Uma das primeiras atitudes do técnico Jorge Sampaoli ao chegar no Atlético-MG foi dispensar alguns jogadores. Não é o meu objetivo aqui discutir a qualidade dos atletas que saíram. Mas sim falar da importância de se trabalhar com o número correto de jogadores no elenco.
A maioria dos times brasileiros tem seus grupos inchados. Não é raro vermos elencos com vinte e cinco, trinta jogadores. Reconheço que o problema maior é de gestão. Dirigentes afoitos e sem conhecimento saem contratando sem muito critério. Como resultado, o técnico da equipe se vê obrigado a acolher atletas que terão pouquíssimos minutos na temporada, gerando um grande desperdício de foco e energia para desenvolver e motivar quem dificilmente terá uma oportunidade.
Durante uma temporada o número de jogadores que de fato será importante e útil varia de 16 a 20. Passando disso, o que se mostra eficaz é a presença de jovens jogadores das categorias de base, para que eles possam gradualmente serem inseridos no contexto profissional. Na maior parte dos casos, é extremamente desvantajoso ter atletas experientes, muitos com uma bagagem relativamente grande, jogando uma partida ou outra dentro de um ano regular.
Pensar no ambiente que será criado no dia a dia do clube é papel do dirigente. Até porque não é todo treinador que chega com moral para dispensar, como chegou Sampaoli. Um técnico com menos bagagem terá que aceitar um clima não muito favorável ao sucesso com um elenco inchado. Nesse caso, quantidade não é qualidade!
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