ser aquele garoto magistral de começo de carreira.
Ainda carregando o time do Newcastle nas costas, o atacante acabou sendo rebaixado junto com o time na Premier League da temporada 2008/09, onde ele deixou o clube após cumprir seus quatro anos de contrato, marcado por problemas físicos, graves lesões e poucos gols.
Manchester United: conquistas de títulos, mas amargando a reserva
Em julho de 2009, Michael Owen foi contratado pelo Manchester United sem custo algum, já que seu contrato com o Newcastle expirou e ele não quis renovar.
No United, Owen voltou a sofrer com problemas físicos e freqüentes lesões, onde ele jogou muito pouco em três temporadas. Foram apenas 52 jogos, e 17 gols marcados pelo atacante, que também perdeu espaço na Seleção Inglesa por causa da sua decadência devido aos graves problemas de lesões. No Manchester, o atacante conquistou os títulos da FA Cup e da Copa da Liga, em 2010, além de uma Premier League no ano seguinte.
O mais interessante disto tudo é que Michael Owen foi contratado pelo Manchester para ser uma espécie de homem gol do time, já que o United havia negociado Cristiano Ronaldo para o Real Madrid no meio do ano de 2009. Enfim, a aposta de Sir Alex Ferguson foi em vão. Inclusive, uma grave lesão muscular fez com que o atacante não fosse chamado para a Copa de 2010, na África do Sul. Ele era cotado para ser reserva de Wayne Rooney.
Saída do United e novo desafio no Stoke City
Depois de uma passagem marcada por uma série de lesões e pouco futebol no Manchester United, Michael Owen acabou aceitando o desafio de atuar ao lado de Peter Crouch no Stoke City. Antes de assinar com o Stoke, Owen recusou uma proposta do Everton, rival do Liverpool, clube onde começou e brilhou na carreira. O jogador não quis assinar com o rival para evitar polêmicas com os torcedores do Liverpool.
O que acabou pesando para ele assinar com o Stoke foi o fato de ele ser dono de um haras, onde cria cavalos. O jogador já chegou a revelar que dedicaria ao seu haras após anunciar a sua aposentadoria dos gramados, que pode acontecer ainda neste ano, já que ele não vem mais se destacando e está sendo pouco aproveitado. Em janeiro de 2013, Owen marcou seu primeiro gol desde outubro de 2011, quando ainda jogava no Manchester. Ele marcou na vitória de 3 a 1 do Stoke sobre o Swansea e chegou a marca de 150 gols em jogos pela Premier League.
Carreira de Owen na Seleção Inglesa
Ao longo de sua carreira, Michael Owen disputou 89 partidas pelo English Team, marcando 40 gols. Ele se destacou na Copa de 1998, onde a Inglaterra perdeu para a Argentina, nas oitavas de final, após a decisão por pênaltis. Ele ainda jogou a Copa de 2002, onde ele marcou contra o Brasil nas quartas de final, mas não evitou a eliminação nas quartas de final, onde Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho marcaram os tentos brasileiros. Ele ainda jogou a Copa de 2006, mas se lesionou no duelo contra a Suécia, no empate de 2 a 2. Ele ainda jogou as Eurocopas de 2000 e 2004. Em 2004, o Golden Boy amargou uma eliminação contra Portugal, nas quartas de finais, nos pênaltis.
Breves curiosidades sobre Michael Owen:
- Owen é proprietário de um haras perto de Stoke On Trent, onde se dedica muito a criação de cavalos;
- Foi artilheiro da Premier League em duas oportunidades (1998 e 1999);
- Owen é embaixador da marca de relógios chamada Tissot;
- Conquistou o prêmio Bola de Ouro da Revista France Football em 2001, onde fazia mais de 20 anos que um jogador britânico não ganhava tal premiação. Antes dele, quem conquistou o prêmio Bola de Ouro foi o ex-meia Kevin Keagan, nos anos de 1978 e 1979, quando atuava pelo Hamburgo.
Imagem: @CowboySL
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