O Santos de Lisca é um time compacto, que marca bem e constrói ações ofensivas. Foto: Ivan Storti/Santos FC

O Santos de Lisca é um time compacto, que marca bem e constrói ações ofensivas. Foto: Ivan Storti/Santos FC

“O Lisca é um paizão pra mim”. 

A frase é do menino Ângelo, que fez o passe para o gol de Ângulo, na vitória do Santos sobre o Coritiba, nesta segunda-feira, 8/8. 

Eis aí um aspecto da personalidade do Lisca que poucos conhecem. O técnico falastrão, que adora subir em alambrados para festejar e ganhar afagos dos torcedores, também sabe ser acolhedor com os mais jovens.

Sim, o Lisca é falastrão.

E é bom lembrar que pegou muito mal a maneira que ele saiu do Sport para aceitar a proposta do Santos. 

Faço ressalvas ao comportamento de Lisca. Penso que ele foi mal quando utilizou estratégias que não precisava usar para sair do clube pernambucano.

Bastava dizer que queria trabalhar no Santos, pagar a multa pela rescisão do contrato e seguir a vida.

Contratos são feitos para serem cumpridos, ou não. Se uma das partes quer seguir outro caminho, tem o direito, que o faça. 

Desde que pague as obrigações inseridas no vínculo.

Tudo tranquilo.

Portanto, Lisca agiu mal quando disse que foi a torcida do Sport que o demitiu.

Águas passadas.

O que importa aqui é falar do trabalho feito por Lisca no Santos. É cedo ainda para fazer qualquer análise. Mas o fato é que o treinador já conseguiu mudar a maneira de atuar do Peixe. Em três jogos sob o seu comando, foram dois empates (Fortaleza e Fluminense) e uma vitória, diante do Coritiba, fora de casa.

O Santos de Lisca é um time compacto, que marca bem e constrói ações ofensivas. Se não é mais objetivo é porque falta à equipe um meia criativo, capaz de colocar os companheiros em situação de gol.

Carlos Sanchez tentou fazer o papel de meia criativo no confronto com o Coxa.

Não foi mal. 

Mas falta-lhe velocidade para sair da marcação. 

E Sanchez construiu a sua carreira atuando pelo lado direito. 

Bruno Oliveira, o meia de ofício do elenco, oscila muito. 

Entrou contra o Coritiba e não foi bem.

O fato é que em três jogos nas mãos do Lisca, o Santos já mostrou mais evolução do que quando foi treinado pelo argentino Fabián Bustos.

Lisca Doido, que de maluco nada tem, começa mudar a opinião de quem o olhava como um técnico folclórico, que tinha poucos recursos como treinador e que só se preocupava em fazer média com seus torcedores e ser pauta obrigatória nos programas esportivos.

Lisca Doido é midiático.

Mas não é só isso.

Começa a mostrar que pode treinar grandes equipes do futebol brasileiro.

 

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