Antoine Griezmann comemora segundo gol da França diante da Croácia na final da Copa do Mundo de 2018, em Moscou

Antoine Griezmann comemora segundo gol da França diante da Croácia na final da Copa do Mundo de 2018, em Moscou

Danilo Lavieri, Dassler Marques, Luiza Oliveira, Marcel Rizzo, Pedro Ivo Almeida e Rodrigo Mattos
Do UOL, em Moscou

Desde o momento em que ficou decidido que a França enfrentaria a Croácia na grande final da Copa do Mundo, os dois nomes destacados para cada um dos lados eram Luka Modric e Kylian Mbappé. Pouco badalado se comparado aos dois, quem foi decisivo para o bicampeonato dos "Les Bleus" foi Antoine Griezmann, há anos atormentado por um passado duvidoso em decisões. Neste domingo, ele teve participação em três gols do 4 a 2 que a sua seleção aplicou na Croácia, foi eleito o melhor em campo e se consagra como uma das forças dessa geração. E foi às lágrimas no apito final do árbitro.

Discreto fora de campo e sempre fotografado com seu chimarrão, honrando sua relação com os uruguaios, o atacante do Atlético de Madrid chamou a atenção não só pela sua excelente atuação na final, mas por um desempenho consistente durante toda a competição, crescendo no momento mais decisivo. Destaque em todo o mata-mata, o camisa 7 confirmou suas próprias entrevistas recentes, em que dizia crescer “na hora H”.

Diante da Croácia, neste domingo, ele começou brilhando batendo a falta sofrida por ele mesmo que resultou no primeiro tento da França. Na sequência, converteu o pênalti marcado com a ajuda do assistente de vídeo para recolocar sua equipe à frente no placar. No segundo tempo, foi dele o passe para Pogba fazer o terceiro e sepultar as chances da Croácia.

Não foi a primeira vez que ele cresceu na Rússia. Antes, nesta mesma Copa do Mundo, ele já havia sido decisivo na semifinal contra a Bélgica. No único gol que colocou os franceses na final, Griezmann foi o responsável por dar a assistência para Umtiti. Um jogo antes, nas quartas, ele participou dos dois tentos que decretaram a vitória em cima do Uruguai: um gol em falha de Muslera e uma assistência para Varane.

No jogo em que menos apareceu do mata-mata, ele também foi decisivo. Contra a Argentina, fez um dos gols no triunfo por 4 a 3 de sua equipe. No total, foram oito participações em 12 gols durante todo o Mundial.

Pouco depois da vitória na final, Griezmann estava tão eufórico que mal conseguiu explicar suas emoções. "Eu não sei nem onde estou. Estou muito feliz. Foi um jogo muito difícil. Começamos timidamente, sabíamos que era uma final. Depois conseguimos fazer a diferença. Eu estou muito feliz, é claro. Conseguimos levar a Copa. Muita felicidade."

O desempenho na Copa do Mundo apaga o fantasma do passado. Em 2016, em um intervalo de semanas, ele perdeu pênaltis decisivos contra o Real Madrid, na final da Liga dos Campeões daquele ano, e na final da Euro contra Portugal. Nos dois casos o gol fez falta e Griezmann saiu derrotado de campo. A verdade, no entanto, é que ele já era decisivo, apesar daquelas falhas. Griezmann foi o melhor da Eurocopa, mesmo com o título de Portugal, pelos seis gols marcados no torneio, cinco deles no mata-mata.

Desta vez, ele completou o desempenho no mata-mata com uma grande atuação na final. Por Griezmann, a França é bicampeã do mundo.

Foto: Catherine Ivill/Getty Images (via UOL)

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