Retorno de Jô foi anunciado nesta quarta (17). Foto: Divulgação

Retorno de Jô foi anunciado nesta quarta (17). Foto: Divulgação

Em novembro de 2016, quando aconteceu o anúncio do retorno de Jô ao Parque São Jorge para a temporada 2017, poucos corintianos se animaram. E com razão. O atacante, depois da vitoriosa passagem pelo Atlético-MG (2012 – 2015), andava sumido após defender o Al-Shabab, dos Emirados Árabes, e o Jiangsu Suning, da China. E, com quatro meses parado por lesão, o jogador, à época com 29 anos, parecia bem longe de sua forma física ideal.

Mas a aposta da diretoria corintiana – cautelosa, já que firmou um contrato de apenas dois anos - foi certeira. Jô, que já tinha abandonado o péssimo hábito de trocar o dia pela noite nas baladas da vida, se dedicou como nunca e, após ser o herói da vitória contra o Palmeiras, ainda na primeira fase do Paulista, ganhou a batalha contra o mediano Kazim – mas também, se não ganhasse do Kazim, ganharia de quem? – e se firmou como titular da equipe campeã do Paulista e do Brasileirão, sendo o artilheiro desta última competição citada, com 18 gols.

Por isso, claro, Jô merece todo o respeito por parte da diretoria corintiana. E esse novo retorno ao Parque São Jorge, anunciado nesta quarta-feira (17), mesmo aos 33 anos, é mais do que merecido para o jogador que já foi o mais jovem a vestir a camisa alvinegra em um jogo oficial.

Mas como explicar um clube com situação financeira desesperadora oferecer um contrato até o final de 2023 para um jogador que já completou 33 anos? Ora, é bem provável que Jô tenha condições de ser titular neste ano e na temporada que vem. Mas dá para imaginar o veterano atleta brigando pela posição em 2022, com 35 anos? E em 2023, com 36?

Pelo visto, a presidência atual, que deixará o clube no final desta temporada, se assustou com uma possível concorrência de equipes do Oriente Médio por Jô. E, não podendo concorrer com os salários oferecidos pelos sheiks, quis compensar com um contrato muito, mas muito mais longo.

Aí, azar da próxima diretoria, que terá que pagar por essa e por outras tantas presepadas de Andrés e cia.

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