Escrevo de São Vicente-SP, a primeira cidade do Brasil onde nasceram Robinho e Jefferson, goleiro do Botafogo.
É que agora me tornei “Cidadão Vicentino”, uma honra!
Como já era por aqui também de Santos, Guarujá e Itanhaém, a segunda mais antiga do país.
Fazia tempo que não vinha para a terra do Ilha Porchat Clube – hoje nem sombra do passado glorioso dos tempos do saudoso Odárcio Ducci (1942 – 2016) – e do icônico “Seven Seas”, edifício projetado pelos engenheiros alemães que instalaram a Volkswagen na Via Anchieta nos anos 60.
E quando será instalado um time forte aqui em São Vicente?
Difícil, porque a vizinha e forte Santos “não deixa” o futebol crescer nas cidades próximas de nosso litoral.
Santos que segue chorando a dolorosa eliminação da Libertadores pelo... Barcelona!
Ah, não suporto esse nome, viu, Neymar?
Viu, Laor?
Viu, sumido Odílio?
Quanto gol contra, sô!
E que gol a favor que você deixou de fazer na quarta-feira, hein, Ricardo Oliveira?
Mas, não foi culpa dele.
Culpa de Culpi.
Levir escalou mal demais o superado Leandro Donizete e, sem Lucas Lima e Renato, colocou em campo os contundidos Copete e Ricardo Oliveira.
Ele não sabia ainda que “entre dois ótimos jogadores baleados e dois mais ou menos, mas inteiros, opte sempre pelos dois últimos”, dizia Otto Glória (1917 – 1986).
Mas o ano não foi de todo ruim para o Santos que, no entanto, vai sofrer por anos os efeitos da terra arrasada by Laor e Odílio.
Já para o Corinthians “foi boa” a quarta-feira.
Livrou-se da pequena Sul-Americana e agora vai cuidar melhor do restinho que falta para ser campeão do Campeonato Brasileiro de Amistosos.
Mas boa mesmo é a Libertadores, que não tem amistoso.
É porque ela não tem o lixo e a porcaria dos pontos corridos do Brasileirão!
Que acabem logo com o tal turno e returno e com o inconsequente “horário de verão”.
E a Libertadores, hoje disputada em todas as estações do ano, terá uma final entre o River Plate da terra do Maradona e o Grêmio do país do Pelé.
É que o Barcelona de Guaiaquil já esgotou seu estoque de milagres.
E não entendo porque até hoje milagrosamente não morreu ainda um jogador visitante nas alturas da Bolívia.
Jogar lá é desumano e os 3 a 0 em casa do Jorge Wilstermann e os 8 a 0 do River Plate na volta em Buenos Aires provam o tanto que o craque “Altitude” faz efeito.
Efeito que não será nenhum no empate de 1 a 1 de São Paulo e Corinthians deste domingo.
O São Paulo seguirá ameaçado e o atual comum Corinthians ficará livre de mais uma rodada do Brasileirão rumo ao seu título obtido mediante só um turno.
E viva São Vicente!
Foto: Divulgação/Santos FC